Deusa da Ostentação

Capítulo 23

Já era amor antes de ser
Já era seu antes do sim
Já era nós antes que eu pudesse escolher
Eu te encontrei e me perdi
Eu permiti acontecer, aconteceu sem avisar
Isso que é amar
Vida, você entrou na minha vida
E mesmo com tantas feridas
Você me aceitou e o seu amor cicatrizou
Tanto eu errei tanto e tanto perdoou
Será que eu mereço tanto amor
Onde eu fui pedra você plantou flor
E vou seguindo assim
Um passo atrás do outro e não pela razão
E graças a você eu sou mais coração
Dizem que a vida ensina,
Mas você que me ensinou o que é o amor
Eu vou seguindo assim
Me desculpe por tudo que eu te fiz passar
Era meu jeito torto de amar
Eu agradeço a Deus por ter você aqui E ser o meu amor
Vida, você entrou na minha vida
E mesmo com tantas feridas
Você me aceitou e o seu amor cicatrizou
Tanto eu errei tanto e tanto perdoou Será que eu mereço tanto amor
Onde eu fui pedra você plantou flor
E vou seguindo assim
Um passo atrás do outro e não pela razão
E graças a você eu sou mais coração
Dizem que a vida ensina,
Mas você que me ensinou o que é amor
Eu vou seguindo assim
Me desculpe por tudo que eu te fiz passar Era meu jeito torto de amar
Eu agradeço a Deus por ter você aqui
Eu vou seguindo assim
Me desculpe por tudo que eu te fiz passar
Era meu jeito torto de amar
Eu agradeço a Deus por ter você aqui
E ser o meu amor
Henrique e Juliano - Vida

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Cami Narrando
Assim que aquele monstro que me sequestrou me jogou dentro de uma cela imunda dentro de uma casa eu só sabia chorar e pedir a Deus que rezasse pela minha vida, do Coringa e a do nosso bebê.
Estava morrendo de fome, deveria ser a tarde quando o Tato chegou armado e me tirou daquela cela. Ele me empurrou até o quintal ridículo daquela casa e me jogou no chão apontando a arma pra mim.
- Deixa-me ir embora.
- Ir embora? -Ele riu-. Você acha mesmo que eu vou perder o gostinho de machucar a garotinha do Coringa?
- Eu estou grávida, por favor. -Ele riu mais alto ainda e pegou seu celular e ele parecia gravar tudo.
- A gravidinha está com medo. -Ele mirou para um muro e atirou-. Sabe nem o que eu posso fazer com você.
Dois caras feios chegaram com uma menina loira chorando e algemada.
Xxx: Tato me perdoa, por favor.
- Você não deveria ter aberto seu bico vagabunda. -Ele deu um tapa na cara da menina que caiu no chão-. Tirem a roupa da Camila, bora.
- Não faz nada comigo, por favor, não me estuprem. -Implorei chorando. Ele com uma mão apontava a arma para mim e com a outra filmava tudo aquilo. Ele é psicopata.
s meninos tiram a minha roupa, deixando-me de calcinha e sutiã jogada no chão. Eles arrancaram a roupa da outra menina e a vestiram com as minhas roupas.
Xxx: Deixe-me ir. -Ela chorou e por um momento nos encaramos. Ela era um pouco parecida comigo. Comecei a sacar o plano do Tato. Ele ia foder com o Coringa, ele ia fazer o Coringa ir atrás dele se ele achasse que eu estaria morta.
- NÃO FAZ NADA COM ESSA GAROTA! PELO AMOR DE DEUS. FAÇA TUDO COMIGO, MAS NÃO MATE ELA.
- Infelizmente você não tem escolha. -O Tato e os outros dois caras apontaram as armas pra menina que chorava pedindo perdão. Evitei olhar quando os tiros a atingiram. Respingou muito sangue em mim e eu gritei.
O Tato me pegou pelos cabelos e me jogou novamente na cela. Antes de fechar a porta ele apertou minha bochecha com força.
- Você vai tirar essa criança, e vai para BH comigo. Estou com umas paradas importantes e preciso de uma nova fiel.
Ele fechou a cela e saiu. Ouvi-o falando no celular e ele dizia algo sobre terem invadido o morro que ele estava.
- Ninguém toca no Coringa e no Americano, esses filhos da puta são meus. Estou indo para ai. -Ele disse e assim bateu a porta da sala onde estava presa.
Joguei-me no chão chorando muito, não suportaria a dor de perder o Coringa e o Americano. Pedi a Deus que os salvassem e que me salvasse.
Eu comecei a gritar e a pedir socorro. Gritava com todas as minhas forças, talvez Deus mandasse algum anjo ali para me libertar e seria o tempo de eu ir atrás do Coringa e do Americano e impedi-los de morrer.
Eu já estava rouca e com as forças esgotadas. Eu implorava e rezava baixinho, já com as forças esgotadas, meus olhos fechados pelo cansaço.
Xxx: Meu Deus o que é isso. -Uma voz feminina espantada disse. Abri rapidamente os olhos e mesmo com a pouca luz eu vi, era a mãe do Coringa. Deus enviou meu anjo.
- Por favor, me tira daqui. -Pedi desesperada.
- Camila, o que está havendo? -Ela tentou abrir, mas estava trancada.
- Foi o Tato, ele vai matar o Coringa. Arruma um jeito de abrir isso aqui.
- Calma menina, me explica essa história. -Ela disse nervosa também.
- Não da tempo, arruma alguma coisa e me tira daqui. -Pedi.
- Vou ver o que encontro.
Ela saiu da sala e logo voltou com um revolver.
- Eu vi uma vez no filme, acho que é assim. -Ela apontou a arma com a mão trêmula para a tranca e atirou. O estrondo entrou agudo nos meus ouvidos, mas deu certo estava livre.
Sai correndo da cela, procurei a saída da casa e quando dei por mim estava na rua da casa dos pais do Coringa. A casa deles estava umas cinco casas depois dessa. A Mercedes veio ao meu encontro.
- Pode me explicar o que está havendo? Eu vim ver meu filho, ouvi barulho de tiros e...
- Você é a melhor sogra do mundo, minha anja. -A abracei-. Mas preciso ir atrás do Coringa. -Dei um beijo no rosto dela.
- E como vai? O morro é longe.
- A senhora tem dinheiro para me emprestar? Juro que te pago de volta.
- Claro. -Fomos depressa até sua casa, ela entrou e depois voltou com uma nota de dez reais e me entregou. Ela tinha lágrimas nos olhos e estava vermelha-. Protege meu menino.
- Te prometo.
- Se cuida.
Sai correndo até o ponto de ônibus mais próximo e depois dessa corrida queria saber se meu bebê ainda estava bem. Era o pior pesadelo da minha vida.
O ônibus que iria para o morro veio e eu entrei. Perguntei as horas para o motorista e ele me informou meia-noite.
Assim que cheguei ao ponto final, desci do ônibus, andei uma rua e subi o morro. A escadaria parecia maior e eu não me cansei. Precisava ver que o Americano e o Coringa estavam bem.
Assim que cheguei lá em cima do morro, na casa do Coringa, entrei e a porta não estava trancada. Acendi a luz e vi muitas coisas quebradas.
Subi as escadas e mais coisas quebradas. Entrei no quarto do Coringa e dei graças a Deus quando o vi sentado na cama.
- Coringa. -Ele me olhou assustado e com os olhos inchados, ele parecia ter chorado e muito.
- Sai daqui. -Ele se afastou, ele parecia ter visto um fantasma. Me aproximei-. Sai daqui demônio.
- Coringa, meu amor, eu estou aqui. -Fui até ele e o toquei.
- Sai da minha cabeça. -Ele apertou forte a cabeça e ele estava muito vermelho.
- Coringa, sou eu. - O fiz me olhar. Ele bateu na minha mão e eu fui para trás. Ele parecia transtornado e foi que eu me lembrei da menina que fora morta para se passar por mim-. Amor, eu estou viva, olha pra mim. Sente isso aqui. -Peguei na sua mão contra sua força e coloquei no meu peito. Meu coração batia muito forte e ele o sentiu. Ele me olhou nos olhos e meus olhos marejaram.
- Camila...
- Amor. -Eu pulei no seu colo e o abracei tão forte. Ele apertou meu corpo contra ao dele e ele me beijou com vontade.

Olhamos-nos e ele sorriu.
- Eu pensei que estivesse morta, eu vi as fotos...
- Era armação do Tato, amor ele só queria te ver mal. Ele não vai parar, ele está louco.
- Tudo o que eu preciso está aqui. Nada mais importa. -Ele me beijou no rosto e eu não duvidava nem mais uma linha que o Coringa me amava demais-. Foi as piores horas da minha vida. Eu pensei que estivesse morta, que você e o nosso filho...
- Eu estou bem. Vamos nos livrar do Tato.
- Ele te machucou? -Ele analisou meu corpo.
- Não o suficiente para me fazer mal.
- Isso tudo vai acabar hoje. -Ele levantou da cama e me deixou sentada ali.
- O que vai fazer?
- Ele não vai parar Cami, eu preciso dar um fim nisso. Ontem foi você e se amanhã for pior e for a Mel? Eu preciso da um fim e isso acaba agora.
- E depois? Você conseguirá olhar para os seus pais mesmo sabendo que matou um dos filhos deles?
- Para o meu pai a gente já está morto. Minha mãe conhece os filhos que teve.
- Eu te amo. -Fiquei de pé na sua frente-. Amo tanto. -O abracei.
- Eu te amo muito, muito. Eu não sei se suportaria mais um dia sem você.
- Eu não suportaria te perder.
- Eu sei me cuidar.
- Cuide-se.
- Se importava de fazer as malas novamente depois que tudo isso acabar?
- Por quê?
- Estamos de partida, se você aceitar.
- Longe disso tudo aqui?
- Longe de tudo, vida honesta, eu e você. Não quero mais isso.
- E o Americano? E o morro?
- Quando eu vi as pessoas que eu amo em perigo eu vi que era a hora de viver em paz.
- E a ONG?
- Podemos abrir outra e ajudar quem precisa.
- Eu vou pra onde você quiser ir. Eu te amo e te seguiria até o fim do mundo. -Ele sorriu e selou nossos lábios.
- E pra onde você quer ir?
- Tenho uma queda por lugares do Sul.
- Santa Catarina, Paraná ou Rio Grande do Sul?
- Santa Catarina. -Sorri.
- Então é pra lá que vamos. -Ele fez carinho na minha bochecha.

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E então, o que acharam?
Infelizmente devo comunicar que este foi o penúltimo capítulo e então adeus haha
Beijos, até a próxima.