Capítulo 1 ♡

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Samira na foto acima com 17 anos.

Depois do almoço voltamos para sala em silêncio e eu não conseguia parar de pensar no fato dele ser cristão, não sei se me impressionou o fato dele ser tão bonito e cristão ao mesmo tempo ou porque eu senti falta da época em que eu brincava com o pessoal da igreja.

Eram realmente tempos bons, mais simples e cheios de inocência, eu tinha muita saudade disso, pensando bem. Ainda mais que eu tinha minha melhor amiga, Stella, comigo, sempre.

Flash back on

Eu e uma antiga amiga minha estávamos bebendo água, mas já fazia uns 10 minutos

— Stella vamos voltar para a salinha, a tia Marta vai brigar com a gente

— Não se preocupe Sam, não vai acontecer nada – ela disse deixando cair água por todo o rosto.

— Aí estão vocês – Tia Marta estava atrás de nós com seus olhos castanhos semicerrados. — Vamos, voltem já para salinha – Ela deu dois tapinhas em nosso bumbum e assim corremos dentre gargalhadas gostosas.

Flash back off.

Eu adorava brincar com a Stella, sinto falta dela. Ela era a única que sempre brincava comigo, eu brincava com todos, mas sempre fomos mais próximas. Ela me pedia para ir ao banheiro em vez de pedir a Tia Marta ou até mesmo na escola ela fazia isso, até hoje não entendo o porquê.
Ela se mudou quando eu tinha 10 anos por causa do trabalho do pai dela. Nos falávamos as vezes por Skype ou por whatsapp, mas não era com muita frequência. Ela sempre me manda um versículo da bíblia e termina me tirando um sorriso bobo. Sinto muita falta dela.

[...]

O sinal bateu! Finalmente vou para casa, ufa.

Estava arrumando minhas coisas e indo em direção a porta quando o David me ultrapassou e bloqueou a saída e ficou me olhando.

— Não tão rápido, não dessa vez – Ele disse fazendo sinal de negação com o dedo indicador. Vamos juntos para casa.

— Você nem sabe onde moro. Me deixa passar. – Vociferei, ele queria mesmo companhia.

— Aposto que vamos para o mesmo lado – Ele disse convencido E eu não fiz uma pergunta, eu afirmei. Não seja chata.

— Mal me conhece e já me insulta – eu disse revirando os olhos, e ele riu de mim, que sorriso.

— Vamos! – Ele me puxou e não tive escolha fui com ele.

[...]

Estávamos no ônibus e eu ia me despedindo dele mas vi ele se levantando junto comigo.

— Vai querer me levar em casa também? – Perguntei, arqueando uma das sobrancelhas.

— Não. Eu moro nessa rua – Respondeu ele descendo do ônibus.

Ele mora na minha rua e nunca vi ele? Como assim?

— Você sempre morou aqui? – Perguntei confusa.

— Sim. – Olhei para baixo e fiquei tentando lembrar dele, mas nada... A gente até ia na mesma igreja quando menores, eu só não estudava na mesma escola que você.

— Eu não consigo lembrar. – Relevei.

— Não tem problema, já vou indo para casa. Até amanhã – Ele falou se afastando, mas virou e me olhou — Amanhã vamos juntos para a aula!

Uma verdadeira razão para viverWhere stories live. Discover now