Capítulo 23 -Jantar

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Liza

Max havia chegado da empresa, pelo seu semblante parecia cansado, mas não dei muita importância, a nossa conversa nos deixou em um clima estranho e aquilo me incomodava de certa forma e percebia que ele se sentiu assim também. Assim que nossos olhos se encontraram ele pareceu surpreso ao me ver pronta para a reunião, mais senti como se ele se incomodasse com o que eu vestia pelo seu olhar sobre o vestido que eu estava usando.

O que será que ele tanto pensa?

Avisei que estava pronta e ele desviou seu olhar e pediu que eu o esperasse para irmos. Fiquei sentada a sua espera, e estava nervosa, era a primeira vez que iria a uma reunião importante, principalmente ao seu lado. Tenho a sensação que está noite acontecerá muitas coisas, espero que não seja ruins.

A porta do banheiro se abre, e um Max completamente lindo e perfeito apareceu.

Como pode ter tanto efeito sobre mim? Você está acabando comigo.

Ele estava vestido em um esmoquin preto, gravata azul, que realçava a cor dos seus olhos e seus cabelos estavam com todos os fios no lugar, ele estava Irresistível.

Foco Lizza!

— Gosta do que ver? — Pergunta com seu jeito ousado.

Engulo seco.

Como eu queria que isso fosse para mim.

— Podemos ir? — Pergunto tentando mudar de assunto.

— Podemos. — Ele diz e sorrir ficando próximo a mim e então ele estende a mão. 

Há pego e sinto o seu toque firme, que me fez sentir arrepios. Sorri para ele e seguimos para o elevador. Seu aroma másculo me deixa inebriada,  e não consigo parar de aproveitar aquele cheiro maravilhoso.  As portas se abrem e ele me permite a passagem. Sorri. Algumas mulheres no Hall da entrada o olhavam com intenções o que me fez sentir raiva.  Quem manda está com um ser lindo Lizza.
O carro estava a nossa espera, ele deu a volta e abriu a porta para mim e em seguida tomou o seu lugar.

Além de lindo é um cavalheiro. 

Tenho que parar com esses pensamentos, ou irei enlouquecer de vez. Mais não sou eu quem me enlouqueço, e sim sua presença que me intimida de todas as formas, o seu jeito, sua voz e agora o seu toque. Esse homem irá me levar ao abismo .

O caminho todo fomos em silêncio, as vezes percebia o olhar dele sobre mim e isso me incomodava, porém, não deixei transparecer. O sinal vermelho nos faz parar e ele fica pensativo, queria saber o que tanto ele pensa. O celular dele toca e vejo no visor o nome de uma mulher chamada Bruna. Mais uma vez me senti decepcionada, e uma mágoa me corroeu por dentro. Vejo ele olhar na direção em que eu estou olhando e então pega o celular atendendo o mesmo. Desvio do seu olhar e olho para a janela e uma lágrima cai. Droga não posso chorar, não agora.

— Oi Bruna — Ele diz sério — Eu sei, já estou indo — Ele faz uma pausa — Claro depois iremos sim, depois da reunião, iremos. Ta bom, beijo. — Diz e finaliza a ligação.

Ele tem mesmo algo com alguma mulher. Ele não comenta nada e então da partida assim que o sinal abre. Como pude pensar que ele sentia algo por mim? Sinto vontade de chorar por ser tão idiota em pensar algo assim, mais me segurei, irei tentar agir normalmente nesse jantar mesmo tendo que vê eles juntos e felizes na minha frente. Só de pensar isso me sinto muito mal e ele percebe.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou preocupado.

Quer mesmo saber? Eu estou me apaixonando por você, mas vejo que já tem outra pessoa em meu lugar. Penso em dizer.

— Não, eu estou bem. — Digo e abro a porta ignorando sua preocupação. Não sei porque, mas estou me sentindo incomodada em pensar que daqui a alguns segundos irei presenciar uma cena amorosa na qual eu queria que fosse a minha.

Max me estende a mão, porém recusei e andei na frente. Sei que ele me olhou confuso por eu ter negado, mas eu não podia entrar num lugar onde estaria a sua namorada, ou acompanhante de mãos dadas, não sei porque ele fez essa questão se a namorada poderia ver a cena.

Entramos e o garçom nos indicou a mesa onde estaria todos . Max me guiou e então logo um homem veio cumprimentá-lo.

— Como vai Max, soube que estaria na Itália e não pude deixar de vir. — Disse e apertaram as mãos.

— Precisei vir — Ele disse no seu tom sério. O homem me olhou de cima a baixo e me incomodou. Max percebeu o homem me olhando e grunhiu para chamar sua atenção — Bom podemos começar. — Ele diz e o homem entende e vai para o seu lugar.

O que foi isso?

Não tive nem tempo pra pensar quando uma mulher praticamente pula nos braços do Max.

— Max que bom te ver. — Ela diz e ele apenas lhe lança um sorriso. Então para de olhar ele e olha na minha direção. 

— Quem é ela? — Ela pergunta me analisando de cima a baixo.

Era só o que faltava.

— É a Liza, quer dizer Elizabeth, ela veio me acompanhar. — Ele diz sem jeito pelo clima que se formou.

— Prazer querida sou Bruna. — Então era ela.

Max me olha a espera de alguma reação minha, mas apenas sorri, era a única coisa que podia fazer naquele momento.

Então todos nos sentamos e começamos a reunião, que durou cerca de uma hora. Max pediu licença para ir ao banheiro e eu fiquei com os outros acionistas. Havia um que me olhava de uma forma intimidadora, e tentei desviar pedindo licença para ir tomar um ar puro. Fui para o lado de fora, estava um frio bom, e pensei que estava sozinha quando o homem que me olhava estava ao meu lado. Fiquei com um pouco de medo, por esta a sós com ele e preferi entrar, mas ele me segurou e meu coração começou a acelerar.

— Calma, vamos conversar um pouco. — Ele pedi mais tento me soltar, mas ele me segurou mais forte.

— Me solte por favor. — Peço com a voz trêmula.

Ele pareceu não me ouvi e me agarrou. Foi tudo muito rápido.

— Socorro! Me ajudem! — Grito e ele apenas sorri se divertindo.

— Eu falei que queria conversar, mas você quis logo conhecer o lado mal. — Ele diz e me aperta contra si.

— Solte-a! — Gritou a voz que eu tanto queria escutar naquele momento.

Max foi pra cima do homem e deu vários socos em seu rosto, enquanto eu assistia a cena, estava apavorada com tudo e sai correndo.

— Liza! Espera. — Vejo ele correndo até mim e então me jogo em seus braços e me permito chorar.

— Me leva daqui por favor. — Peço chorando.

— Calma anjo, vai ficar tudo bem, eu estou aqui. — Ele diz e me aperta contra si.

Choro enquanto ele me envolve em seus braços e me guia para o seu carro.
Fui o caminho todo em silêncio, a cena ainda me atormentava, mas com ele perto de mim, me sinto segura, me sinto protegida.
O que seria de mim se você não existisse Max.

***
♥♥♥

Em tudo sai bem pra Liza... mais um, posso dizer que após outro capítulo teremos declarações! Ops! Falei de mais kkk mais então ta aí ♥♥♥

A Chance De Ser FelizWhere stories live. Discover now