A noite não é uma aliada

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- Ele é realmente um garoto extraordinário, o irmão vive tentando imitá-lo, é uma graça.
Afirmei do mesmo jeito que uma garota apaixonada deveria fazer. A sra. Furler tinha passado os últimos dois pratos falando de Adam, como eu era sortuda, parecia uma entrevista de casamento aquilo!
- Agora a sobremesa.
Anunciou o homem que me serviu o prato, era sorvete! Algo que eu conhecia finalmente apareceu naquela mesa. Um homem entrou e se aproximou de Grace, sussurrou algo ao ouvido e saiu. Ela se levantou da mesa e logo a postura que parecia mais com uma mãe sumiu e a parte assustadora reassumiu.
- Tenho que subir. - Ela me olhou - A espero para outro encontro.
E saiu. Adam se levantou e sentou onde a mãe estava.
- Espero que não tenha sido muito ruim.
Eu olhei para os lados.
- Talvez...
Ele percebeu e se levantou.
- Vamos para fora.
Segui ele até as portas duplas, então estávamos na sala de estantes mais uma vez e depois no salão de entrada para então chegarmos ao jardim, seguimos para a mesma árvore de sempre.
- Aquilo foi realmente desconfortável.
Não, Adam, foi uma honra conhecer pessoas tão civilizadas. Era isso que eu queria dizer, sério, mas aquilo foi mais como engulir terra, até pode descer, mas vai voltar de um jeito não muito agradável. Vomitei tudo.
- Está brincando? Aquilo foi terrível! Eles são assustadores, eu enfrentei dois lobos famintos! Literalmente.
- Também não foi muito divertido para mim.
Estava irritado, eu estava irritada.
- E o que foi aquilo? Pensei que ia me ajudar, mas você parecia mais em pânico que eu!
Atingi uma parte sensível dele, mas na hora não percebi que os ombros caíram, os olhos pareciam cheios de angústia e como a boca dele se contraiu por alguns instantes. Ele me respondeu com a voz mais fria.
- Tenho meus problemas, Maika.
Eu continuava irritada.
- Todos têm! Eu estou aqui por causa de alguma porcaria de problema que nem eu sei qual é. Acho que minha bola de problemas é bem maior que a sua, maior que a de qualquer um! Tenho a merda de um poder que nem eu sei controlar, tenho que ficar de olho se um monstro aparecer, que eu nem sei como enfrentar, vou para a maldita cidade dos contos...
- Espera o que você disse?
- Que eu também tenho problemas!
- Não. No final.
Minha raiva diminuiu um pouco e percebi o que tinha dito. Ao menos ele tinha me parado antes que eu dissesse mais besteiras que me trariam mais problemas.
- Cidade...
- O que você fez?
Ele me interrompeu.
- Eu...eu... perdi o controle e incineirei algumas coisas.
Um ser meio-vivo e algumas casas, compltei mentalmente.
- Você foi a julgamento!
- Sim...?
Eu me encolhi, ele abaixou a cabeça e pressionou as têmporas.
- Maika, será que agora você pode me dizer o que diabos você faz na minha casa toda noite?
Engoli em seco. Não tinha escapatória.
- Eu...
Contei tudo, que tinha visto o monstro levar Marian, que o persegui, que tinha combinado com Chris e Serafina, que íamos tentar impedir o monstro novamente. Ele virou de costas e encarou o céu.
- Que dia mesmo que vai acontecer isso?
- Amanhã.
Ele se virou para mim com um olhar cheio de desespero e preocupação.
- Vai ser lua nova.

×××
Ala, desculpem mas esse cap realmente vai ser curtinho. Tenho que dar uma notícia não muito boa. Eu vou ficar uma semana inteira sem publicar. Mas volto à toda já que chegamos à reta final do livro. A partir do prox cap vai comecar a fast fase, em que ela FINALMENTE vai enfrentar alguma coisa. Pelo finalzinho desse já viu né?
Faltam só 20 caps e espero mesmo que vocês estajam comigo até o final da série(os três / quatro livros )
Bem, realmente sinto muito, mas não tenho muito o que fazer a respeito desse contratempo, se der coloco mais caps, se não por favor tenham um pouquinho de paciência.
Até logo!
Brighid

Cidade de Magia - Marcada por EspinhosWhere stories live. Discover now