Capítulo 7.

1.9K 211 30
                                    

Enquanto meu pai dirigia o carro, peguei meu celular e comecei a escrever uma mensagem para Lara.

Oi amiga, desculpa te responder só agora, estava me arrumando, estou indo jantar na casa do Anderson. Mas e o Bruno? Não achei que foi algo sério, até porque amigos discutem toda hora, eu amo vocês dois e sempre vou amar, até porque vocês sabem de muitas coisas a respeito do meu passado que quero manter o mais longe possível. Eu te amo.

Guardei meu celular no bolso da calça.

Meu pai começou a dizer algumas coisas para minha mãe que a família de Anderson havia se mudado da casa onde moravam porque algo ruim tinha acontecido lá, mas não dei muita atenção aquilo, estava tão ansioso, queria tanto ver Anderson, conhecer ele melhor, se é que isso vai acontecer, até porque ele nunca deixou suas intenções bem claras dizendo que queria algo comigo. Já estava viajando demais essa minha imaginação. Pouco mais de meia hora, chegamos a casa dos pais de Anderson. Enquanto entrávamos com o carro para estacionar, percebi que o jardim da casa estava bem decorado, havia uma fonte no centro do gramado baixo onde dois anjos estavam segurando duas vasilhas que despejava água. Alguns vasos com flores também estavam espalhados por cantos estratégicos do jardim, alguns com rosas, outros com girassol e algumas pequenas palmeiras, uma em exceção próximo a um deck com três mesas.
Assim que estacionamos o carro, um homem que já conhecia do dia no clube se aproximou.

- Ricardo meu bom amigo, quanto tempo!

O homem abraçou meu pai de uma forma afetuosa.

- Nem me fale Sandro, a muito tempo mesmo!

Meu pai deu uns tapinhas nas costas do homem.

O nome do meu sogro é Sandro, tenho que guardar esse nome. Sorri com aquilo.

- Nunca imaginei que a cada ano que passa ficaria mais bonita Aline, estás deslumbrante!

Sandro deu um abraço em minha mãe, que retribuiu gentilmente.

- Não seja tolo Sandro, tenho certeza que Carla vai ficar com ciúmes se ouvir isso.

Eles caem na gargalhada com a piada sem graça da minha mãe.

É, estou no meio das múmias, que dia triste para mim. E de novo dou um sorriso.

- E esse belo moço, que aliás é um herói, é o Leandro, certo? Apesar de ter visto você no clube aquele dia, fazia muito tempo que não via seus pais e você, desde a última festa realmente grandiosa. Vocês lembram?

Ele aperta minha mão, mas olha para meus pais.

- Oh, como poderíamos esquecer? Aquela noite foi maravilhosa!

Dizia meu pai.

- Prazer Sr. Sandro.

Aperto a mão dele.

- Senhor? Tenho cara de velho? Depois de tantas plásticas?

E de novo eles caíram na risada!
Deus, estou perdido! Sorri para todos e Sandro fez sinal para que nós fossemos para dentro.
Assim que entramos, reparei que a casa apesar de muito grande, era linda, toda mobiliada com móveis de madeira rústica, que eu não tinha dúvida, era da empresa do meu pai. Um lustre grandioso estava pendurado, com algumas pedras de cristais na ponta, uma escadaria larga no canto direito dava para o segundo andar da casa, eu estava embasbacado com aquilo. Minha casa não ficava para trás, mas a casa deles era linda demais.
Logo que entramos, a mãe de Anderson já estava me abraçando, quanto tempo eu "viajei"? Tenho que parar de fazer isso.

- Que rapaz elegante Aline! Quero agradecer de novo o que fez pela minha Carol, obrigada.

Corei, mas olhei em seus olhos.

Destinos Entrelaçados (Romance Gay) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora