Evidências de uma Paixão

Capítulo 13

Oi meninas! O capitulo veio um pouco atrasadinho, mas chegou..espero que gostem! ;)

Queria agradecer novamente a Gabriela Oliveira, pela nova capa linda. Eu amei!

Agora alguns avisos, semana que vem estarei postando um conto romântico para uma antologia, o prazo para envio é até o dia 27, então estarei me dedicando completamente a ele, por isso não posso garantir se teremos capítulo novo na próxima semana, ok? Mas fiquem calmas que não vou abandonar a história. 

Se quiserem ler o meu conto e de outras autoras maravilhosas, sigam esse perfil, pois é nele que será postada a antologia. https://www.wattpad.com/user/RomanticasdoWattpa

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Beijoss!
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[cap sem revisão]

Saulo

O enterro foi simbólico, cheio de pomposidades e homenagens a Rodolfo Pimental. Todos sabiam que o homem já era de idade e que poderia morrer a qualquer momento, mesmo assim Riacho Doce em peso queria prestar suas condolências a família do homem que foi um dos importantes da região. Eu estava ao lado da minha mãe e do meu irmão na segunda fileira de cadeiras que foram organizadas no gramado do cemitério que estava lotado. Olhei de relance para o meu irmão e vi que observava Isabela Pimentel na primeira fileira fascinado. Ela não era mais uma menina, tinha crescido e se tornado uma linda mulher. Os longos cabelos castanhos caiam em camadas nas costas, seu rosto ainda era delicado, porém mais adulto e decidido. Apesar de ainda ter os olhos vermelhos de chorar e um semblante abatido, meu irmão não conseguia disfarçar que Isabela prendia sua atenção.

No geral, Pietro não era o tipo de homem que babava por mulher nenhum, pelo contrário, era até presunçoso com seu sorriso sempre aberto e sua fala mansa, as mulheres caiam matando em cima dele, mas eu sabia que com Isabela era diferente, eles cresceram juntos com uma diferença de idade só de um ano entre os dois, e ela mexia com ele. Só tinha medo de ele se machucar naquela situação. Ela era noiva.

Seu noivo passava o braço ao redor da sua cintura e vez ou outra falava algo em seu ouvido, o que deixava meu irmão tenso ao meu lado. Avaliei a postura do rapaz ao lado de Bela. Era um advogado engomadinho de Brasília. Tinha uma pose de arrogância e parecia ter nojo de estar pisando naquele gramado úmido. Imaginei a cara que faria quando chegasse na Fazenda Cristalina. Naquele momento percebi que o noivo não seria pário para um Azevedo, se Pietro realmente quisesse conquistar Bela, ele a teria em um estalar de dedos, até porque ela sempre teve uma quedinha por ele.

Na adolescência, os dois brigavam feito cão e gato, o que demonstrava mais ainda os sentimentos que tinham um pelo outro. Eu ficava de fora, pois era mais velho que os dois e só pensava em estudar e sair daquela cidade, construir meu futuro. Mas tinha sido feliz ali, naquele meio, naquela fazenda. Sentia por aquele lugar um misto de nostalgia e melancolia. Pensei em levar Amanda para conhecer as planícies e os animais dali. Imaginei seu rosto de felicidade e sorri comigo mesmo. Nem por um minuto eu a esquecia. No meu peito a saudade era inevitável, mas eu precisava estar ali. Ainda mais depois da conversa que tive com meu irmão no DP. Se ele fosse mesmo filho de Rodolfo Pimentel, precisaria de orientação jurídica.

Quando tudo terminou, entramos juntos no grande casarão dos Pimentel e logo fui acomodado em um dos quartos do térreo por minha mãe. Ela estava com olheiras e tão abatida quanto Pietro, tinha cuidado e se dedicado a Rodolfo por anos. Desde que foi abandonada por meu pai ela nunca mais se casou, se dedicou unicamente a cuidar de filhos, daquela casa e daquela família. Era uma boa mãe e eu a admirava. Era difícil pra mim aceitar que tivesse tido um caso com Rodolfo e nos escondido isso por todos esses anos.