Capítulo 22

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Gente, perdoem a minha demora, pra quem me acompanha nas redes socias sabe que estive passando alguns problemas de saúde na minha família, e tive que fazer uma viagem de última hora.

Espero que gostem do capítulo, bjos!

Alice Warrior

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[sem revisão]

11.05.16

Amanda

Jogo a arma ao chão e a sensação é total impotência, porém tenho que manter a calma e ter em mente o treinamento que recebi para essas situações. Eduardo fecha a porta bruscamente e me puxa pelo braço fazendo-me caminhar até a sala da casa. Olho em seus olhos por um breve momento e vejo a loucura que eles transmitem.

- Sim, sou eu. – ruge com seu rosto muito próximo ao meu. Posso sentir seu hálito quente e denso. Um arrepio de medo percorre meu corpo. Pelo seu olhar sei que ele é capaz de qualquer coisa. O entendimento me atinge como ondas. Ele é um agente duplo. Tem trabalhado para os dois lados e com certeza é o responsável por um vazamento de informações.

Por isso algumas operações nossas foram um fracasso. Por isso Ricardo foi baleado. É Eduardo o culpado disso tudo. Meu peito incha com ódio e a fúria me atinge, mas não vou demonstrar.

E acima de tudo, tenho que pensar que carrego meu filho comigo. Não sei se Eduardo sabe da minha gravidez, porém no que depender de mim ele não saberá, pois sei que se descobrir irá usá-la contra mim.

O local é pequeno e abafado, e tudo parece fora do lugar, como se um furacão tivesse passado ali. Sem dizer uma palavra e com uma brutalidade surpreendente, ele enfia a mão no bolso da minha calça e toma meu celular e carteira, bem como a chave do carro.

Mariana está em pé de cabeça baixa. Ela não ergue a cabeça para me observar. Mil suposições me ocorrem no momento. Consigo perceber pela sua linguagem corporal que ela estava nervosa e tem uma mancha arroxeada no olho esquerdo.

Será que apanhou dele, que está aqui contra a sua vontade?

- O que quer, Eduardo? Porque usou Mariana para me enganar? – questiono tentando ganhar tempo. Preciso raciocinar um plano de fuga rapidamente e enquanto isso pretendo obter informações.

- O que eu quero é explodir seus miolos, se você não calar a boca agora, sua vadia. – responde agressivo. Ele parece disposto a cumprir sua promessa.

Estremeço. O medo está dentro de mim, contudo não vou deixá-lo me dominar e atrapalhar meu raciocínio. Sinto que ele é capaz de atirar em mim. Mas me pergunto: por quê? Tenho que entender de onde vem todo esse ódio dele por mim. O considerei um amigo por tantos meses. Desconfiei que houvesse um interesse amoroso da sua parte, mas nunca lhe dei esperanças de nada.

- O intuito dessa prisão é me matar? – questiono novamente.

- Quer viver? Então pare de investigar o que não deve. – diz sem paciência.

- Você está envolvido nessa história até o talo, Eduardo. E agora não tem mais como sair. – concluo tentando colocar um senso em sua cabeça. - Mas tudo isso ainda pode ser resolvido.

Ele me olha mais intensamente, avaliando meu corpo. Estou sentada em um sofá sujo coberto de buracos, mas não abaixo a cabeça pra ele.

- Você tem ideia do quanto eu queria entrar no meio dessas pernas? – sussurra se aproximando de mim. Cruzo o olhar com Mariana e ela tem uma expressão assustada. - Agora terei que matá-la, porque simplesmente não pôde deixar de se meter onde não devia

Evidências de uma PaixãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora