Capítulo 25: Te amaria outra vez

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Arthur e Mia passaram na minha casa, como de costume. Me apressei para sair de casa antes que Mia surtasse. Ainda acho incrível o jeito da Mia não suportar atrasos. Oras, ela é uma mulher e deveria entender os motivos dos meus atrasos, em vez de me dar sermões.

— Olha, chegou em ponto hoje – Mia debochou, assim que entrei no carro.

— Se ficar de graça, na próxima vez eu demoro uma hora!

Falei firme, mas Mia apenas riu.

Seguimos o caminho conversando até chegar no bar.

— Preparada pra dançar e cantar Brilha La Luna?  Mia perguntou.

— Nem morta! Eu prefiro ver o Adam entrando naquele carro de novo do que dançar Brilha La Luna com você! – repondi, enquanto me sentava à mesa.

— Nossa, magoou! – falou com voz de dengo.

Eu ri.

Arthur fez o pedido e eu, como sempre, fiz o meu pedido bem calórico, mas muito delicioso. Agradeço a Deus todos os dias por não ter tendência a engordar, pois se tivesse eu teria que parar de comer desse jeito.

Mentira, eu iria comer mesmo assim!

— Arthur, você tem falado com o Adam? – perguntei, como quem não quer nada.

— Eu?... Tenho falado sim. Ele é meu primo, então sempre mantenho contato – ele respondeu. — Porquê?

— É que hoje recebi uma carta dele.

— Que ultrapassado – Mia falou baixinho, mas não o suficiente.

Ignorei Mia e segui com meu interrogatório. Eu precisava saber mais sobre a carta.

— Ele comentou alguma coisa?

— Hã... Não lembro muito bem – Arthur respondeu muito estranho.

— Como assim você não lembra? A carta chegou hoje, então ele deve ter comentado sobre ela esses dias – me aprofundei no assunto.

— Bella, a gente conversa sobre muitas coisas, eu não vou me lembrar de tudo – defendeu-se.

— Mas eu não quero que você lembre de tudo, eu só quero que lembre da bendita carta, caramba – disse, sem paciência.

— Ei! Fica calma, mocinha! – Mia interveio. — Vamos cantar um pouco para acalmar os ânimos.

— Não me venha com Brilha La Luna de novo, Mia! Isso não acalma os ânimos de ninguém. Quer dizer, só o seu. Mas você é um ser que ainda tem que ser estudado.

— Muito engraçadinha você – ela disse,  enquanto se levantava.

— Olha, eu sei que cantar te acalma, então vai lá e solta a voz. O que custa? — ela me olha exatamente daquele jeito convincente.

— Custa a minha vergonha na cara – retruquei.

É isso, eu estou blindada aos olhares convincentes de Mia.

— Deixa de ser velha, Bella. Você veio aqui pra se divertir, mas você não quer fazer nada – ela bate com as mãos na perna, emburrada.

— Comer não conta, amor? – Arthur perguntou.

Mia revirou os olhos.

— Não, comer não conta!

— Eu tentei te ajudar, Bella – ele disse, com um sorrisinho no rosto.

— Mia, você fica insuportável quando quer convencer alguém a fazer alguma coisa – disse. Olhei para Arthur e ele estava balançando a cabeça de leve, concordando comigo.  Eu ri e senti pena dele ao mesmo tempo. — Se eu cantar uma música você para de me perturbar?

Simplesmente AconteceWhere stories live. Discover now