"Alexander não é só um vício, uma droga; ele é um veneno, desses que mata com apenas uma gota. Alexander é um perigo, uma encrenca. Seus olhos dizem isso, confirma-o. Mas ele também é um imã. Quanto mais eu quero fugir dele, me afastar dele; mais eu...
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“Your some king of drug, you're still runnin' through my veins”
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Austin dirige em alta velocidade. Em menos de três segundos o ponteiro do carro sobe para 100 quilômetros por hora. Após atravessarmos uma placa dizendo que faltam apenas 500 metros para a linha final, Austin acelera mais. A velocidade do carro fica absurdamente alta. Os outros dois carros estão atrás de nós, quase não tem como vê-los.
Uma crise de risos toma conta de mim. E por incrível que pareça, Austin não ri junto comigo. Ele está superconcentrado na pista reta.
Ele não dá nem um sorrisinho, apenas aperta o volante e aumenta ainda mais a aceleração do carro.
Por um momento penso que estamos voando, pois é essa a impressão. É essa sensação.
O grito do motor, o som do pneu sendo arrastado pelo chão, a luz do carro iluminando a pista escura. Tudo é novo para mim. Estar dentro desse carro é como se eu estivesse participando de Velozes e Furiosos.
Meu coração bate tão, tão rápido quanto à velocidade. Nunca senti tanta adrenalina em toda a minha vida.
Quando o carro de Austin atravessa como um foguete a linha de chegada, eu comemoro com um berro de alegria.
Austin grita e pula em cima de mim. Literalmente ele pula em cima de mim.
— Austin, caramba! — Os músculos de Austin são pesados pra caralho. Ele está me sufocando, porém não liga para isso. Foi então que noto: Austin pulou em mim sem demorar nem um segundo após atravessar a linha e parar o carro. — Seu bastardo, filho de uma cadela! Você estava sem cinto!
Soco o seu peito e ele ri, ao mesmo tempo em que me abraça.
— Foda-se! — Ele grita bem perto do meu ouvido.
— Austin! — exclamo de volta. — Idiota, eu não sou surda! Quer estourar o meu tímpano?!
