Capítulo 09 - Mesmo quando bate a revolta?

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Ouvi risos, outros repugnarem dizendo "que nojo", mas o cara em cima de mim não dava a entender que iria recuar. Ele começava a ofegar, parecia realmente excitado.

— Ele está tremendo todo. Nossa, que delícia — disse ele, acrescentando aquele chiado nojento com a boca, começando a se esfregar em cima de mim. — Meu pau tá ficando duro. Porra! Vou tirar para fora e colocar na boca dele.

— Vai logo, besta! Veado adora chupar rola.

— Ele deve chupar para caralho, né?

— Eu quero é terminar de arrombar o cuzinho — falou o que estava em cima, fazendo meu estômago contrair. — Vamos por ele de quatro, vai ficar mais fácil, um fode a boca dele, enquanto eu como atrás. Depois a gente reveza.

— Eu já disse que tô fora.

— Você é cagão demais, Ale-...

— Fala meu nome não, sua desgraça! — O pedido foi acompanhado de um safanão na cabeça do que estava na minha frente.

— Ele vai lá saber quem você é, ô, retardado? Existe só você de "Alexandre" no mundo?!

— Mas não é pra falar. E eu não gosto de homem, ok? Tô fora e pronto.

— Deixa esse corno pra lá, Mauri. Vamos logo!

— Se ficar bonzinho e não gritar — esse tal de "Mauri" falou, alisando minhas coxas, o que causou novos arrepios de repulsa. — A gente vai deixar você vivo. E aí é só esquecer o que houve aqui, tá certo?

Eu balancei a cabeça positivamente.

— Esse vadio vai é denunciar a gente para polícia.

Eu tentei balançar a cabeça em negação para contradizer o outro.

Eles riram e debocharam ainda mais. Mas era tudo que eu podia fazer, negociar e implorar pela minha vida da forma mais humilhante possível. Mesmo não tendo certeza de que eles iriam cumprir com o combinado no final. Ainda mais com aquele tal de "Alexandre" todo cheio de neuras.

Respirei fundo, quando senti que me soltavam e o cara na minha frente pediu para eu ficar de quatro. Eu podia tentar correr naquele instante, mas o tal do Mauri teve o cuidado de continuar me segurando pelos cabelos.

Porém, assim que fiquei de quatro e senti o pênis do que queria ser chupado roçando na minha cara, houve um repentino som de pipocos que pareceram tiros. O barulho afugentou o grupo que saiu correndo aos atropelos. Aproveitei para fugir engatinhando, tentei levantar para correr, mas minhas pernas estavam tão trêmulas que não consegui ficar de pé de imediato. Tropecei e caí de cara no chão. Apenas recuperei a força quando ouvi a voz do Thiago me chamando.

— Caio, onde você está?!

— Thi, é você? Thi?! Pelo amor de Deus, me ajuda!

A minha voz estava embargada, mas senti quando os braços dele me envolveram de um jeito forte e eu desabei. O choro veio com mais vontade.

— Acalme-se, meu amor. Acalme-se — ele pediu, em um tom de voz bem baixa. — Precisamos ir. Fui pegar a moto, está ali embaixo.

— Mas e os tiros? E as minhas roupas?

— Esqueça tudo. O mais importante é dar o fora daqui agora e o mais rápido possível. Amanhã eu volto aqui e converso com o meu colega e tento achar suas coisas. Temos que ir antes que aqueles idiotas percebam que o barulho dos estouros veio da minha moto — ele me puxou pelo braço e me ajudou a ficar de pé, me abraçou pelos ombros e saímos correndo juntos.

Entre Sem BaterOnde as histórias ganham vida. Descobre agora