Capítulo 7 - Investigações

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Depois de deixar a camisola de Lia para análise, Sam seguiu para o IML. Ele e Dean tinham tido a "sorte" de encontrar o corpo e puderam dar uma olhada. Mas não era a mesma coisa fazer isso com calma e ajuda de um perito e fazer isso na frente de jovens histéricos com a morte suspeita na faculdade.

- O primeiro golpe foi na garganta. – o detetive forense ia explicando. – Provavelmente ela nem se deu conta desse. O assassino queria impedir que ela gritasse. Quando o coração foi arrancado, a pobre ainda estava viva. – ele fez uma careta. – Com certeza não foi uma morte muito agradável.

- Com certeza não. – Sam voltou a cobrir o corpo. – Você diria que o assassino sabia o que estava fazendo, então?

- Absolutamente. Isso não é coisa de principiante. Um psicopata, talvez. – ele baixou a voz. – Cá entre nós, o que terá sido do coração da garota? Não estava em lugar algum!

Sam segurou a vontade de dizer que talvez ele tivesse sido comido, e se contentou em fazer mais uma pergunta.

- Hora da morte?

- Aproximadamente as três da manhã.

Sam suspirou. Isso batia com o horário no qual Lia ficou sem memória. Ele não se surpreenderia se...

- Senhor, com licença, senhor – um estagiário vinha porta a dentro. Sam conteve um riso. Era estranho ser tratado como senhor por um garoto que não deveria ter nem dois anos a menos que ele. – O resultado do laudo saiu. – ele lhe entregou um envelope.

Como ele suspeitava. O sangue na camisola de Lia era realmente de Amanda. Aquela garota estaria muito encrencada se alguém descobrisse isso.

- Ok. – Sam disse. – Tudo que se passou aqui é extremamente confidencial. Podemos estar lidando com um psicopata, um possível assassino em série.

- Uma simples suposição é o bastante para ter o FBI envolvido? A polícia local não deveria...

Mas Sam interrompeu o detetive forense, com sua melhor voz autoritária.

- O senhor quer me ensinar a fazer o meu trabalho?

- Eu não quis...

- Ótimo!

E saiu porta a fora.

--

Dean havia escavado o ponto central da encruzilhada. Sem sorte. Não havia mais uma caixinha lá. Se é que um dia ouve. Ele precisaria pensar em outra forma de descobrir se um demônio realmente estaria envolvido com os acontecimentos recentes.

Uma ideiazinha em sua cabeça ainda o incomodava. Talvez Lia tivesse mentindo. Talvez ela se lembrasse. Precisaria ser uma boa atriz, mas... Não, ela nunca teria conseguido arrancar um coração com as mãos sozinha. Além disso, ele nem tinha certeza ainda se as manchas de sangue em sua roupa realmente eram de Amanda. Mas se não fossem, de quem seriam? Ele precisava falar com Sam...

Quando voltou para o Impala, percebeu o som de um celular tocando. Abriu o porta luvas e pegou um dos muitos modelos perdidos lá dentro.

- Alô.

- Socorro! – Uma voz conhecida gritou do outro lado da linha. 

Supernatural - Não era apenas mais um casoWhere stories live. Discover now