Evidências de uma Paixão

Capítulo 11

Meninas, ele chegou!

Me perdoem pela demora, espero que gostem do capitulo!

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A musica é show, estou viciada nela. O vídeo é um casal de um seriado que estou amando The Royals, recomendo demais.

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[ cap recomendado para +18]

[sem revisão]

Saulo

Eu estava agachado com uma submetralhadora nas mãos. O local era um galpão abandonado, no passado aquele lugar era fábrica. Hoje só servia para bandidos e drogados fazerem suas negociações. Amanda estava ao meu lado, ela segurava uma pistola menor, mas também a apontava para frente. Estávamos apenas observando o movimento. Sabíamos que o chefe da quadrilha apareceria a qualquer momento.

Por um momento de distração vejo que Amanda sai do meu lado, indo mais adiante atrás de uma parede. Olho pra ela com raiva por ter saído de perto de mim, mas ela não se mexe de onde está. Continua atenta observando se alguém se aproxima. Ouvimos um barulho adiante e logo três homens parecerem. Dois deles arrastam um rapaz pelo chão, visivelmente drogado. Com certeza é um daqueles que não pagou suas dívidas e vai levar uma surra por isso.

Ricardo dá o comando que devemos agir, com intuito de impedir mais agressão, eu me movo mais pra frente, mas ainda estou distante de Amanda, o que me causa frustração. Não consigo racionar direito quando estou preocupado com ela. Nem queria que viesse. Mas a decisão foi de Ricardo e não posso questionar, ele é meu chefe.

Tudo acontece rápido demais. Um tiro é disparado no sentido oposto ao que estamos, por trás. Os caras em nossa frente correm e somem de vista enquanto eu tento localizar quem atirou na direção de Amanda, corro atrás de um vulto e consigo lhe atingir a perna. Vejo um homem encapuzado e lhe dou a ordem de prisão, rapidamente colocando as algemas em seus pulsos. Olho pra trás e não vejo Amanda. Um desespero percorre meu corpo. Onde ela está?

Informo pelo microfone que efetuei a prisão e Edgar entra para levar o homem. Escuto eu gemido alto, que sei que é de Amanda. Corro na direção onde estava antes, procurando-a. Meu coração para quando a vejo. Caída, ensaguentada, chorando.

- Princesa! – grito me ajoelhando diante dela. A pressa foi tanta em pegar o atirador que nem olhei pra trás para checar se tinha sido atingida. Como pude ser tão burro? A dor me toma por completo. Amanda me olha com seus enormes olhos castanhos e desesperados. Foi atingida no pescoço. O sangue está por toda parte. Eu a agarro com força, apertando o ferimento, tentando estancar o fluxo de sangue. Mas ela está gelada, seu corpo atingindo a hipotermia. Eu grito por socorro, ela está em meu colo, sangrando, quase desacordada, mas ainda me olha. Olha-me com amor. Não posso perdê-la. Eu a amo. Não posso perder a única mulher que amei de verdade na vida.

- Princesa, não me deixe – eu choro. Checo seu pulso e vejo que sua circulação está fraquíssima. Ela esta me deixando.

Não. Não. Não.

- Eu te amo, volte pra mim...fique comigo – suplico apertando-a contra meu peito. Sentindo seu corpo pequeno e macio fraquejar. Olho para o seu rosto novamente e vejo seu olhar parado. Sem vida. Uma lágrima cai ao canto. Meu peito explode de dor. Eu grito alto.

Acordo com um grito dentro da boca, mas nenhum som sai. Estou na minha cama. Duas noites seguidas tendo esse mesmo maldito sonho. Com esse final terrível. Amanda morrendo em meus braços, não consigo pensar em uma dor maior do que essa. Meu peito está doendo. Lembro da operação de dias atrás, da prisão de um dos membros da quadrilha de Tadeu, um de seus fornecedores de drogas. Amanda realmente estava comigo, realmente se distanciou de mim, indo contra as instruções que eu dei.  E um tiro foi disparado, mas por sorte, não a atingiu. Passou próximo a sua cabeça, deixando um buraco na parede que estava encostada. Por um milésimo de segundo a cena do sonho que eu estava tendo não aconteceu de verdade. Essa constatação me afligia sobremaneira. Sentei na cama, tocando ao meu lado, procurando Amanda. Mas ela não estava. Odiava acordar e não te-la comigo. Olhei pra o relógio e eram duas da madrugada.