CAPÍTULO 10: FORÇA

318 34 1
                                    

Parei assim que disse isso. Se ela trabalhava ali significava que ela poderia saber das armações dessa tal pessoa que planejava isso? Ou não?

— Você acha que ela sabe sobre isso? — perguntei

— Não acho que eles iriam envolver muitos funcionários nisso— ele disse, com o olhar em Verônica — sabe, para não ter provas contra eles. No máximo só os dois seguranças sabem.

Ele tinha razão, provavelmente a pessoa que estava por trás disso era esperto o suficiente para não envolver muitas pessoas nisso.

— Eu a conheci algumas semanas atrás. Talvez ela possa me ajudar a entrar e eu possa pegar pra você. — Sugeri

— Não! Eu não vou te envolver nisso. Deve ter câmeras por todo lugar lá dentro, isso tem que ser bem planejado. Vamos deixar para a próxima.

— Tem certeza? Então por que veio até aqui?

— Estou investigando sobre isso como já te disse. Nem sempre as coisas saem como planejamos. Não podemos entrar agora. Voltaremos em outra ocasião.

Voltamos para casa dele e ele ensinou como seria o treinamento de força, eu precisava manter a calma e concentração e tentar controlar a força a um nível que eu quisesse. Estávamos na floresta atrás do castelo.

— Lembre-se de ter concentração. — Disse ele e depois fez todo aquele processo de liberar a parte selada. Eu não sentia nada de diferente, era como se ele nem estivesse feito nada.

— Não senti que nada tenha mudado. — Disse por fim e ele acenou para uma das empregadas dele.

Alguns minutos depois ela voltou com uma taça pura e a entregou para Alexander, ele segurou na palma da mão.

— Pegue-a.

— Pegar a taça? Pra que? — perguntei, mas ele apenas esperou que eu o fizesse.

Estendi a mão na intenção de pegar a taça e assim que a peguei tudo que conseguir foi quebrá-la em milhares de pedacinhos, eu acabei espantando, pois não tinha a mínima intenção de fazer isso, eu nem se quer tinha percebido a força quando a quebrei.

— Acho que agora você entende o porquê de "certa" pessoa às vezes ter medo de te tocar.

Eu o encarei sabendo de quem ele estava falando. Neythan. Mas ele tinha razão, agora eu entendia melhor o medo dele, não fazia tal coisa conscientemente, queríamos fazer uma coisa e acabávamos fazendo outra, isso porque não tinha controle sobre esse poder. Minha intenção era pegar a taça e tudo que consegui foi quebrá-la. Entendia que, o Neythan tinha medo de me tocar porque poderia acontecer o mesmo, ele querer apenas me tocar e acabar me machucando.

— Certo! Vamos começar.

Ele tirou novamente o terno e ficou com a camisa social com alguns botões abertos, eu tentei não olhar, mas era impossível, dava para perceber os músculos bem definidos dele a força do braço...

— Mhylla?

— Ham? O quê? — falei e ele sorriu

— Precisa me golpear.

Olhei pra ele chocada, ele queria que eu batesse nele? Ele era louco ou o que? Eu não iria fazer isso. De forma alguma.

— Não irei fazer isso. — Disse negando-me a tal ato.

— É fazer isso ou desistir. Qual você prefere?

O encarei novamente. Era obvio a resposta, eu não queria desistir, mas ele tinha acabado de liberar a parte da força em mim e se eu... O machucasse? Mesmo sem querer... Escutei uma gargalhada e me virei para encará-lo, ele não me olhava, mas estava se divertindo com a situação.

Toque De Sedução 2Where stories live. Discover now