Samira, uma jovem de dezessete anos que, aparentemente é só mais uma menina comum e anti-social guarda um grande segredo consigo, um segredo que a faz lamentar por estar viva todos os dias. Ao conhecer David, sua vida muda completamente e ela se vê...
Depois que sai do quarto a pedido do médico fiquei nos corredores do hospital inquieta e impaciente a espera de algo sobre o destino do David, será que ele iria ter eles se trágico destino de ficar paraplégico por minha culpa?! Eu não queria que ele ficasse assim, ele ia ficar muito triste com certeza eu queria gritar e dizer para o mundo o que estava engasgado, o que estava no meu coração e na minha cabeça. Ele não podia ficar assim, ele foi corajoso, por mim não pode ser que Deus permita isso, o Deus em que ele deposita tanta confiança.
Já tinha passado quase uma hora desde que eu sai do quarto do David e nada do médico aparecer para me dar notícias, quando vejo a enfermeira - Laisa - que estava acompanhando o médico vindo pelo corredor em que eu estava então resolvi para - lá para perguntar.
- Enfermeira! - Chamei chamando a atenção dela que estava totalmente fixada no papel em suas mãos.
- Sim? - Ela responde com a voz calma.
- O que vai acontecer com o David? Ele está bem? Eu posso ver ele? - Pergunto atropelando as palavras.
- Acalme-se senhorita London. Nós não temos certeza do que acontecerá, foram realizados alguns testes, ele agora está dormindo e não é bom que seja incomodadon - Ela respondeu pausadamente.
- Eu quero vê-lo - Repliquei.
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- Olha... É melhor você ir para sua casa descansar, nós cuidaremos bem dele e o pai dele já está vindo para cá - Ela me aconselhou.
Eu não respondi nada apenas assenti com a cabeça e a deixei ir mas continuei ali, apoiei minhas costas na parede do corredor e me senti no chão. Eu não ia sair dali sem uma notícia, abaixei minha cabeça para poder pensar quando ouço passos firmes chegando perto e se pondo a minha frente quando olho era Emanuel olhando para mim como se procurasse entender o porquê de eu estar ali.
- Que foi? - Perguntei grosseiramente.
- Oi para você também - Ele respondeu cruzando os braços e colocando na frente do peito, eu não respondi nada apenas voltei a abaixar a cabeça mas pude sentir ele se sentando ao meu lado olhei de novo e ele estava ali ao meu lado olhando para cima. - Sabe, quando eu sai "para visitar algumas pessoas" por esse tempo, essas pessoas eram de uma clínica de reabilitação. - Ele relevou.
Eu levantei minha cabeça e o encarei com meus olhos arregalados de surpresa, eu não sabia o que dizer então só fiquei encarando ele, esperando que ele dissesse algo.
- Na festa da Íris, eu estava... drogado. - Ele contou ainda olhando para cima sem tirar sua atenção da luz branca no teto. - Eu comecei com isso a mais ou menos um ano, depois de te ter perdido a garota que eu me apaixonei, que eu queria construir uma família - Ele continuou contando.
- Ela terminou com você? - Perguntei querendo saber mais detalhes.
- Ela morreu. - Respondeu e meu coração se apertou. - Ela estava vindo me encontrar e aí ela parou para comprar a droga meu remédio porque eu estava doente e aí houve um assalto na farmácia e ela levou um tiro e... morreu - Enquanto ele contava suas lágrimas escaparam dos olhos ele seus olhos já estavam totalmente vermelhos. - Eu me revoltei, me culpei por aquilo e não quis mais ouvir a voz de Deus. Então decidi experimentar algo que me fizesse ficar "feliz" e esquecer aquela dor que tinha se formado no meu peito.
