F o u r t y - T w o

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F o u r t y – T w o

{Sugestão Musical; All I Want dos Kodaline.}

Niall

- Que merda é que tu fizeste? – Vozeei empurrando o corpo de Isabella contra a parede empoeirada do alçapão. O Harry tinha-me ligado á coisa de quinze minutos a dizer que o pai da Elaine estava morto.

- Do que é que estás a falar? – Perguntou fria, tentado libertar-se de mim.

- Da morte do pai da Elaine! Que merda é que vocês fizeram? Não era esse o acordo! – Gritei mesmo na sua cara fazendo-a franzir o sobrolho.

Ela deu um meio sorriso e depois passou a língua pelos lábios, antes de agarrar os meus pulsos e tentar, em completo fracasso, tirar as minhas mãos dos seus ombros.

- Eu não sei do que é que estás a falar, está bem? Se ele morreu que culpa tenho eu? Não estás a espera que tenha sido eu com os meus superpoderes inexistentes que entrei pela janela e o matei. Ou estás? – Arqueou uma sobrancelha.

Revirei os olhos com a sua ironia inconveniente, e apertei mais os seus ombros magros nas minhas mãos. Ela gemeu em dor quando fiz as suas costas baterem uma segunda vez contra a parede, desta vez com o dobro da força.

- Ouve uma coisa sua idiota, se por acaso o merdas do teu pai ou alguém da tua família tiver alguma coisa a ver com isto, vocês estão todos bem fodidos, acredita em mim. – Falei entre dentes. – E acredita em mim quando digo que não tenho medo nem do teu pai, nem do pai da outra loira. Se eu souber que vocês estiveram envolvidos nisto, vocês vão ou fundo.

Empurrei o seu corpo para o chão fazendo com que o seu cotovelo raspasse no chão e consequentemente uma mancha de sangue começasse a notar-se no local. Agachei-me junto dela e agarrei o seu queixo com força deixando a ponta dos meus dedos mais branca que o normal.

- Isto é um aviso que espero que leves a sério! Porque quando se trata da Elaine, eu não respondo por mim. – Soltei-a e virei costas caminhando apressado para o carro.

O diálogo nada amigável que tivera com a Isabella passava pela minha cabeça repetidamente, enquanto afagava os cabelos selvagens da Elaine. Ela era uma rapariga fantástica e perguntava-me porque é que a sua vida era tão complicada. Ninguém merece sofrer tanto, é de uma crueldade imensa. Num momento a sua vida estabiliza, e no outro volta a cair. E o que mais me doía no meio de tudo isto era saber que eu também lhe tinha causado dor, não que eu quisesse que ela sofresse mas sim porque fui basicamente obrigado, para seu bem, a magoá-la. Mas agora percebo que não valeu de nada. Eu não sei se o seu pai se suicidou, ou se foi morto por alguém, mas eu sei que andei todo este tempo a magoá-la para que isto não acontecesse e no fim todos os meus esforços foram em vão.

A porta do quarto foi aberta rapidamente e eu arregalei os olhos tapando-me mais com os lençóis enquanto tapava a Elaine o mais que podia. O seu irmão, Isaac encontrava-se de testa franzida encostado á ombreira da porta enquanto nos encarava. Sorri levemente tentando amenizar o seu silêncio matador mas ele apenas fechou a porta atrás de si caminhando para mim.

- Eu juro que não a violei. – Disse rapidamente enquanto afastava a cabeça de Elaine, outrora no meu peito, para a almofada sentando-me com os lençóis a tapar os meus bóxeres.

- Acho que se o tivesses feito, ponto um; não estavas a dormir na sua cama. Ponto dois; ela não estaria agarrada a ti. Ponto três; tu não terias a cara em tão bom estado. – Ele sorriu sentando-se no fundo da cama.

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