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O dia amanheceu chuvoso diferente dos outros, mas infelizmente lá não tinha como sair, lembrou das vezes que a sua mãe ralhava-se com ela porque saía á chuva para jogar a bola com o seu irmão. Eram dois irmãos, melhores amigos que alguém podia ter na vida, por isso ela não entendia o porquê do destino os separou daquela forma. Mais lágrimas escorriam dos seus olhos até o canto da sua boca, sentindo o salgada dela, limpou-a e levantou a pegar na sua espada e começou a treinar sem parar.

Cada golpe que ela dava gritava de raiva, com dor vontade e sair matando-os a todos mas como?

Deu mais golpes, e se enervou e soltou a espada no chão e caiu em simultâneo no chão olhando para o único pedaço do céu que via, num ataque de choro gritou, socou o chão com as mãos e arrancou alguns capins e me encolheu entre as suas pernas com as mãos na cabeça a chorar.

Sem sentir a hora passar já um pouco escuro, voltou para o seu quarto, sendo considerada a melhor assassina do cativeiro então conquistou o direito de ter um quarto só seu mobilado com uma cama pequena, um casa de banho e um armário onde colocava as suas coisas.

Tomou um banho e vestiu um legues preto e um pulôver verde, colocou o único par de ténis que tinha e foi para o salão comer alguma coisa.

O salão tinha cerca de 40 m,

Como sempre ao entrar pela porta principal todos levantaram a cara lhe encararam e começaram a cochichar. Foi até o balcão e pegou num prato e talheres, escolheu uma mesa isolada e sentou para comer, alguns segundos depois dois seguranças do local foram lhe buscar para levarem-na até o Rehx o chefe deles e o suposto comandante como ele gosta de ser chamado.

Além de serem obrigadas a matar, muitos deles passavam por coisas piores, eram obrigados a terem relações sexuais com os guardas independentemente se eram homens ou mulheres.

Quando Milena chegou ali tinha 13 anos, a primeira coisa que lhe fizeram foi rasgar minhas roupas e injectar drogas nas suas veias. Dormiu por uma semana com fome e sede, quando acordada lhe davam um líquido pastoso e enjoativo e ela voltava a dormir, cada dia que passava acordava num quarto diferente.

No último quarto que acordou tinha mais de dezassete meninas, e uma delas estava grávida. Esta é a pior parte da sua prisão, nunca tinha visto tanta dor e sofrimento, as vezes pensava que a morte seria melhor para todos. Nunca entendeu porque estavam lá, até o dia em que completou Catorze anos e ele apareceu, mas isso saberão nos próximos capítulos dessa história.

Cada uma daquelas miúdas ali tinham uma história para contar, já tinham visto e passado por tantas coisas.

Eu já passei dessa fase, agora eu ameaço matar quem ousar me tocar mas Rehx insistia em tentar, apesar de ele ser muito impiedoso e cruel um assassino a sangue frio, não tenho medo dele, já o vi matar e torturar muitos aqui. Algumas pessoas que eram levadas lá recusam-se a lutar ou a se submeterem a qualquer barbaridade por isso eram mortas na hora.

A primeira coisa que iria fazer quando estiver pronta é matar todos eles. Esse pensamento não saía da sua cabeça, ela sempre se imaginava a vingar-se de todos eles.

_ Hello my precious, (risos).

De forma nojenta ele acariciou seu rosto, e deu a volta nela, encostou o seu corpo no seu, apesar dela empurrá-lo mas em vão, bruscamente ele pegou no seu cabelo e virou-a de costa e empurrou contra a parede. O seu hálito fedido que para ela parecia um urso, e ainda com as mãos no seu cabelo e a outra na parede, ele a apertou mais um pouco e disse, tu estás sempre brava, adoras me azucrinar, és o meu orgulho.

E quando o dia chegar serei a última pessoa que verás, pensei em dizer lhe mas achei melhor ,seu inconsciente estava a jogar a bola com sua cabeça cortada.

_Seu porco, nojento, me solta. Ele lhe deu uma bofetada, e voltou a lhe pegar no cabelo._ Trouxemos novos produtos, e quero que tu cuides deles, escolha o melhor para mim, diz ele empurrando-a para fora do seu escritório.

Saiu da sala dele, a morrer de raiva e medo daquilo que iria encontrar lá fora, novas vidas seriam tiradas sem necessidades naquela a sua vida ela lutava mas não tinha o direito de escolher a dos outros.

Desceu na arena e achou dezenas de olhos assustados a chorarem, inocentes eles não sabiam que o pior lhes aguardavam.

Ao tentar subir as escadas para tentar escapar àquela foi chamada, _ moça que lugar é este? _Eu quero ir para casa.

Não sabia o que fazer naquela hora, então respondeu _ claro que vais para casa, mas não de onde vieste, saquei a espada e arranquei o pescoço da criança, pronto menos uma, mas logo voltou para a realidade, não seria conveniente fazer isso, mas se bem que seria melhor assim.

Como podiam cometer atrocidade dessas, que horror meu deus, essas pessoas são sem escrúpulos. Milena criou a coragem e foi na direcção da voz e viu um miúdo que aparentava ter uns 10 anos de idade no meio de mais 5 meninas e 7 rapazes todos de entre os 13 a 17 anos.

_ Separem se, rapazes de um lado e meninas do outro em silêncio, rápido tirem as vossas roupas e vistam o que está atrás de vocês.

Com medo, todos obedeceram-na, mas ficaram toda hora a olharem de soslaio para ela e para os guardas e a espada que estava na sua cintura, sentia tudo o que eles estavam a sentir naquele momento, porque já passou por aquilo.


Então gente até aí o que estão achando.
Gostando?☆★☆★

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