Capítulo 13

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Coringa veio, despedimo-nos de sua mãe e sua irmã. Entramos no carro e ele deu partida.
– O que achou?
– Gostei das duas.
– Minha mãe é legal.
– Super, a amei de verdade.
– Se pudesse te traria aqui mais vezes.
– E por que não pode?
– É complicado.
– O que é complicado?
– Outra hora conversamos sobre isso. Te deixo em casa?
– Meu carro está no morro.
– Eu te busco amanhã cedo.
– Vai mesmo Coringa? Você é um cu pra levantar.
– Sério Cami, só me ligar me acordando que eu vou.
– Não gosto de atrasos.
Ele chegou a minha casa 20 minutos e parou no portão da minha casa. A empregada da minha casa estava ao telefone com uma cara de preocupada.
– Eita, aconteceu alguma coisa.
– Vamos ver. –Saímos do carro e fui até a empregada.
– Lídia, aconteceu alguma coisa? –Ela me olhou e desligou o celular.
– Ainda bem que chegou, aconteceu um rebuliço aqui na sua casa.
– Como assim? Cadê meu pai?
– Seu pai veio aqui cedo, pegou as roupas, dinheiro e foi embora. Esvaziou os cofres, suas roupas e se mandou. A polícia esteve aqui, perguntou de você.
– Que merda... Meu pai ai meu Deus. –Tentei ligar inúmeras vezes para o meu pai e só deu desligado.
– Calma Cami, tenta de novo.
– Amor é o meu pai. –Disse tremendo de nervoso e tentando ligar.
Lídia: O sócio de seu pai esteve aqui há pouco e disse que quer conversar com você.
– Vou ir à casa dele agora. Coringa, você me leva lá?
– Levo. –Entramos em sua casa e o ensinei a chegar à casa do sócio do meu pai. Assim que chegamos toquei a campainha freneticamente até me atenderem.
–Carlos está?
– Está sim. Entrem. –Entramos e o Carlos estava na sala.
– Acho que já sabe.
– Me explica o que houve Carlos, pelo amor de Deus.
– Estou tão assustado quanto você. Seu pai está encrencado demais, Camila. E não tem escapatória, ou tem...
– O que ele fez? –Disse com o coração na mão e já com vontade de chorar.
– Fraudes, desvio de dinheiro, vinculo com o tráfico, tanta coisa. A polícia mandou fechar o escritório por ordem e cara ta todo mundo sem ter o que fazer. Seu pai zerou a conta do escritório.
– Meu pai?
– Seu pai.
– Não acredito.
–Ele fugiu e não me disse nada. Eu não sabia que ele fosse desse tipo.
– E nem eu. Meu pai e o que eu faço? Ai meu Deus. –O Coringa me abraçou.
–Calma pra tudo tem um jeito.
– Preciso falar com ele.
– Se eu conseguir pode deixar que eu mando ele te ligar.
– Ele me ligou hoje cedo, só que quando retornei já estava dando desligado.
– Então foi a hora que ele se mandou.
– Talvez ele quisesse se despedir, me avisar... –Disse com um pesar na voz e chorei. Não estava acreditando que aquele pesadelo estava acontecendo comigo.
O Coringa me levou mais tarde pra casa dele e eu só conseguia pensar no meu pai e em como ele se meteu nessa furada. O Coringa não saiu do meu lado e ele de certa forma me acalmava. Ele me abraçou em sua cama e ficou fazendo carinho em mim.
– Tudo na vida tem seus motivos.
– Independente Coringa, meu pai sempre foi um homem justo, da lei.
–Ele nunca...
– Mas fez Cami.
– E me deixou, aqui sozinha, ele é tudo o que eu tenho Coringa. Minha única família.
– Você não está sozinha, tem a mim.
– Até quando? Até você arrumar outra melhor? Não tem futuro isso, eu to perdida. Eu não sei o que dizer.
– Se acalma minha princesa. Eu to contigo, a Bru com certeza vai está, aquela mulher da ONG, o Americano. Os de verdade não abandonam.
– E meu pai me abandonou... –Chorei.
– Calma princesa. –Ele me apertou contra seu peito.

Coringa narrando
Imaginava a barra que a Cami estava passando e jamais sairia do lado dela. Ela dormiu muito tarde e eu fiquei com ela até que ela pegou no sono. Estava preocupado. E com isso comecei a pensar. O pai da Cami é advogado e ele some, a polícia ta atrás dele por causa de um monte de merda que ele fez justamente no mesmo dia que um parceiro meu do mesmo ramo mete o pé. Muito estranho e eu iria descobrir essa parada. Se as minhas suspeitas são verídicas eu acho que acabei de foder o pai da minha mina e a magoando.
Assim que acordei no dia seguinte, tomei um banho, troquei de roupa e sai. Comprei o café da manhã, deixei na cozinha e a empregada já estava lá. Fui à casa do Americano, bati lá e ele não abriu. Fui entrando e bati na porta do seu quarto. O Americano abriu a porta com uma cara de sono.
– Que horas são mano?
– Cedo, tem uma treta ai que não pode esperar.
– O que houve? –Entramos no quarto dele e sentamos na cama.
– Tu sabes daquela parada do meu irmão, do Marcos e tudo mais. Daí deu um problemão, descobrirão tudo. Meu irmão conseguiu fugir, mas o Marcos ta caçado e meteu o pé pra fora do Brasil. Ai ontem o que eu descubro? Pai da loira meteu o pé do Brasil pelas mesmas merdas que o Marcos.
– Caralho Coringa, se a loira descobre isso...
– O pai da loira é o Marcos?
– O nome dele é Marcos sim, advogado, ricaço, já o vi algumas vezes com a loira.
– Fodeu!
– Carai irmão você está fudidaço. –Ele riu e eu o encarei sério-. A loira quando descobri vai acabar com você. –Ele ria e eu estava preocupado com toda aquela merda.
– Chega Americano.
– Carai, você e o sogrão. –Ele ria.
– Essa hora que você vê os de verdade.
– Para de drama, mas ai, manda a verdade antes que ela descubra. Porque se ela descobrir vai ser bem pior.
– Não sei caralho, a loira vai querer ir embora.
– Ela está morando contigo?
– Por enquanto eu acho que sim. Ela dormiu lá em casa.
– Tadinha da loira vei. Ela já não tem mãe, ai o pai dela vacila desse jeito. Pior que ele nem pensou nela.
– Foda é que eu tenho que esperar o viado entrar em contato comigo, se ele for entrar né.
– Foda é isso. Ele deveria pelo menos ligar pra loira.
– Verdade.
Mais tarde voltei pra casa e a loira havia acordada. Ela estava triste e desmotivada. Ligou para a Claudia avisando que hoje ela não trabalharia. Ela ficou na cama o dia inteiro e eu tive que resolver as tretas do morro.
Havia pedido para um dos moleques levar uns chocolates para a loira de tarde, de noite eu fui pra casa e ela estava na mesma posição de cedo. Só com a roupa diferente.
– Princesa você comeu?
– Comi.
– Não fica assim, olha ele vai aparecer.
– O sócio do meu pai ligou. Ele disse que era pra eu sumir de casa, que não era pra eu me envolver com a polícia e deixar meu pai se virar sozinho. Ele falou um monte de coisa, me aconselhou. Disse que meu pai não pensou em mim em momento algum e que eu não deveria pensar nele. Mas é meu pai, Thi.
– Eu sei pequena, mas ta ligado não dá pra ficar sofrendo quando ele te deixou sozinha, sem dinheiro nenhum.
– Não sei o que fazer. –Ela me abraçou e veio para o meu colo.
– Segue em frente, se ele entrar em contato conversem.
– Você não pode descobrir onde ele ta não?
– Princesa, se eu te contar uma parada você promete que não vai embora?
– Não sei Coringa. –Ela saiu do meu colo, sentou na cama e me olhou.
– Por favor, promete.
– Me fala logo Thiago! –Ela disse sério.
– Além da Nathy eu tenho mais um irmão, mais velho que eu, o Tato. Ele foi preso e depois disso eu assumi o morro. Há uns meses começamos a planejar um plano pra ele fugir. Me deram um nome de um cara influente dentro da prisão e dessas paradas, eu fui atrás porra. Sabia que o cara era interesseiro e tinha muito dinheiro na parada. Esse cara começou a desviar dinheiro público pro morro, armas, drogas apreendidas, limpava a barra dos moleques. Até que ontem a casa caiu, descobriram o esquema de tudo, houve uma rebelião na prisão...
Meu irmão conseguiu fugir e meteu o pé para o Norte, ai esse cara que eu te disse ele fugiu para fora do Brasil. Estavam caçando a cabeça dele e ele meteu o pé, mandou a gente se virar e que se foda tudo. Princesa, eu juro, que quando eu me envolvi com você eu não fazia ideia que ele era seu pai. O Americano nem chegou a se envolver nesse esquema, ele também não sabia que eu e o seu pai estávamos nessa juntos. Eu não sei pra onde ele foi, ele me ligou de um número descartável. –Ela me olhou incrédula e eu morri de medo dela me matar ali mesmo-. Camila, diz algo.
– Dizer o que? Que meu pai um dia era meu herói e no outro virou o bandido, o cara que está foragido da polícia? Um dia discutíamos sobre eu largar a faculdade de Direito para vir da aula na ONG e no outro meu pai quebra todos os princípios que ele me ensinou? Coringa eu não sei o que te dizer, é muita coincidência. Eu notei meu pai preocupado esses dias, mas eu nunca imaginei que ele pudesse chegar a esse ponto de...
– Mas é o que eu faço Cami.
– Mas você já faz isso, eu te conheci. Meu pai mentia pra mim, Thiago. É diferente. Quando foi que você mentiu o que você faz dentro do morro? Eu sei muito bem que você rouba, mata, é dono do morro, eu sei de tudo isso. Mas o meu pai? Sempre foi eu e ele contra o mundo, nós dois. Páscoa, Natal, Ano Novo, Dia das mães, Dia dos Pais, meu aniversário... Ele sempre esteve lá. Ele sempre foi mãe e pai. Sempre! E ele criou uma imagem para mim, que na rua não é verdade. –Ela deixou uma lágrima cair e secou.
– Cami, não é assim. Seu pai te ama.
– Não ama, quem ama não machuca, quem ama não faz o que ele fez.
– Ele te deu tudo Cami, amor, dinheiro, as melhores coisas. Não dá pra jogar os momentos bons por causa de um erro.
– Um erro Coringa e eu tenho que me esconder da polícia. E a minha audição para Julliard? E os meus sonhos? E os meus filhos? Ele não vai está lá. Eu não tenho minha mãe e agora não tenho meu pai.
– Ele pode se arrepender e voltar.
– Mas já é tarde demais.
– Loira... –Fui pra abraçar ela e ela se afastou.
– Acabamos por aqui Coringa. –Ela levantou da cama, pegou as chaves do seu carro e saiu. A deixei a ir, pensar um pouco faz bem.
Estava triste, estressado por causa de tudo aquilo. Peguei meu celular e vi que havia uma ligação perdida da Thalita. Estava tarde e nem retornei. Tomei um banho e fui dormir.
Passaram duas semanas e a loira se afastou de mim. Ela começou a morar com o Americano. A Thalita quando soube veio conversar comigo e pediu pra eu dar um tempo pra loira, pra ela organizar a vida e a mente. Mas foda era ficar longe dela. Estava na salinha da boca sozinho quando abriram a porta e era a Ariel. Ela sorriu e mexeu no cabelo.
– Oi Coringa.
– Oi Ariel.
– Podemos conversar?
– Chega ai. –Ela entrou e ela sentou próximo a mim-. Manda.
– Fiquei sabendo do rolo que deu com a Camila, vim ver como você está.
– Estou bem, pode ir agora.
– Sei que não está, vamos conversar Coringa. –Ela levantou-se e veio até a mim, ela sentou no meu colo e colocou sua mão na minha nuca-. Sei que sente falta dela.
– Para de jogar sujo Ariel.
– Só quero te ajudar, amor.
– Não preciso da sua ajuda.
– Só vamos nos entender. –Ela selou nossos lábios e eu levantei da cadeira e ela quase caiu no chão.
– Melhor você ir embora.
– Qual é Coringa? Desde quando aquela garota que nem com você está mais vai te deixar assim? Ela pode pegar vários e você ninguém.
– Ela não pega ninguém.
– Não é o que eu estou sabendo sobre o Leon.
– Ela está com o Leon?
– Um passarinho verde me contou. –Aquilo me irritou de uma tal forma. Essa Camila está me tirando como otário só pode e otário é uma coisa que eu nunca vou ser. Mulher nenhuma vai passar por cima de mim.
Puxei a Ariel com uma mão e colei nossos corpos com força. Ela sorriu para mim e me beijou gostoso. Apertei sua cintura e chupei seus lábios. Minhas mãos passeavam pelo seu corpo e ela arranhava minha nuca. Coloquei a mão por dentro do seu vestido e apertei sua bunda.
– Que saudades de você meu amor.
– Saudades minha sereia. –Voltei a beijá-la com vontade.
Tirei seu vestido e os seus seios ficaram a mostra, apertava os mesmos enquanto chupava seu pescoço. Ela rebolava em cima do meu pau o fazendo ficar duro. Deixei um chupão em seu pescoço só para deixar minha marca.
Ela abriu o zíper da minha bermuda e tirou a mesma. Ela passou a mão no meu pau por cima da minha cueca, ele se excitou na sua mão. Ela sorriu com aquela cara de safada irresistível.
Ela ajoelhou na minha frente, sorriu com cara de safada e tirou minha cueca. E começou a fazer um boquete bem gostoso.
Começando a chupar a cabeçinha. Logo todo o meu pau estava em toda sua boca e ela me chupava em uma bela garganta profunda. Segurei no seu cabelo enquanto ela me chupava e fazia ela engolir toda minha pica, ela me mamava me olhando com cara de safadas e chupava minhas bolas. Soltei um gemido.
– Que gostoso. –Ela passou meu pau nos seus lábios e voltou a chupá-lo. Estava estourando de tesão e queria fodê-la.
A fiz levantar e a beijei, a empurrei até uma mesa ali e a coloquei em cima. A despi toda e olhei aquele corpo gostoso da Ariel.
Comecei a beijar seu pescoço, ela toda arrepiada, apertava seus seios e ela suspirava. Desci beijando seu corpo e cheguei na sua buceta, comecei a chupá-la com vontade e ela soltava gemidos altos. Ela agarrou no meu cabelo e gemeu que nem uma cachorra. Fazia movimentos circulares dentro da sua buceta e depois chupava seu clitóris. Ela rebolava na minha boca e a chupei até ela gozar.
Levantei a cabeça, a puxei mais pra frente e coloquei a cabecinha do meu pau na entradinha da buceta dela.
– Me come. –Fiquei pincelando seu pau na sua buceta.
– Quero ouvir você implorar. –Ela sorriu safada e fez uma cara de puta.
– Me fode, por favor, amor, anda, me fode. -Ela disse entre gemidos.
Tirei-a de cima da mesa a virei e a joguei contra a mesa. Ela empinou sua bunda e meti na sua buceta com vontade.
Depois de me divertir pra caralho com a Ariel, a mandei embora. Fui pra casa, tomei um banho, peguei minha moto e fui da uma volta pelo morro. Passei em um bar, tomei umas cervejas.
De dentro do bar, vi a ONG e na porta estava a loira se despedindo de suas alunas, junto dela a minha filha. Paguei a conta no bar, sai do mesmo e atravessei a rua.
– Papai! –Ela saiu correndo, se soltou da loira e pulou no meu colo quando me viu.
–Oi meu amor.
– Que saudades.
– Como você está minha princesa?
– Eu to bem.
– E a sua mãe?
– Mamãe ta trabalhando. –Olhei pra loira, ela se despediu da última criança e me olhou. Porra eu gosto pra caralho dessa loira, mas ou ela fica comigo ou ela sai da minha vida. Porque me fazer de trouxa, ela não vai mesmo. A cumprimentei com o queixo e voltei a atenção pra Mel.
– Quem vem te buscar?
– Eu. –Olhei pra trás e era o Paulo.
–Quem te mandou aqui?
– Thalita não pode vir, sai mais cedo do trabalho.
– Se a Thalita não pode que me chame.
– Mas você deveria está ocupado demais com as suas coisinhas.
– Para a MINHA FILHA não existe compromisso maior. –Coloquei a Mel no chão e encarei o Paulo.
– Se não existisse você e a Thalita estariam juntos. –Aquilo me deixou puto, ia partir pra cima dele quando a Cami entrou no meio e eu quase a machuquei.
– Ei, para Coringa. Sem brigas os dois.
– Sai da minha frente. –Peguei no braço dela e ela olhou para o braço e me encarou arqueando as sobrancelhas.
– Mas tu tem que ser muito homem pra me tirar da sua frente e pra apertar meu braço. –Ela endureceu o olhar e eu soltei o seu braço-. Acho bom. Você não vai bater nele na frente da sua filha. Qual é a tua? Ele só veio buscá-la.
– Você ouviu o que ele disse?
– Ouvi, mas e daí? Você está com ela? Você sabe que isso não é verdade.
– Não me interessa Camila.
– Coringa sai daqui, vai pra casa, faz o que você quiser, mas vai embora.
– Vou embora sim, assim como você foi embora lá de casa e agora foi dar para o filho da puta do Léon. –Dei um beijo no rosto da Mel e encarei o Paulo-. Deu sorte, da próxima vez nem a loira vai me impedir de te pegar. Anda na linha, um fio de cabelo fora do lugar da Mel ou da Thalita, você não vai ter pele pra crescer cabelo em você. –Sai andando, subi na moto e fui pra boca. Aquilo havia me deixado puto. Fumei uma erva só pra relaxar.

Deusa da Ostentação Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu