Capítulo 4

6.8K 532 15
                                    

Camilla narrando.
– Acho. –Olhei de forma debochada pra ele.
– Adoro desafios e as que se fazem de difíceis então. – Ele coçou o queixo e deslizou a lingua pelos lábios
– Não estou me fazendo de difícil, eu só não quero ficar contigo. – Revirei os olhos e resolvi sair dali antes queme envolvesse em confusão com aquela louca da Ariel.
– Duvido. –Ele me puxou pela cintura com uma força, fazendo nossos corpos chocarem-se. Aquele corpo musculoso, meu Deus. Ele mordeu os lábios e olhou em meus olhos.
– Você tem mulher, respeita ela.
– Da Ariel eu cuido.
– Olha só, quando você estiver solteiro me procura ok. – Coloquei a mão no peito dele e tentei o empurrar.
– Sério que vou dormir sem seu beijo? –Ele sorriu de lado e já aproximou os lábios dos meus.
– Não faz isso. – Tentei empurrar ele e ai que ele se aproximava. Ele deslizou a mão pela minha cintura em direção minha bunda e em seguida até minha coxa e subiu. Beijou meu pescoço, tentei esquivar, mas foi impossível, meu corpo me traiu e me arrepiei mesmo assim.
– Depois fala que não quer. –Ele riu.
– Me deixa. –Arqueei as sobrancelhas.
– Nossa é marrenta. Relaxa. –Ele colou os lábios nos meus e começou a me beijar, não queria retribuir, mas como resistir aquele homem meu Deus. Se alguém perguntasse ia negar até a morte. Ele me pegou com vontade e me beijou. Coloquei a mão na nuca dele e o beijei com vontade. Sua língua passeava por toda minha boca. Ele apertou minha bunda com vontade e então lembrei que estávamos na rua.
– Coringa, sossega que ta todo mundo olhando. –Parei o beijo.
–  Ah qual foi loira? Maior envolvência e você melando o beijo.
– Não me toca assim ué. Eu hein. –Fiquei brava. O empurrei pra longe de leve, ele se afastou. Cruzei os braços.
– Cheia de marra. –Ele pegou na minha nuca e alisou. – Fica uma delícia com essa cara de brava. –Ele riu. – Vamos dar uma volta então.
– Pra onde?
– Um lugar sem gente.
– Está achando que eu sou essas vagabundas?
–  Caralho, mas você é difícil pra porra. –Ele rolou os olhos.
– Já conseguiu o seu beijo, agora mete o pé. –Arqueei uma das sobrancelhas e o olhei decidida. Ele fechou a cara.
– Eu vou a hora que eu quiser.
– Não vou te beijar.
– Vem aqui agora. –Ele me puxou com força e me beijou novamente. Ele pegou por dentro do meu cabelo e me beijou com muita vontade. Tive que retribuir, aquele beijo gostoso dele. Que meu Deus, impossível não resistir. Fiquei louca ali. Ele terminou o beijo estava até de pernas bambas. – Porra, que loira gostosa.
– Se acostuma muito não. –Sorri e cruzei os braços.
– Quer sair daqui não?
– Claro né, mas vou sair sozinha. –Sorri, pisquei e sai andando deixando-o ali. Entrei novamente no baile e encontrei com a Bruna.
–  Amiga! –Ela me abraçou.
– Onde estava vadia?
– Seu amigo é uma delícia. –Ela sorriu maliciosa.
Mereço vocês dois. –Rolei os olhos e ficamos curtindo.
Estava dançando e curtindo quando senti um tapa ardido na cara. Olhei e era a Ariel.
– Olha só sua vagabunda fica longe do meu macho, porque se passar desse tapa você vai para o inferno mais cedo ta sua cachorra.
–Está maluca sua cachorra. –Segurei no cabelo dela e revidei o tapa. Quem estava por perto já formou uma rodinha para observar-. Olha só eu não posso fazer nada se o Coringa não para de me olhar, fiquei com ele mesmo e se ele me quis deve ser porque você não da assistência sua cadela. Presta atenção que você não está falando com as suas amiguinhas. Você acha que eu vou abaixar a cabeça pra você? Se ele vier pra cima de mim de novo eu pego mesmo e se bobear pego na sua frente. –Soltei o cabelo dela e sai andando puxando a Bruna.
– Calma ai que eu não estou entendendo nada. –Ela me olhou rindo. – Amiga você esculachou aquela garota.
– Não estou com paciência. Aquela é a Ariel, a fiel do Coringa.
– E Coringa é quem?
– O dono do morro.
– Ui a Barbie dança dança agora é mulher de bandido. –Ela riu.
– Cala a boca Bru, claro que não. Ele que veio querendo ficar e não deu pra dizer não. – Fiz um bico enorme e ela riu.
–  Ele é gato amiga?
–  Porra pra caralho. – Suspirei
– Pega mesmo que aquela ali não tem moral. –Batemos as mãos e o Americano chegou.
– Porra Cami ficou maluca de fazer aquilo com a Ariel? –Ele falou na autoridade.
– Eu não. Ela bateu e levou, só isso.
– Na boa? Representou-me. –Ele riu. – Puta que pariu você é foda pra caralho ein.
– Minha amiga né.
– Você fez o que todo mundo já quer fazer a tempos.
– Eu sou diva né meu bem, deixa ela tentar me copiar. –Beijei meu ombro. Rimos e fomos beber. O Americano sumiu novamente e depois voltou já me puxando.
– Ai loira deu ruim.
–  Por quê?
– Ariel mandou os caras te pegarem.
– Como assim?
–  Uns manos ai, a patroa não gostou ai já viu.
–  E agora meu Deus?
–  Está comigo, está com Deus né loira? Vem cá vocês duas. Vou apresentar vocês a uns manos. Não saiam do meu lado pra nada. –Ele pegou na cintura de ambas, uma de cada lado e fomos o seguindo. Chegamos em um espaço onde na hora em que eu dançava mais cedo o Coringa me observava. Havia vários caras armados ali e bebendo, com algumas mulheres a sua volta.
Americano como havia dito nos apresentou aos caras ali e nos apresentou como “as princesas dele e que não queria um arranhão na gente”, morri de vontade de rir, mas se eles fossem nos proteger das loucuras da Ariel então estava ótimo.
Coringa chegou ali se achando o rei do mundo e na boca aquele sorriso lindo de matar.
Bru: – Quem é esse Deus grego?
–  É o Coringa. –Ele me olhou dos pés a cabeça e depois olhou para a Bru.
Ele e o Americano se cumprimentaram.
– Fala irmão.
– E ai viado.
– Sua patroa está dando trabalho hoje.
– Ela sempre dá. –Ele sorriu para mim e olhou para o Americano.
– Quero ter um papo de mano contigo. – O Americano disse e eles saíram de perto da gente e ficaram um tempão conversando. Fiquei bebendo e dançando com a Bru, os caras ali nem babaram na gente né.
A Ariel chegou com mais duas amigas e já veio pra cima de mim e da Cami. O Americano e o Coringa já vendo que iria rolar treta já vieram pra perto da gente.
– Coringa o que você está fazendo perto dessa garota?
– É da sua conta? –Toma vagabunda!
– Já disse que não te quero perto dela. –Ele passou o braço pelos meus ombros e encarou.
–  E você vai fazer alguma coisa? –Ele arqueou uma das sobrancelhas. Eu fiquei bem quietinha na minha. Mas por dentro fogos de artifícios explodiam por dentro de mim. Não queria arrumar confusão com os dois, e no fundo sabia que estava errada. Mas quer saber? Foda-se, a Ariel é um pé no saco.
– Vamos ver então. Vou te pegar patricinha.
–Vou nem dormir essa noite. –Ela saiu andando com as amigas. Me soltei do Coringa e arqueei as sobrancelhas para ele. Ele sorriu de lado, bufei e puxei a Bru. Não é bom dar confiança pra tipo de homem igual ao Coringa, se não daqui a pouco ele está fazendo comigo o que faz com a Ariel. Mas como eu não tenho nada com ele e nunca vou ter. Aliás quero que ele e a Ariel se explodam.
Coringa e Americano ostentavam ali bebendo com os amigos e as piranhas em volta deles. Fiquei mesmo com a Bru e curti o resto do baile.

Deusa da Ostentação Onde as histórias ganham vida. Descobre agora