Capítulo 3

7.8K 593 45
                                    

Cami Narrando
A semana passou rápida, as coisas da ONG estavam me ocupando o dia inteiro, junto com os trabalhos do escritório. A sexta fui a um barzinho com uns amigos, no sábado eu trabalhei até às 18 horas e vim para casa. Cheguei a minha casa e já havia uma ligação no celular do Americano. Retornei a ligação.

Início da Ligação
- Fala loira.
- Queria falar comigo?
-Queria saber se você vem pra cá hoje a noite.
- Não sei estou cansadona.
-Ah vem, vamos curtir, dançar. Você prometeu.
- Sabe que não sou muito pra essas coisas. -Ouvi a campainha da minha casa tocar, mas nem me movi para atender.
- Mas vem, pra gente beber um pouco.
- Você não bebe um pouco. -Ouvi vozes no corredor e logo quem abre a porta do meu quarto é a Bruna, minha amiga.
- Amigaaa! -Ela me abraçou forte.
- Quem está ai?
- É a Bruna, acabou de chegar.
- Que Bruna?
- Minha amiga. Você não conhece?
- Gatinha? -Não estava vendo, mas sabia que ele estava com um sorriso daqueles de matar qualquer uma.
- É sim. -Ri.
- Vem você e ela então. -Ele riu, safado.
- Vale nada você ein.
- Nunca disse que valia. Fica vocês duas aqui em casa, ai amanhã a gente já vai pra outra festa.
- Vou ver se ela topa.
- Me liga que eu vou buscar vocês.
- Não precisa. Mas se a gente for eu te aviso.
- Valeu então.
Fim da Ligação

- Quem era amiga? -Ela estava sentada na minha cama.
- Americano.
- Ah aquele seu amigo que você me contou?
- Esse mesmo.
- Atrapalhei a saída de vocês?- Ela fez um bico enorme
- Jamais. E ai, topa curtir um baile hoje?
- Não sabia que a Barbie dança dança curtia bailes funk.
- Não me chama assim. -Ri.
- Amo te chamar assim.
- Mas ai topa?
- Falei pra minha mãe que só ia dar uma passada aqui.
- Liga pra ela e diz que vai dormir aqui. - Eu disse animada.
- Não trouxe roupa. -Ela mordeu os lábios.
- Então a gente faz assim: Diz para o meu pai que eu vou dormir na sua casa, ai a gente vai pra sua casa e fala pra sua mãe que vamos dormir na minha casa tipo noite das meninas. - Ela me olhou como se eu estivesse propondo a coisa mais absurda do mundo.
- Parece que temos 15 anos. Na verdade nem quando a gente tinha 15 anos fazíamos isso. -Ela riu.
-Não mela o negócio.- Revirei os olhos
-Mas eu topei, pegar uns novinhos. - Fez bico novamente
- Outro dia gata, hoje a gente vai para o baile e amanhã para uma chácara vai rolar uma festinha.
- Cheia de saídas você e quando eu pergunto você só fala em trabalho.
- Mas eu não estou, só trabalhando. Esse fim de semana que me animei.
- Então se anima mais porque essa coisa de só faculdade está me deixando louca.
- Vamos nos arrumar lá na casa do Americano.
- Ele é bandido né Cami?
- É Bru, mas ele é suave.
- Toma cuidado com esse povo ok?
- Só falo com o Americano, mas pode deixar. - Pisquei
- Então vamos. -Ela sorriu.
Peguei uma mochila coloquei roupas para sair hoje e amanhã, e roupa para dormir e ficar em casa. Nada demais. Coloquei um par de saltos, uma rasteirinha e minhas havaianas. Peguei minha maleta de maquiagem e estava bom.
Saímos do meu quarto e passamos no quarto meu pai.
- Pai, estou indo dormir na casa da Bruna ok? Porque amanhã vamos em uma festinha de tarde. Pode ser?
- Tudo bem. Divirtam-se. - Ele se aproximou e beijoj o topo da minha cabeça. Sorri com o gesto.
- Obrigado Sr. M. - Fechamos a porta e saímos de casa. Entramos no meu carro e fomos pra casa dela que era perto da minha. Entramos em sua casa, falamos para a mãe dela que a Bruna dormiria na minha casa pois amanhã iríamos a uma festa. Ela pegou suas coisas, colocou no meu carro e pegamos rumo para o morro. No caminho liguei para o Americano e ele ficou nos esperando na porta de sua casa. Ele abriu a garagem e estacionei na vaga que era para o carro dele que estava do lado de fora.
Americano já olhou pra Bruna com aquele olhar de malícia natural dele quando vê uma mulher bonita.
- Linda sua amiga ein. -Ele sorriu e eu Revirei os olhos. Sou obrigada a aguentar isso mesmo? Unf.
- Mas não para o seu bico. -Ri-. Bruna esse é o Americano, Americano essa é a Bruna.
-Prazer. -Eles deram dois beijinhos no rosto.
- Prazer só na cama. -A Bru rolou os olhos e eu ri.
- Não perde uma né. -Dei um tapa de leve no braço dele.
- Perder pra quê né? Entrem ai meninas. -Entramos na casa dele.
Já havia vindo aqui algumas vezes. Casa de dois andares, não muito grande, mas tudo muito luxuoso.
- As gatinhas aceitam beber alguma coisa?
- Eu não. - Eu disse e sentei no sofá
- Também não.
Ficamos fazendo hora na sala conversando e rindo até umas 23 horas quando fomos nos arrumar. O Americano deixou o quarto dele pra gente se arrumar. Já que era maior e melhor. Ele ficou de se arrumar em outro quarto que sobrou ali.
- Espero que seja bom.
- Eu idem. - A Bru foi tomar banho primeiro e depois eu fui.
Sai do banheiro do quarto enrolada na toalha, a Bru já havia colocado metade da sua roupa. Coloquei minhas peças íntimas e o meu vestido. Fui me maquiar e arrumar meu cabelo. Dividi um espelho grande do quarto com a Bru.
Depois de uns 45 minutos, estávamos prontas. Tiramos uma foto para postar no insta e saímos do quarto.
O Americano esperava na sala bebendo um copo de whisky.
- Que gostosas. -Ele nos elogiou e nós rimos.
- Obrigado. -Agradecemos.
- Então vamos gatas.
- Espera, fotinha para o insta. -Juntou os três e tiramos uma selfie. Ela postou no insta e saímos de casa. Ele abriu a porta do carro para gente, a Bru sentou atrás e eu fui na frente. O Americano entrou, ligou o som do carro que estava em um funk nas alturas e fomos para o baile.
- Quero só ver qual das duas vai perder a linha primeiro.
- Com certeza é a Bru.
- Perco mesmo uhul. -Ela gritou rindo. Eu e o Americano caímos na risada.
- Menos amiga, quase nada.
Pode nem se empolgar. -Ela riu.
Chegamos ao baile e a rua ali estava lotada, maior som, as putas já se exibindo. Saímos do carro e um monte de gente olhou pra gente. Ajeitei minha saia e entramos no baile.
Estava lotado de gente se esfregando, dançando e bebendo. Um mundo lá dentro.
- Muito cuidado aqui dentro. -Ele sussurrou no meu ouvido e acho que o mesmo no ouvido da Bru.
Um monte de gente veio falar com o Americano e ele nos apresentou a várias pessoas. Sentia uns olhares de inveja da parte das mulheres e de cobiça dos homens pra cima de mim.
- Vamos dançar amiga.
- Não sei dançar funk.- Fiz bico
- Claro que sabe, rebola essa bunda e vem. -Fomos dançar no meio do povo. Ela parou atrás de mim, segurou na minha cintura e foi me guiando dançando. Começamos a dançar, fui me levando e deixei a música me levar. Os caras chegavam a parar só pra ver a gente dançar.
Americano apareceu com bebidas para gente e se juntou para dançar. Ele ficou entre nós duas e ficou dançando se esfregando na gente.
Vários caras chegou para ficar comigo e eu neguei. A Bru estava cheia de fogo já com o Americano e desde que ela chegou já sabia que ia rolar pelo menos um lance entre os dois. Ele não vale nada e ela menos ainda, ai já viu né. Continuei a dançar e de longe vi a Ariel passar, ela ficou dançando perto de mim e me olhando o tempo todo com as amiguinhas dela.
bebida já fazendo efeito, fui e peguei mais bebida. Vi umas pessoas fumando narguile, cigarros, usando lança, sucesso e fumando maconha ali dentro. A pegação ali era forte.
Dali onde estava observei o Coringa olhar pra mim, ele olhava mesmo sem nem disfarçar. Continuei olhando pra ele e bebendo. Queria ver até aonde a cara de pau dele iria. As putinhas dançavam se exibindo pra ele e ele só me olhava. Terminei minha bebida e fui dançar. Joguei o cabelo, olhei para o Coringa que estava longe de mim, mas ainda me observava, comecei a dançar rebolando e indo até o chão. Vários caras chegavam perto e eu mandava ralar.
Senti um par de mãos fortes pegar na minha cintura por trás, olhei e aquele perfume gostoso invadiu minhas narinas. Olhei de lado e era o Coringa.
- Tem medo de brincar com o perigo não né loira? - Sussurrou no meu ouvido, com uma voz rouca queme arrepiou da cabeça aos pés.
- Depende que tipo de perigo.
- Você chega assim no meu baile toda gostosa, impossível não notar.
- Pensei que você tivesse sua fiel. -Virei pra ele e tirei suas mãos da minha cintura.
- Tenho, mas ela não é gostosinha assim como você. -Ele me olhou da cabeça aos pés mordendo os lábios. Que isso Brasil, que homem gostoso é esse pai?
-Pena que essa gostosinha aqui. -Passei a mão dos meus seios até as coxas. - Não é para o seu bico. -Pisquei, apertei de leve a bochecha dele e sai andando. Sai do baile e fui parar na rua. Havia pessoas na rua bebendo, rindo e fazendo as coisas deles. Encostei-me ao carro do Americano e fiquei mexendo no celular, respondendo mensagens.
Alguém mexeu no meu cabelo por trás e veio parar na minha frente. Era o Coringa.
- Você não desisti né?
- Você acha que vou deixar você ir embora sem me dar um beijo pelo menos? - E AGORA?

xxx

Para tudo "Brasel". Coringa e Cami? O que vocês acham?
Votem e comentem bastante, logo postarei novos capítulos amores. ❤

Deusa da Ostentação Where stories live. Discover now