30 {segundos}

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Até a próxima vida.

Trebor está louco.

Oh, sem dúvidas ele está louco.

Literalmente e totalmente louco.

Talvez tenham errado a minha dosagem e entregado à pessoa errada.

Minha voz finalmente ganha forma, a risada se forma no meu peito e é liberta. É alta. Grasnada. Com curtos espaços de tempo para o ar entrecortar.

"Pr-róxima vida?" Mais alta. Cada vez mais alta. "O que você a-nd-ou bebendo? Fumando? Tomando?"

A situação torna-se cada vez mais engraçada em minha mente. Acho que Trebor é quem deveria estar em meu lugar. Eu deveria estar liberto.

Oh, sim, com toda certeza. Eu estou bem, não estou?

Eu estou bem, eu juro.

E a risada ainda ressoa pela caixa.

E ele me encara.

Trebor abaixa a cabeça, as pálpebras por cima daquilo que ele chama de olhos. Então eles aparecem por entre os cílios, tirando sarro de mim.

E eu ainda continuo a gargalhar.

Trebor, o que há de errado com você?

"Quem é esse Trebor?" Ele questiona.

Ele tem algum problema?

"Acho que não sou eu quem tenho problemas, Clifford." O rosto inclina, os olhos negros. Negros. Negros. "Quem é Trebor?" Repete.

Como assim quem é Trebor?

Definitivamente, ele tem problemas.

Ele não reconhece o próprio nome.

O próprio nome.

Eu também não sei o meu. Não exatamente.

Mas eu não tenho problemas.

Toc toc.

Toc toc.

A minha mente me chama. Eu paro de gargalhar.

Tic.

Toc.

Toc toc.

Eu não tenho problemas.

Problemas.

Problemas.

"Dá para você me responder?" Esbraveja.

O tom. O tom perdendo a doçura que já não existe. O tom perdendo a compreensão que já havia deixado de existir muito antes de tudo.

"Trebor é você mesmo." Declaro. A voz firme. Firme pela primeira vez. Convicto.

O rapaz loiro me olha. Olha. Os defeitos genéticos nas bochechas aparecem, os dentes mostram-se e os lábios entreabrem. As sobrancelhas franzem e ele ri.

Ele ri.

Ri.

Ri de mim.

Ri de minha confusão.

Ri da minha falsa convicção.

"Você realmente achou que aquilo escrito no vapor era 'Trebor'"? A risada. A risada. A maldita risada. "Eu achei que você fosse mais inteligente."

Eu fui inteligente.

Eu sou inteligente.

As paredes eram de vidro.

Mas não eram de vidro fosco.

Calor.

Calor.

Vapor.

"Escrevi da forma mais simples possível para você entender." Um barulho de decepção. "A mente humana é tão complexa. Coisas tão básicas se transformam em monstros de sete cabeças. Ou no caso," Uma risadinha "de duas."

Trebor.

Trebor.

Trebor.

T.

R.

E.

B.

O.

R.

Robert.

Robert.

Luke R.

"Isso, meu bem!" O tom irônico. Irônico. Irônico. O rosto se fecha. "Não costumamos usar o primeiro nome aqui."

Primeiro nome.

Primeiro nome.

Clifford.

Gordon.

Gordon.

Robert.

Robert.

Luke.

Ele.

Luke.

Luke R.

R.

Luke Robert.

Hemmings.

Ah, não.

Não.

Não!

Não.

Trebo- Robert não é Luke.

Luke Robert Hemmings.

• • •

oi

eu comecei uma nova fanfic chamada "Candy House", que envolverá canibalismo e umas pornografias aí, além de uns alucinógenos boladoes, então quem quiser ir lá,,,,

AH! Outra coisa. Eu já estava há um tempo pensando em criar um grupo no Whatsapp sobre pandemonium, além das outras fanfics também, e a Ju me deu um empurrãozinho. Queria saber a opinião de vocês e se alguém tem interesse. Na próxima atualização eu informarei se o criarei ou não, aí poderão me passar o número por MP ou nos comentários mesmo

beijo beijo

pandemonium • muke [c]Where stories live. Discover now