As primeiras ilusões

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Na sala de aula, Sócrates olha o tempo todo para Manuela, uma menina bonita que é da sua turma.Ele olha, olha e olha... porém não conversa com ela.Tímido, não consegue lhe dirigir a palavra, até porque não saberia o que falar.

Seu amigo Cláudio percebe o olhar quase petrificado do colega:

-Nossa, você gosta mesmo dela não é?

-Eu?Não...eu apenas acho ela bonita.

-Claro, claro...

Sócrates ficava imaginando ele namorando Manuela, tomando sorvete com ela, vendo cinema abraçados... ele tinha apenas 10 anos e estava na quarta série, mas já tinha pensamentos românticos.Ele agia como se namorasse Manuela, sem que ela soubesse.

Em um triste dia, o "namoro" acabou.

-Você ficou sabendo? – perguntou Gustavo

-Sabendo de que?

-Manuela e Carlos tão ficando.

-Quem falou isso?

-Carol.Foi ela que arrumou os dois.

-Pô, Carlos deu sorte.

-Já era pra tu Sócrates! – ria Gustavo

-Nada a ver.

Por fora, Sócrates até conseguia convencer os outros de que aquela notícia não o tinha abalado.Na volta para casa, no ônibus escolar, ficou em silêncio e pensativo a viagem inteira.Os amigos estranharam.Quando chegou em casa, foi para o quarto e se trancou.

E chorou.Chorou demais.Ele sentiu a dor do amor antes mesmo de sentir a sua alegria.As imagens que havia em sua mente junto com Manuela, com o tempo foram se apagando, dando lugar ao nada.Havia apenas...o vazio; a primeira ferida do amor em sua vida, a primeira cicatriz em seu coração.

Os EspelhosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora