Meus pais também se sentaram conosco, rindo e sem conseguir tirar as mãos um do outro. Afundei meu rosto, morrendo de vergonha, no pescoço de Gustavo que ria. Minha mãe, já alegre de espumante, pegou uma taça e ergueu.
_ Um brinde ao amor! _ e continuou virando na nossa direção. _ Que vocês se amem tanto quando nós.
_ Lembra quando eu falei que desejava que Luiza e Henrique se amassem que nem a gente e você quase vomitou? _ cochichei e ele assentiu, tentando controlar a risada que já escapava quando me viu apontar para os meus pais.
Vi Marianinha pegando uma taça no bar e vir para a nossa mesa. Sua expressão não era uma das mais alegres quando se sentou e nos deu um sorriso fraco.
_ O que foi? _ Gustavo olhou para ele também percebendo alguma coisa errada.
_ Nada. O seu hotel ficou lindo.
_ Obrigado. _ eles já estavam se tratando bem e sem constrangimento. Eram daquele tipo de pessoas admiráveis que quando decidem algo, cumprem. Resolveram deixar para trás tudo que havia acontecido. Diferente deles, eu remoía e acabava me apegando a certas lembranças, me via com medo de repetir os mesmos erros. Mas eles dois pareciam não ter medo de ser sinceros. Gustavo com toda sua intensidade e impulsividade, Marianinha com toda sua generosidade e objetividade. Naquele momento me perguntei como eles não tinham dado certo, juntos. Fui brevemente egoísta e agradeci por isso. Mas logo tratei de limpar minha cabeça dessas especulações perigosas. _ Cadê o Thomaz?
_ Não sei. _ ela respondeu rápido demais e eu vi o canto da boca de Gustavo se curvar num pequeno sorriso. Será que ele também tinha percebido? Marianinha arregalou os olhos, por um nano segundo, me fazendo olhar para trás e ver Thomaz entrando no salão. Olhei de volta para ela, que levantava enquanto ele vinha atravessando o salão na nossa direção.
_ Quer dançar? _ Thomaz já conduzia Marianinha para a pista de dança sem esperar que ela respondesse, virou para nós e meneou a cabeça nos cumprimentando, sério. Ela ia reta como se caminhasse para a forca.
_ Esses dois... _ Gustavo riu passando a mão nos cabelos. Olhei para ele que me puxou para o seu colo e massageou a língua na minha boca. Enfiei meus dedos entre os seus cabelos e inspirei fundo. Sua mão subiu por cima do vestido e apertou minha coxa, já sentia o quanto estava excitado. _ Você ficou linda nesse vestido.
_ A Gina é muito talentosa. _ disse ainda com minha boca grudada na sua. _ Você também ficou lindo.
_ Quero ir pra casa...
_ Não podemos. Temos que ficar mais um pouco, você sabe.
_ Não somos os noivos. _ senti certa crítica na sua observação, mas deixei passar e o abracei. Também queria ir embora e sentir Gustavo dentro de mim o mais rápido possível. Não nos desgrudávamos mais e sempre queríamos preencher o tempo um com o outro nos declarando com corpo, palavras e olhares.
_ Hum-hum! _ meu pai pigarreou fazendo Gustavo me empurrar de volta para o meu lugar. Balancei a cabeça revirando os olhos e minha mãe piscou o olho para mim, pegando outra taça de espumante para ela e minha Bá, que já ficava com o rosto vermelho e riso frouxo.
_ Vem... Vamos dançar, também. _ o puxei e ele me seguiu sob o olhar crítico do meu pai. Robson e Gina, que estavam na pista, nos puxaram para um abraço e o fotógrafo disparou incontáveis cliques. Seriam boas lembranças e depois eu revelaria algumas cópias para mim.
_ Foi desse jeito que eu me apaixonei por você. _ suas mãos estavam na curva da minha cintura e meus dedos brincavam com seu pescoço. _ Quando você caiu nos meus braços, na festa junina, eu sabia que não podia deixar você escapar. E quando você dançou comigo, percebi que quem não conseguia mais escapar era eu.
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Doce Vingança, livro 01
Romantizm*OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL, OBRA REGISTRADA EM CARTÓRIO* Gustavo é acostumado a ter as coisas do seu jeito até cruzar o caminho da melhor amiga de Valentina. Ele nunca imaginaria que pagaria na mesma moeda por magoar uma mulher. Não imp...
Capítulo 38 - Final
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