— De onde veio tudo isso? — perguntei, olhando como uma idiota, para os bichos de pelúcia e os buquês imensos de flores.
— Caroline e "contribui" — murmurou, de um modo estranho.
Revirei os olhos.
Claro que Caroline seria capaz daquilo. Ela era maluca, mas era uma maluca que eu amava. Tentei tirar o foco do bicho de pelúcia gigante.
— Alguém se machucou, aqui na cidade? Com o…hã... terremoto?— perguntei, ainda olhando para um Damon distraído.
Ele sorriu.
—Tirando alguns cães assustados e criancinhas com joelhos ralados, estão todos bem — disse, tirando algumas flores para fora do vaso e jogando as que achava menos bonitas no chão do quarto — Eu acho.
Decidi ignorar aquele "eu acho", pois não estava com vontade de encarar o fato de que eu era uma pessoa perigosa. E isso me incomodava, temer meu próprio poder.
Me remexi mais uma vez no colchão.
— Damon?
— Sim?— disse ele, ainda distraído.
—Por quê não olha pra mim?— questionei.
Ele parou, se voltando na minha direção.
— É que você está toda descabelada, não é uma visão bonita — brincou.
Revirei os olhos.
— Damon, não me enrole — briguei — Onde está o Kai?
Vi o modo como sua mão parou o movimento de forma um pouco brusca.
— Que flores horríveis que mandaram pra você, BonBon — comentou sorrindo, mas pude ouvir um leve vacilar em sua voz.
— Damon...— avisei, tentando não ficar muito irritada — Onde está o meu marido?
Ele se virou hesitante.
— Tá meio frio, aqui, não?— perguntou, indo até a janela fechada de meu quarto — Parece que é o ar-condicionado. Vou pedir para que desliguem.
E saiu rapidamente, indo para a porta.
—Motus— murmurei, fazendo a coisa se fechar bruscamente, impedindo Damon de sair. O vampiro se voltou de cara feia para mim.
— Qual é BonBon?— questionou, fazendo uma expressão de zanga.
Cruzei os braços, o encarando.
— Se você não me disser, onde está o meu marido, vou explodir o seu cérebro, Damon — ameacei.
Claro que eu não faria aquilo, porém, Damon não sabia. E eu estava morta de preocupação com Kai.
Ele suspirou, derrotado.
— Bem, depois do seu incidente na caverna...— murmurou, caminhando devagar em minha direção, como se tivesse medo de me assustar. Ele estava sendo cuidadoso comigo. Damon apenas fazia isso se o assunto fosse de muita seriedade. Senti um tremor em minhas mãos.
Ele prosseguiu com os olhos azuis em mim.
— Nós a trouxemos para o hospital, já que meu sangue não estava fazendo efeito em você. E a magia de Kai não estava curando.
Ele parou.
— E?— o incentivei a continuar.
Damon passou a mão pelos cabelos negros, parecendo um pouco agitado. — Você foi atendida pelos médicos, mas não adiantou— disse rapidamente — Teve três paradas cardíacas e morreu.
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Convergência Sombria | Bonkai | EM REVISÃO
FanfictionDepois de fugir do Mundo Prisão de 1994, Bonnie acha que pode ter uma vida normal ao lado de seus antigos amigos, se não fosse por Kai a fazendo se lembrar constantemente do inferno que passou no outro mundo. Sem falar na presença de toda a Convenç...
36. Nós dois
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