Capítulo 19.

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Meu celular despertou no horário que eu havia programado. Levantei com calma, peguei uma toalha de banho e fui para o banheiro, as vezes eu penso que passo mais tempo no meu banheiro que na rua e muito mais no meu quarto, o que eu pensava que estava fazendo da minha vida? Me perco naquela pergunta enquanto tomava um banho demorado e super gostoso. Saí do banho, me sequei e fui pegar uma roupa no guarda roupa. Não sabia qual escolher, mas peguei uma calça jeans escura e uma camisa azul escura pólo, peguei meu tênis preto Nike e comecei a me arrumar, não demorei muito e depois escovei meus dentes. Quando terminei já se passava das 18:40 da tarde e resolvi esperar Anderson na sala.

- Nossa, que menino bonito hein.

Diz minha mãe assim que entro na sala.

- Para né mãe, exagerei?

Pergunto a ela.

- Não, você está lindo, eu juro.

Ela sorri para mim e eu devolvo o sorriso de bom grado.

Anderson chegou às 19:00 horas em ponto e assim que entrou cumprimentou minha mãe e logo já saímos, para não chegarmos atrasados no restaurante.

- Você está lindo Leandro.

Fala Anderson assim que pegamos a estrada.

- Imagina amor, coloquei uma roupa simples e é você que esta lindo, tenho que admitir.

Passo minha mão pelo seu braço e ele dá um lindo sorriso em minha direção.

- Onde vamos amor? Você não me avisou.

Eu ergo minha sobrancelha e me viro para encarar ele.
- Vamos no Ataliba, um dos melhores restaurantes daqui de Florianópolis.

Ele me encara, mas volta sua atenção na estrada.

- Conheço aquele lugar, muito bom, mas Anderson, não quero que se sinta estranho quando eu falar isso, mas, esse restaurante não é caro demais?

Eu olho para ele um pouco sem jeito, não que ele ou eu não pudéssemos pagar, mas não quero que ele sempre pague ou arque com as despesas todas as vezes que saímos juntos.

- Você sabe que eu não me importo com isso Leandro, relaxa, só quero te distrair e te oferecer momentos ótimos.

Ele sorri para mim.

- Está bem.

Seguimos para o restaurante conversando sobre como andava o encaminhamento da parceria entre a empresa de meu pai e a dele. Segundo Anderson estava quase tudo pronto em relação ao contrato e perguntei do porque da demora, já que os dois eram os proprietários das empresas, mas Anderson disse que ia além daquilo, cláusulas teriam que ser analisadas, regras, o que não e sim que cada uma das empresas poderiam e não fazer, entre outras coisas.

- Complicado isso tudo.

Digo a ele.

- Você nem imagina.

Ele me olha de novo e aperta minha perna com carinho.

Quando chegamos ao restaurante um manobrista esperava Anderson descer do carro para estacionar o veículo pra nós.
Depois que descemos e entrávamos no restaurante, cada detalhe ali era lindo, a recepção, bem iluminada e com duas lindas moças atendendo cada pessoa e telefone, parecia difícil no meu ver o que elas estavam fazendo. Anderson vai na direção delas e informa que tem um lugar reservado e um dos garçons do local aparece para nos acompanhar. Nos sentamos e escolhemos nosso jantar, um maravilhoso macarrão ao sugo com diversos tipos de carnes, que era especialidade da casa. Enquanto Anderson falava de umas viagens fora do país que ele já fez, contando piadas, eu me divertia e esquecia dos meus problemas, pouco a pouco.

- E teve uma vez que minha mãe, foi ao banheiro de um restaurante e quando saiu, um papel higiênico ficou grudado na sua calça, como foi parar ali ninguém sabe até hoje e ela morre de vergonha dessa história, porque todo mundo ficava olhando pra ela e ela não entendia o porque.

Ele ria daquela história como se tivesse acontecido ontem, eu gostava de ouvi-lo, era prazeroso e eu me sentia tão conectado a ele.

Terminamos de jantar e Anderson ia chamar o garçon, quando um rapaz, acho que dá mesma idade de Anderson esbarrou nele.

- Me perdoa senhor.

Anderson se vira para o rapaz que faz uma cara de surpresa.

- Lucas?

Diz Anderson assim que se vira para ele.

- Oi Anderson, como você está? Quanto tempo?!

Ele estica sua mão para cumprimentar Anderson.

- Sim, muito tempo sim, estou bem e espero que você também.

Anderson aperta a mão do rapaz chamado Lucas.

- Sim, estou muito bem.

Eu não entendi quase nada, mas já estava impaciente e não gostei da forma que esse tal de Lucas olhava para Anderson.

- Acho que não nos conhecemos Lucas, meu nome é Leandro, namorado do Anderson.

Me levanto da minha cadeira e fico a altura daquele rapaz, cumprimentando ele com um aperto de mãos.

- Prazer Leandro, sou o Lucas, o ex namorado de Anderson.

Aquilo não me cheirou bem e entendi porque Lucas olhava para Anderson daquele jeito.

Eu não disse nada, apenas o olhei e Anderson para evitar uma briga, onde eu iria arrancar todos os cabelos de Lucas, mudou de assunto.

- Acho que já estávamos de saída né Leandro?

Anderson me olha sério.

- Sim, estávamos sim.

Anderson chamou o garçon e entregou seu cartão para pagar a conta.

- Nos vemos por aí Anderson, acho que depois de hoje, mais que antes.

Lucas diz olhando nos olhos de Anderson.

Eu quase voei em cima dele, mas minha educação e sanidade me impediram.

- Até mais Lucas.

Termina Anderson e Lucas sai sem se despedir de mim, dando as costas para nós dois.

Saimos do restaurante e não esperando Anderson abrir a porta para mim, entro no carro bufando de raiva.

- Está tudo bem amor?

Ele me pergunta assim que entra em seu carro.

- É claro, porque não estaria?

Digo sério.

- Nada não.

Ele liga o carro e saímos dali.

- Para onde quer ir Leandro?

Anderson me pergunta.

- Para minha casa, onde eu possa dormir.

- Tá chateado com o que? Porque está me tratando assim? Te fiz algum mal?

Ele me olhava sério e sem humor desta vez.

- Pergunta pro seu namoradinho, o Lucas.

Digo debochando.

- Isso é sério? Você está com ciúmes Leandro?

Ele dá um sorriso, achando graça daquela situação.

- Eu com ciúmes? De quem? Jamais, sou muito mais eu Anderson.

Digo de cara fechada.

- Ata, então, o que acha de irmos lá pra casa? Podemos assistir uns filmes, fazer uma pipoca.

Ele pega em minha mão e a leva até sua boca, beijando carinhosamente.

- Sim, pode ser.

Aquilo me derrete, mas ainda não aceito o fim daquela conversa.

Destinos Entrelaçados (Romance Gay) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora