LIVRO - Vidas Cruzadas - K. Corsiolli (versão não revisada)

Capítulo 21

Oi pessoal fico feliz que tenham gostado dos últimos capítulos, hoje venho colocar mais :DD

e dar alguns avisos:

1- Leiam essa história também se puderem, é de uma amiga minha <3 (click no link externo)

2- Participem do grupo no face: https://www.facebook.com/groups/vidascruzadas/?fref=ts

3- Classifiquem e me deêm feedback

Obrigada por todas estrelas e comentários, quando eu terminar de postar a história aqui irei sortear um livro impresso entre os leitores. <3

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Bastian virou-se e colocou a cabeça sobre o travesseiro, trazendo Kate para junto de si e enrolando os dois entre as cobertas. Por alguns instantes pensou porque havia feito aquilo. Ele não costumava ser assim tão protetor e carinhoso com ninguém, mesmo com as mulheres com quem havia dormido. Com Kate sentia-se responsável e preocupado com seu bem-estar, mesmo que soubesse que ela não precisava dele.

Talvez fosse isso: sabia que ela não precisava dele e, por alguma razão, aquilo o assustava. De súbito, ela se virou para olhá-lo e deitou em seu peito, passando os dedos por seus lábios.

– Eu não sei nada sobre você – disse.

– Nem eu sobre você. O que isso importa?

– Não sei. Nunca conheci ninguém como você.

– A recíproca é verdadeira. – Quando ele disse isso ambos sorriram. Então ficou sério e falou: – Sabe que não posso lhe dar mais que isso, não sabe?

– Bem, nas suas palavras.... Quem disse que eu ligo?

– Eu sempre te disse que não acredito em amor. Não posso lhe dar algo que não possuo.

– E eu cobrei algo? – retrucou, enquanto deitava novamente sobre ele olhando para a porta.

O som das batidas do coração de Bastian embalou o sono dela, enquanto se deixava envolver pelo aroma dos cabelos dela e pensava em tudo que estava acontecendo ali desde que ela havia chegado.

Ele queria entender porque ela era assim tão diferente, ele gostava de seu jeito livre e sua independência.

Era incrível como sua opinião a respeito dela mudava constantemente: quando a conheceu ele pensou que a odiava, mas isso era impossível porque ela era adorável demais, apesar da rispidez.

Por outro lado, ela aparentava ser tão frágil algumas vezes que o fazia querer abraçá-la e tentar tirar a dor que a atormentava, mesmo sem saber bem do que se tratava.

Fazia apenas umas poucas semanas desde que a conhecera e já se sentia ligado a ela – ligado de uma maneira que havia jurado que nunca se permitiria.

Sabia muito bem o que uma paixão poderia fazer com uma pessoa e não queria isso em sua vida. Kate era bonita e não exigia nada dele, talvez poderiam continuar assim – sem apegos, sem promessas que ele não seria capaz de cumprir.

O problema é que mesmo sem cobranças dela, não podia mudar o que sentia e não sabia descrever o poder daquelas emoções.

Adormeceu perdido em seus pensamentos quando o cansaço venceu as preocupações.

Os primeiros raios de sol denunciavam a chegada da manhã de domingo e adentravam o quarto pelas frestas da porta da varanda. Kate abriu os olhos suavemente e percebeu que ainda estava na mesma posição, abraçada a Bastian.