"Eu sou todo problemático?" Uma risada. "Mesmo que eu seja todo problemático, eu não fiz coisas das quais me arrependeria. Eu não fiz outra pessoa perder o tempo dela comigo em sua cabeça em vez de deixá-la ser livre. Eu não enganei alguém que não é mentalmente estável. Eu não fui infiel, mesmo sendo todo problemático." Ele ameaça falar, mas eu não quero ouvir. Não agora. Giro-a entre os dedos e coloco a lâmina em sua boca, na horizontal. Ele está imóvel. Eu espero que morto por dentro, uma casca vazia, um eco do que já foi um dia. Mas ele era egoísta demais para isso. "Você admite que fez, então?"
Nenhum movimento e eu considero um sim.
Um sim.
Um sim.
Para muitos nãos meus. Ele tem esperança de que eu tenha piedade?
Eu os sinto escorrendo, vazando, sobrando apenas a minha própria aqui dentro.
Meus quadris param. Há involuntariamente uma ereção.
Eu escorrego até metade de suas coxas e me acomodo, puxando junto sua cueca, o expondo.
Ele então força as pernas para cima, tentando escapar, e em reflexo eu acerto seu músculo com a lâmina.
Talvez não em reflexo.
Ops.
Ele grita. Ah, ele grita. E eu estou focado em sua boca, aberta, gritando.
Gritando como eu estou por dentro.
Meus dedos enrolam-se ao redor de seu pênis que deveria ter se satisfeito há quanto mesmo? Duas horas atrás?
Ele está ereto porque é um traidor de seu dono.
E a lâmina ainda está em sua perna.
E ele grita.
Oh, ele grita até eu tapar sua boca com uma mão e bombeá-lo com a outra.
"Foi produtivo também com Ashton?" Minha cabeça estala. "Ou será que ele era só uma desculpa para encontrar com o outro?"
Meus dedos descem para brincar com suas bolas.
"Nunca iremos verdadeiramente saber quantos te arrombaram, não é mesmo, meu bem?" Voltam para da base até a ponta. Ele está chorando. "Mas você terminará sendo meu."
Eu não sei como irei fazê-lo ficar quieto enquanto o torno de fato meu. Mas a faca já está lustrada.
Lustrada com o seu próprio sangue.
A arranco, arrancando também um gemido de dor conforme eu acelero os meus movimentos. Ele está pingando porque é um pervertido sem coração.
Eu tinha um coração.
Mas sabem o que dizem quando você tem um: que ele um dia deixará de existir, desfeito em pedaços.
Há cacos do meu no chão.
O largo e volto a cobrir sua boca, forçando o queixo para cima. Sua língua fica presa ali no meio.
Que pena.
Ele grunhe. Oh, como ele grunhe. Uma pena que não se compara a tudo em minha cabeça.
Eu não sou louco. Não, não, não. Eu não sou louco por estar fazendo isso.
Eu sou apaixonado.
Mas, se formos parar para pensar, são sinônimos.
A faca então toma o lugar de onde minha mão estava, deslizando a parte plana por toda a sua extensão. Seus olhos estão fechados.
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pandemonium • muke [c]
FanfictionAs paredes são de vidro e os meus sonhos são de gelo. As paredes são de espelhos e os meus sonhos são de gelo. As paredes são de espelhos e os meus sonhos são degelo. As paredes são de espelhos; e os meus sonhos derreteram. barakout, 2015 © [finaliz...
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