Capítulo 10❤

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Eu achei que já tinha superado uma fase da minha vida,aquela fase que me faz querer desistir de mim,aquela fase que me machucou e que me faz carregar a dor até hoje,dor essa que eu aprendi a conviver e que foi aliviada por um momento,mas que voltou com tudo, depois do que Andrew fez.
Sai de lá e fui direto para casa,meu pai me perguntou o motivo de eu estar em casa tão cedo e com a aparência abalada ,disse a ele que me senti mal e que meu chefe me liberou um pouco antes. Não quero preocupar meu pai,muito pelo contrário,quero poder o ajudar com o que precisar, sem que com isso ele passe por estresse.
Não tenho visto Jenny a um tempo,já que toda vez que chego tarde do trabalho,ou estar dormindo ou não estar em casa,mas hoje foi diferente,quando cheguei no meu quarto encontrei ela sentada na minha cama, mexendo no celular.

-O que você quer aqui?-perguntei para ela,ainda estou muito chatiada com ela,não vai ser fácil perdoar o que minha irmã está a fazendo minha família passar e me fazendo reviver momentos tristes em minha vida.

-Vim saber de você, já conseguiu o dinheiro,Viny já estar me enchendo o saco.-diz ela tranquilamente como se ela não fosse a culpada disso.

-Não consegui dinheiro nenhum,você acha que é fácil?! Eu nem começei a juntar dinheiro ainda,ou você se esqueceu que eu comecei a trabalhar agora?!-digo já me alterando.

-Você tem que dar seu jeito Evy,ou quer que aconteça algo com nossos pais?-diz ela com uma cara de deboche.

-A culpa disso tudo é sua,eu já passei por cada coisa e hoje não foi um dia muito bom,então saia de minha frente agora! -falo entre dentes.

-Não se esqueça o que eu disse,der um jeito de arrancar dinheiro desse seu chefinho, o quanto antes irmãzinha. -fala saindo do quarto.

O que ela quis dizer com isso?!
Se ela acha que eu vou fazer qualquer coisa de ilegal para acabar com a merda que ela fez,ela estar muito enganada.
Fora que nem sei se ainda tenho meu emprego. Lembro disso e já começo a chorar e me jogo em minha cama.
De tanto chorar acabei adormecendo,e já que minha mãe não chegou ainda,vou poupar ela de mais cansaço e vou fazer a janta,e isso também vai me fazer relaxar um pouco.
Vou para cozinha e começo a fazer o jantar,quando estou quase acabando minha mãe chega.
-oi filha,boa noite,que bom te encontrar aqui essa hora.-diz ela me dando um beijo no rosto.

-Boa noite mãe,eu fui liberada mais cedo.-Digo o mesmo que disse para meu pai.

-Atá filha,...-fala,e sinto que estar escondendo algo de mim e que não aguenta mais para me contar.

-O que houve mãe, conheço muito bem a senhora e sei que esconde algo.

-você me conhece mesmo filha,o problema é seu pai-fala e eu já fico em alerta.-esses dias fui com ele a consulta e o médico disse que se ele não fizer logo a cirurgia ele vai acabar morrendo e não resta tanto tempo assim-termina de falar aos prantos e eu corro para abraçá-la.

-vai ficar tudo bem mãe, eu vou conseguir o dinheiro para a cirurgia,eu prometo-falo chorando.

-eu confio em você minha filha,agora vamos deixar de derramar rios de lágrimas e vamos comer,estar com um cheiro maravilhoso.

Jantamos todos juntos,até mesmo jenny,que não parava de me encarar durante todo o jantar.
Me levanto da mesa e dou boa noite a todos e vou para meu quarto,deito e tento dormir,pensando em como vai ser amanhã.
Acordo no dia seguinte e me arrumo para o trabalho,mesmo sem saber se ele ainda me pertence.
Coloco uma roupa leve,para ver se isso me ajuda a me sentir melhor,sai mais cedo de casa para poder chegar antes lá e saber o resultado de tanta desgraça em minha vida.
Chego a empresa e vou direto para minha mesa e encontro um bilhete lá,em que dizia que eu deveria comparecer a sala do senhor Clark.
Deixo minha bolsa lá e vou em direção a porta,respiro fundo e tento não lembrar de ontem para não chorar.
Quando coloco a mão na maçaneta e a porta se abre e encontro Andrew um pouco...abatido,mas por quê?

-Desculpa,entre por favor-diz ele,educadamente e me dar passagem.

Entro e ele me pede para me sentar,sinto ele passando por trás de mim,e juro que sinto ele me cheirando,ele passa e senta em minha frente. Engulo em seco quando ele me olha e começa a falar,aparentemente nervoso.

-tenho que te pedir desculpas por ontem,não devia ter feito isso,não fui criado para tratar nenhuma mulher da forma que eu te tratei,me arrependo e espero que me perdoe.-diz parecendo realmente arrependido.

-quem sou eu para julgar seus atos e não te perdoar,simplismente não consigo guardar mágoas nem rancor,mas isso não significa que vou esquecer o que aconteceu.-falo e em nenhum momento ele me interrompe.

-você não me conhece,não sabe por tudo que passei e por tudo que ainda passo,então peço que porfavor me deixe continuar trabalhando, e que o que aconteceu não precise ser lembrando,isso machuca,porque você mexeu em uma ferida que ainda não cicatrizou,mas isso não vem a caso,o que o senhor me diz?-continuo a falar e quando acabo espero sua resposta.

-eu não vou demití-la,e também espero que o que aconteceu não precise ser lembrado. Eu errei e me redimi,porque sei reconhecer meus erros,mesmo que para isso eu demore um pouco.-diz olhando nos fundos dos meus olhos.

-tudo bem senhor,vou voltar ao meu trabalho agora mesmo,com licença.-digo e na hora que eu levanto ele segura a minha mão e chega perto me pegando de surpresa com um abraço,e isso só me faz me sentir mais atraída por ele,ele não é uma pessoa ruim,eu sei disso,mais eu prefiro não mexer no que é proibido.

Me solto de seu abraço e saio da sala,vou direto a minha mesa e começo meu trabalho novamente.
*****
Beijos ,até o próximo.




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