Capítulo 06: Sem riscos de amar.

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Me levantei cedo para ir pra escola bíblica dominical. Meu pai, que é pastor da igreja, sempre abre e fecha a igreja, e eu, sempre vou com ele para ajuda-lo no que for preciso ou para ajudar minha mãe que fica na cantina preparando o café da manhã. Mas esse domingo é diferente. Não é apenas um domingo em que vou para igreja adorar a Deus e encontrar os amigos de sempre, dessa vez e, nos próximos domingos, vou ter que ver Adam por lá também. Mia e Arthur não costumam faltar, então é bem provável que Adam não falte também. Só peço ajuda a Deus para não me deixar apaixonar por Adam, sei que esses dias ao seu lado podem acabar em amor, mas eu estou decidida a ignorar esse tipo de sentimento.

-— Pode ajudar sua mãe na cozinha, filha, hoje não vou fazer muitas coisas aqui – disse meu pai, assim que chegamos na igreja.

Segui para cozinha com minha mãe, já estávamos fazendo os sanduíches quando ouvi a voz de Adam que, aparentemente, estava cumprimentando meu pai.

— O que foi, Bella? – minha mãe perguntou, assim que me viu paralizada.

— Nada. Acho que o primo do Arthur chegou... Aquele que eu te falei que veio do Canadá.

— Ah, sim. Vou lá fora cumprimenta-lo - ela disse, enquanto deixava as coisas em cima da pia. – Vamos!

Mesmo não achando uma boa idéia, eu segui minha mãe até lá fora. Assim que Adam me viu, ele lançou um sorriso charmoso para mim. E foi bem nessa hora que eu me dei conta que é exatamente desses tipos de coisas que eu tenho que fugir.

— Olá, Adam! Meu nome é Luciene, sou mãe da Isabella. Prazer – disse minha mãe, dando um abraço em Adam.

Minha mãe sempre recepcionou muito bem as visitas da igreja, além do mais, ela sempre foi uma mulher muito extrovertida e simpática. Então, recepcionar visitantes sempre foi o forte dela, assim como é o meu, pois ela sempre me ensinou a ser simpática com todos que chegam na igreja.

— Obrigado, dona Luciene. É um prazer conhece-la e conhecer a igreja também – disse Adam, muito simpático por sinal.

Porque ele não foi assim comigo no primeiro dia?

Mia, Arthur e Adam foram se sentar lá dentro, enquanto eu e minha mãe voltamos para a cozinha. Não demorou muito e os membros já estavam chegando. Quando terminamos tudo lá dentro, segui para classe dos jovens. Chegando lá já estavam todos sentados e a aula já havia começado, quer dizer, as apresentações já haviam começado. Adam estava contando um pouco sobre sua vida em Canadá e os jovens estavam muito concentrados em cada palavra dele.

No término da aula todos já haviam gostado muito do Adam. Tentei entender como é que eles conseguiram gostar tão rápido dele, o que me impressionou mais não foi o fato de Adam ser um cara super legal, mas sim o fato dela ter sido extremamente chato e irritante comigo. SOMENTE comigo. Isso não é uma coisa normal! Então, o que Mia falou começou a fazer mais sentido, talvez Adam tenha mesmo gostado de mim, talvez ele estivesse apenas querendo chamar a minha atenção, mesmo que eu ache muito ruim a maneira que ele escolheu. E é isso que ainda não faz sentido para mim, porque ele escolheu a pior maneira de chamar minha atenção? Mas talvez a resposta seja óbvia, talvez ele esteja fazendo a mesma coisa que eu, evitando que uma possível paixão possa surgir.

De volta a igreja, mas agora no culto a noite, já cheguei me deparando com o trio inseparável: Mia, Arthur e Adam. Já estava ficando chateada pois Adam estava roubando o meu lugar no triangulo amoro. O trio inseparável me incluía, mesmo tendo que aguentar certos tipos de comentários sem noção.

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