End

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- Ultima aula do ano, ansiosos para rever a família? – LeFay perguntou aos garotos.

- Parte dela eu já vejo todos os dias – Albus deu de ombros antes de prosseguir – Mas vai ser bom comer o bolo da vovó de novo.

- Na minha casa vai ter provavelmente um jantar de negócios, meu pai costuma chamar alguns amigos do ministério para comer lá mesmo em épocas festivas – Zachary Higgs, filho do meu ex, falou. Todos os anos ela passou a fazer aquele teste para destacar a Sonserina e neste ano Albus e Scorpius continuaram e entraram mais dois ao grupo do ano deles, Zachary Higgs e William Bulstrode, o último sendo sobrinho de Millicent Bulstrode.

- Vai ser chato como sempre. Provavelmente vou ficar de castigo por não obedecer a tia Milli – William falou se deitando num dos sofás da Casa dos Gritos.

- E quanto a você, Hyperion? – Albus o chamou pelo segundo nome, como costumava fazer para irritar o loiro que olhou pra ele extremamente sério com uma carranca, que se desfez instantes depois revelando um sorriso.

- Vai ser legal – Ele resumiu em três palavras tudo o que se passou pela sua cabeça, deixando todos curiosos – O que pretende fazer, professora?

- Estive pensando em visitar minha mãe. Tem alguns anos que não a vejo – Ela respondeu pensando em como Narcisa deveria estar depois de tanto tempo – Anda, terminem as poções para serem liberados – Ela falou e William se levantou do sofá indo até a mesa com os outros garotos.

[...]

Lynx parou o feitiço assim que a areia negra fez um circulo em torno de um lugar no mapa. Ela largou o mapa e as velas ainda acesas e aparatou nos jardins de uma mansão que parecia abandonada se não fosse pelas luzes acesas no primeiro andar.

Ela se aproximou e bateu na porta com receio. Havia desfeito da imagem da Guinevere e deixado sua imagem loira, sua transfiguração preferida.

A casa se manteve silenciosa mesmo depois das batidas e por um minuto ela pensou que realmente estava vazia a casa e que os donos haviam largado as luzes acesas antes de saírem para alguma festa ou algo do gênero.

Se virou e ia aparatar mais uma vez quando ouviu o som da maçaneta.

- Não temos dinheiro para doar – Ela ouviu a voz de Lucio vindo da fresta que se abriu.

- Não vim por dinheiro – Lynx se virou e seu olhar encontrou o rosto surpreso de Lucio, que lentamente abriu a porta, dando espaço para ela entrar ou ele sair, mas nenhum dos dois se moveu.

- Quem é, Lucio? – Ela ouviu a voz de Narcisa de dentro da casa.

- Os mortos sempre voltam para se fazerem vivas as lembranças – Lucio falou em resposta a mulher que logo apareceu na visão de Lynx que permaneceu parada do lado de fora.

A neutralidade do rosto de Narcisa se tornou surpresa e então preocupação, mudando rapidamente para felicidade e tormento, ela não conseguia o que sentir e demonstrou isso se aproximando da garota, passou por Lucio e abraçou a loira.

- Você não sabe o quanto me deixou preocupada todos esses anos – Narcisa falou abraçando com mais força a loira, logo sentindo lagrimas em seus ombros e não demorou para se juntar ao choro.

[...]

Havia neve pelo jardim, e as pegadas da raposa ficaram marcadas conforme andava em direção a Mansão. Ela não havia mudado em nada conforme os anos e isso causava certa nostalgia em Lynx. Ela se aproximou da janela e viu Draco sentado na sala, sozinho. Ela esperava ver Draco com Scorpius e Astoria, mas ele parecia abandonado naquele Natal. A casa estava em total silencio, não havia luzes nem árvore nem presentes.

Draco olhou pela janela quando ouviu um pequeno ruído no vidro. Muitas vezes ele caiu no truque de esperar por Lynx e não esperava que desta vez fosse ver realmente a raposa negra ali.

Ele se levantou e andou lentamente até a janela e a abriu.

- Não esperava te ver aqui – Ele falou sincero e se afastou da janela, dando as costas para a raposa que se transformava de volta em mulher.

- Onde eu poderia estar? É Natal – Ela falou com certa alegria na voz e Draco se enrijeceu, tencionando o corpo enquanto fechava o punho.

- Faz 22 anos, Lynx – Ele falou, virando-se para ela irritado – Até alguns anos atrás eu acreditava que você estava morta.

- E o que te fez mudar de ideia?

- Meu filho – Draco falou e Lynx sorriu pensando em Scorpius. Ela sabia que era um risco dizer sua verdadeira identidade, e não havia revelado, mas se lembrara da primeira aula que deu em Hogwarts como professora de Transfiguração e mostrou o truque da raposa. O próprio Scorpius havia elogiado o truque, deveria supor que ele contara ao pai – Raposas Negras são extremamente raras, quais seriam as chances de ter duas bruxas com o mesmo animago? A discrição de Scorpius da professora era que ela tinha olhos prateados e cabelos cor das folhas no outono. Mais uma transfiguração simples que você poderia fazer, mas ele disse que um dia viu seu braço quando ele foi parar em seu gabinete depois de ser pego fazendo besteira e viu a cicatriz da Marca, a única coisa que você nunca conseguiu transfigurar em si mesma.

- E onde Scorpius está? Achei que fosse passar as férias em família. Vi o quanto ele estava animado quando embarcou no trem com os amigos – Lynx falou inocentemente mudando de assunto e não entendeu quando a expressão de Draco se fechou mais ainda.

- Ele esta com a mãe. Divorciamos-nos tem uns anos – Draco falou se sentando no sofá mais uma vez e quando viu que Lynx se aproximava dele, ergueu a mão a fazendo parar – A culpa é minha. Não quero seu conforto, não preciso dele. Faz anos que Astoria tem fingido ver amor em meu olhar, mas a verdade é que eu nunca pude amá-la de verdade. Apenas amei três pessoas em minha vida e todas elas de um jeito diferente, minha mãe, Scorpius e você – Draco falou e olhou para Lynx, que dessa vez se aproximou sem se importar com o que Draco diria, por mais grosseiro que fosse – Você foi a minha ruína, eu tentava mais do que tudo acreditar que eu poderia amar Astoria como te amei, mas nunca pude dar isso a ela, a verdade é que só fiquei com Astoria por comodidade e chegou uma hora que foi ela que não aguentou. E eu tive de entender. Já esperava por esse momento, na verdade – Draco falou e olhou fundo nos olhos de Lynx, que agora estava sentada ao lado dele no sofá, levemente virada e com os joelhos encostando-se aos dele, respirou fundo quebrando o silencio que havia se instalado depois do desabafo, mas não quebrou o olhar do dela quando pronunciou as próximas palavras. – Você não deveria ter vindo, Lynx.

- E por que não? Dê-me um motivo e eu vou embora.

- Porque eu ainda te amo – Draco falou frio, mas ela não se importou, pois no segundo seguinte ela havia se inclinado e pressionado seus lábios nos dele como se a vida deles dependesse disso.


Fim...

por hora.


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Foi com dor no coração que hoje de manhã recebi a notícia de que o Alan havia morrido, e até agora estou em total choque. Por isso decidi postar o final de uma vez. Este final já estava escrito faz uns meses, como eu havia avisado antes. 

Logo depois que li sobre a morte dele eu comecei a escrever o primeiro capitulo da continuação, que eu decidi por fazer falando sobre o Scorpius e cia em Hogwarts, e para quem quiser ver quem eu já optei por colocar na história...: https://49.media.tumblr.com/e018f9cbf4d2d092533c2d8da8f4c5fc/tumblr_o10i1l1Bj31tvkq5vo1_540.gif

Espero que tenham gostado de toda essa jornada, realmente amei a companhia de vocês, assim que eu terminar de escrever o cap eu vou publicar no site, então quem quiser ficar atento no meu perfil. 

Beijo, amo vocês!


Proud and Love - Draco Malfoy fiction (Livro1 || Completo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora