Capítulo 9 "O que você não sabe, você pode sentir de algum modo"

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"What you don't know you can feel it somehow"

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"What you don't know
you can feel
it somehow"

Não sei exatamente o que senti assim que Alexander me deu as costas e saiu do quarto, mas eu experimentei um leve gosto de arrependimento por ter feito o pedido para que ficasse sozinha

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Não sei exatamente o que senti assim que Alexander me deu as costas e saiu do quarto, mas eu experimentei um leve gosto de arrependimento por ter feito o pedido para que ficasse sozinha. Porque a noite nunca foi tão fria e solitária para mim quanto ontem. Abandono talvez seja o nome do sentimento, uma vez que ele seja a única pessoa com quem, no momento, eu possa contar — apesar de todas as questões que ainda estão no escuro.

Após tomar um longo banho, me deitei na cama e simplesmente não consegui dormir. Resolvi escutar algumas músicas para passar o tempo e tentar tirar Alex da mente — porém, quanto mais eu tentei tirá-lo, mais ele permaneceu, mais ele permamece.

Nem me lembro em que hora adormeci. Apenas sei que o sol já brilhava no céu, mas não na mesma intensidade que o sol que está batendo contra o meu rosto.

Abro os meus olhos e fito a cortina aberta. Eu sempre fecho essa merda, mas todos os dias assim que eu acordo ela está aberta.

Bocejo, ainda com sono, e movo o meu olhar para o criado-mudo, porque eu estou morrendo de fome. Nesse momento reviro os meus olhos, soltando um grunhido. A bandeja de café-da-manhã que sempre decora o meu criado, em todas as manhãs, não está ali, justo hoje que eu queria me acabar de tanto comer.

Bocejando, levanto-me da cama e passo as mãos no meu cabelo, indo ao banheiro para lavar meu rosto e fazer tudo que preciso. Depois, arrastando meus pés, eu saio do quarto.

Fico me questionando, ao descer as escadas, se a punição por ter o desobedecido ontem na boate é essa: parar de receber a mordomia da bandeja, para ter que tomar café da manhã junto com ele. E juro por Deus, socarei o rosto bonito de Alex ser realmente for.

À medida que me aproximo do piso, um cheiro de comida queimada entra no meu nariz. O cheiro é tão horrível que não me contive e sigo.

E foi seguindo que encontrei o caminho da cozinha. Ainda não havia conhecido este cômodo, mas nesse momento não dá para eu observar os detalhes e sim tossir devido a fumaça cinza que sobe da frigideira para o apagador de incêndio, desses de chuveirinho. Oh, não. Não pode ser.

Desejo DelinquenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora