Reviravoltas

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Lauren POV.

- Sério? – ela riu fracamente, erguendo uma das sobrancelhas. – No carro, Jauregui? – questionou em descrença assim que eu praticamente a joguei contra o banco traseiro do automóvel.

- Se a "inteligência" em pessoa tiver uma ideia melhor... – respondi contrariada, engatinhando para dentro e fechando a porta com cuidado atrás de mim. – Estou aceitando sugestões... – completei asperamente, ajeitando meu corpo sobre o dela e avançando contra a curva de seu pescoço sem esperar por resposta.

Camila resfolegou com o contato e apertou os dedos das mãos contra o meu quadril.

- Quer saber? Esquece... – começou com a voz entrecortada; minha boca trilhando um caminho de beijos molhados sobre sua pele. – Eu não esperava mais de você, mesmo... – zombou de mim e eu sorri contra seu pescoço.

- Não me subestime, Cabello... – sussurrei, chegando então ao seu ponto de pulso e circulando-o com a ponta da minha língua. A mais nova afundou as unhas contra a minha pele e eu pude ouvir o pequeno gemido que ficou preso em sua garganta. – Não é como se você já não soubesse do que eu sou capaz, não é...? – murmurei roucamente, subindo os lábios à sua orelha e prendendo seu lóbulo entre meus dentes. Dessa vez, um gemido finalmente escapou de sua boca e eu sorri mais uma vez contra sua pele. – É. Você sabe.

- E você, hein? – ela me pegou de surpresa, prendendo uma das mãos em meus cabelos e abruptamente puxando meu rosto para cima.

- O que tem eu? – perguntei com neutralidade, esforçando-me para não rir da expressão marrenta que ela sustentava.

- Por acaso sabe do que eu sou capaz? – rebateu prontamente e eu a teria a provocado mais um pouco caso não tivesse me atentado ao brilho distinto que cruzou seus olhos ao fazê-lo.

Havia desejo neles, mas havia também desafio, algo com o qual eu ainda não havia me deparado perto da garota. Quão sensível às minhas provocações ela havia ficado?

Eu senti o aperto em meus cabelos intensificar, já que ainda não havia a respondido, e notei suas pupilas escurecerem, dilatadas, como suas narinas que inspiravam com dificuldade sob mim naquele espaço minúsculo.

- Não sei. – respondi quase que involuntariamente, de repente sentindo minha boca secar.

- A resposta é "não". – ela abaixou um tom ao tornar a falar, afrouxando os dedos em meus cabelos, mas trazendo meu rosto para mais perto do seu. – Você não sabe. – disse com firmeza e eu cheguei a engolir em seco.

- Ok...

- Você lembra... – ela praticamente me cortou, mantendo os olhos nos meus e descendo a mão à minha nuca. – Como foi o sonho que eu tive com você?

Como eu esqueceria?

- Lembro. – respondi baixinho, apoiando-me sobre os cotovelos e encaixando melhor minhas pernas entre as dela.

- Lembra do que você fez nele...? – insistiu, acariciando minha nuca e me tirando a concentração por alguns segundos.

- Sim, lembro. – assegurei, franzindo o cenho. Onde ela queria chegar com aquilo?

- Eu fiquei pensando nisso, sabe...? – disse em tom de confissão; os lábios a centímetros dos meus praticamente implorando para serem beijados.

- No que, exatamente, você ficou pensando...? – perguntei um pouco aérea, agora me distraindo com seu hálito quente batendo contra meu rosto, com a aproximação de nossos corpos, com meu peito pressionado contra o seu e com meu joelho esquerdo convenientemente posicionado a apenas alguns centímetros de seu centro.

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