Capítulo 17

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Coringa Narrando.
- Nem eu vivo sem você. -Eu disse e nos beijamos e depois comemos a pizza.
Fomos para o meu quarto e lá ficamos pelo resto da noite nos amando, aproveitando o nosso tempo juntos, fazendo amor a noite inteira. Disso que eu precisava pra ser feliz completamente. Era a Cami a minha mulher e dela jamais abriria mão, lutaria contra milhões só para tê-la.
Acordei no dia seguinte sentindo o peso do corpo dela sobre o meu, o cheiro gostoso dela predominava o meu quarto. A abracei mais e fiquei fazendo carinho nela enquanto ela dormia no meu peito. Mais tarde ela acordou e abriu os olhinhos sorri.
- Bom dia princesa.
- Bom dia meu amor.
- Dormiu bem?
- Perfeitamente bem e você?
- Melhor impossível.
Ela levantou da cama, colocou sua roupa e foi para o banheiro. Ficou um tempinho lá e voltou. Fui ao banheiro, fiz minhas higienes matinais, dei um selinho na Cami e sai do quarto.
Desci às escadas e a Nathy via televisão tomando café da manhã.
- Bom dia Nathy.
- Bom dia. Quando foi que o Tato voltou?
- Ontem. Ele te procurou?
- Não, mas eu fiquei sabendo da confusão que deu.
- Então já sabe né? Arruma suas coisas, que eu vou te mandar junto com a Cami pra casa da tia Júlia.
Ah, mas eu não vou não.
- Você vai sim Natália, não discute comigo! -Fui para a cozinha e a Nathy veio atrás de mim.
- Eu não querer ir pra casa da tia Júlia é um dos motivos de eu estar morando agora com você.
- As coisas mudaram, é por um tempo, a Cami vai com você.
- Eu gosto da Cami, mas não temos muita intimidade.
- Vão se dar bem juntas.
- Tato não me machucaria. -Olhei para ela-. Machucaria?
- Não duvido nada dele. É só essa confusão acabar. -Ela abaixou a cabeça, fui até ela e a abracei-. Vai ficar tudo bem.
- Tudo bem eu vou, mas isso vai ter um preço. -A soltei e nos olhamos.
- Não seria você né Nathy.
- Quero um celular novo.
- Só isso?
- Qual eu quiser e da marca que quiser.
- Extorquista.
- Você está me afastando de todo mundo que amo.
- Estou te protegendo.
- Chame do que quiser, mas isso é tão difícil pra mim quanto é pra você.
- Você não sabe nem metade do que eu sinto, então não seja egoísta em achar que a sua vida é mais importante que a dos outros. -Ia saindo, mas ela falou e eu parei de costas pra ela.
-E você acha que a sua vida importa mais do que a do Tato para a mamãe?
- Minha mãe jamais dividiria o amor dela entre nós três, e você sabe muito bem disso. -Sai da sala e subi as escadas.
A loira estava encostada na parede do corredor, fui até ela.
- Estava esperando o papo com sua irmã acabar.
- Nathy é difícil viu.
- Ela é adolescente, tudo vai revoltá-la.
- Eu não era assim.
- E era como? -Fiquei quieto e dei um selinho nela.
- Era nada. Só isso.
- Não me convenceu.
- Não existe nada que você precise saber.
- Ah não? -Ela arqueou uma das sobrancelhas e cruzou os braços.
- Eu era uma adolescente normal. -Dei de ombros e sorri nervoso.
- Tem certeza? -Ela pressionou e eu fiquei encurralado.
- O que você quer Camilla?
- Não fique estressadinho. -Ela riu.
- Que coisa viu. -Sai andando e fui para o meu quarto. Não gosto de toque no meu passado e não sei pra que a Cami fica perguntando. Abri o cofre do meu quarto, queria fazer uma surpresa pra Cami e dar o celular pra Nathy.
A Cami entrou no meu quarto e me abraçou por trás.
- Pegando dinheiro pra quê?
- Tenho que dar uma saída.
- Posso ir junto?
Dessa vez não. -Fechei o cofre.
- Poxa.
- Você tem que ir arrumar suas coisas e falar com a Cláudia não acha?
- É mesmo. Já tinha me esquecido. -Ela abaixou a cabeça.
- Não é por muito pequena. -Segurei na nuca dela e a beijei-. Eu te amo. -Ela mordeu meus lábios e sorriu.
- Te amo meu nego. -Ela me abraçou e eu fui tomar banho.
Tomei um banho de 20 minutos e sai com a toalha na cintura. A Cami foi para o banheiro tomar banho. Arrumei-me, despedi-me da loira e fui para o shopping.

Cami Narrando
Essa confusão toda do Tato e do Coringa estava sendo demais pra minha cabeça. Deixar a ONG, sumir por um tempo. Eu não sou o tipo de pessoa que foge de nada. Eu só estou indo porque eu vi no olhar do Coringa o medo. Tomei um banho, coloquei minha roupa, despedi-me do Coringa e fui pra casa do Americano.
Chegando lá, o procurei pela casa e o achei na cozinha.
- Fala loira.
- E ai Americano.
- Com você ta?
- Bem e você?
- To bem. Coringa conversou com você?
- Conversou sim.
- E ai? Você vai sumir um tempo?
- Vou sim, to fazendo mais por ele né.
É melhor assim.
- Eu não sei, vou sentir falta da ONG.
- Só por um tempo, sabe, nada demais.
- Vou arrumar minhas coisas e ir pra ONG.
- Ok.
Deixei minhas coisas no meu quarto, olhei a hora e fui até a ONG. Chegando lá, a Cláudia já estava em sua mesa e fui até ela.
- Precisamos conversar.
- Pode falar. -Expliquei pra ela toda situação e ela acabou entendo e dizendo que também estava com medo de subir o morro e só descendo dentro de uma ambulância.
Acabamos colocando uma placa na frente da ONG e explicando o que estava acontecendo pra alguns pais que lá estavam.
Voltei pra casa e comecei a arrumar minhas coisas. Peguei três malas e fui colocando tudo que iria precisar, não sabia o tempo que lá ficaria, então era bom ficar bem prevenida.
Mais tarde eu almocei e fiquei vendo TV. Ouvi meu cel tocar e era o Coringa e atendi.

Deusa da Ostentação Where stories live. Discover now