13.1

387 38 16
                                    

Flávio revistava todos os cómodos da casa de Suzana, talvez encontrasse uma pista de com quem ela foi se encontrar, faziam dois dias desde que falou com ela.

Os policiais antigos amigos do pai dela, também ajudaram na procura, o taxista foi encontrado mas ele não sabia dizer onde ela estava indo, sendo que ele a deixou na rodovia que dá acesso a San Bruno.

_ O que foste fazer minha amiga, onde possas estar?

Ele tentava pensar com a inteligência de investigador.

_Se ela não quis me dizer aonde ia, porque tem alguma coisa relacionado com o nosso trabalho, talvez tenha descoberto algo muito sério e foi atraída para uma armadilha. Mas porquê desta vez ela não confiou em mim?

Na casa da investigadora havia um pequeno quarto onde ela guardava todos os documentos e anotações, mas mesmo assim não havia pista de quem poderia querer pará-la.

Alguém estava ciente de suas ações e descobertas, Suzana mesmo sem saber estava perto de descobrir a verdade.

Flávio passou meses a seguir todos os percursos de sua amiga, mas nenhum o levou a uma suposta pista.

Meses se passaram, e o caso do desaparecimento da Foster foi arquivado, não tinham pistas nem suspeitas.

Sem nada a fazer Flávio voltou para a sua casa, e estava desesperado.

_Oi mãe.

_ Filho, vieste?

_ Onde está a minha irmã?

_No quarto dela.

_O que te aconteceu, meu amor, estás tão pálido.

_ Nada não, só quero ver a Suri.

_Mano? A Suri levantou alegre a sorrir e gritou o nome do seu irmão. Ela se sentia tão sozinha naquela casa.

_ Minha irmãzinha como estás?

_ Agora estou bem melhor, me diz que vais voltar a morar aqui por favor?

-Sabes que não posso.

_ Esta casa é um autêntico inferno, o pai não para, e quando está em casa ele fica o tempo todo naquele maldito escritório, a mãe passa o dia fora fazendo compras. Sinto tanto a sua falta meu irmão.

_ Eu também, minha linda.

Lágrimas começaram a escorrer pelos seus olhos, e ele caiu no chão a chorar igual a uma criança perdida. Suri se agachou e abraçou o irmão, mesmo sem saber o que ele tinha ela partilhou da dor do irmão e chorou com ele.

Horas se passaram e os dois ainda deitados no chão a chorarem, até que, a Suri se levantou e ajudou Flávio a se levantar também levando-o para cama.

Ainda soluçando os dois se olharam e se abraçaram.

_ Me fala o que te aflige?

_ Perdi alguém que eu amo, e ela nem sabia que ...Ele voltou a chorar.

_Quem? O que aconteceu com ela.

_ Eu acho que..., tenho certeza que ela foi morta, não sei.

-Sinto muito, quem era ela?

_ Eu nunca disse que a amava. Como fui deixá-la sozinha?

-Não falas isso, a culpa não é tua.

-É sim. Oh meu irmão, a dor irá passar.

Flávio não parava de chorar, deitado no colo de sua irmã ele dormiu entre os soluços e Suri ainda confusa, pensava como poderia ajudar o irmão a superar tudo.

Prisioneiros do tráficoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora