Ele não deveria ter feito aquilo.
A faca gira em minha mão e eu a aponto para o seu peito, no exato local em que as costelas se juntam.
Ele solta um uou e levanta as mãos. Era o máximo que ele diria? Eu acredito que não.
Oh, não.
Nah, nah, nah, nah.
Oh, oh, oh.
Ele gritaria.
Mas ninguém ouviria.
Deslizo a faca no pedaço de tecido, abrindo uma fresta na camiseta.
Um fio maravilhoso.
Maravilhoso.
E colocando a ponta gelada lá, contra a pele arranhada, um filete de sangue escorrendo, que fervia pelo toque de outro.
De outro.
De outro.
DE OUTRO!
Não mais o meu.
Não mais o de ninguém.
Empurro a lâmina um centímetro a mais, obrigando-o a recuar e cair de costas no sofá. Eu sou rápido em passar as pernas ao redor de seu corpo, o fazendo ficar parado. Ele se remexe, tentando a todo custo fugir.
Mas ele não irá.
"O que. Você. Está. Fazendo?" Geme ele contra o fio que se posta em seu pescoço, pausadamente como se eu fosse uma criança. Um animal selvagem.
Um movimento. Um único e maldito movimento.
"Como foi o seu dia com o Calum, amor?" Inclino-me, olhando nos olhos claros.
Ele engole em seco.
Em seco.
"Foi produtivo." E então eu sorrio e minhas pernas se prendem mais ao quadril, começando a rebolar, algo que eu nunca fiz.
Nunca fiz.
Nunca fiz.
Mas é por um bom motivo.
Um ótimo motivo.
Minhas mãos, ainda segurando o cabo branco, descem para desabotoar o jeans e eu volto para a posição inicial, rebolando.
"A fodinha de vocês foi produtiva?" Cravo a faca ao lado de sua cabeça no estofado quando nada é respondido. Ainda sorrindo. O som do tecido rasgando. "Você sabe, eu só gostaria de saber também o porquê." Cantarolo.
A faca então desliza para o seu braço despido, forçando a cada milímetro um pouquinho mais fundo. O seu peito estufa e lágrimas enchem os olhos. Ele está pronto para gritar.
"Não, não, não, não, garotinho." Meus dedos prendem-se ao redor do seu maxilar, o obrigando a olhar para mim. "Se você gritar, vai ser pior, então apenas não poupe o seu fôlego para me responder. Ou eu não o irei poupar."
Ele lacrimeja.
Oh, que adorável.
Ele lacrimejara também nos braços de Calum enquanto gemia o seu nome?
Oh, eu tinha certeza que sim, porque nos meus o meu nome era o que deixava os seus lábios.
"Então, por que você ama e trai? É como ser um defensor dos animais, adotar um e maltratá-lo na segunda semana. É hipocrisia, não acha? Então: por que?"
A faca segurada como um punhal. Pronta.
Pronta.
Ele respira fundo, decidindo. "Como eu iria falar para você se você já é todo problemático e está me ameaçando com uma faca?"
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pandemonium • muke [c]
FanfictionAs paredes são de vidro e os meus sonhos são de gelo. As paredes são de espelhos e os meus sonhos são de gelo. As paredes são de espelhos e os meus sonhos são degelo. As paredes são de espelhos; e os meus sonhos derreteram. barakout, 2015 © [finaliz...
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