Capítulo 30

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Seguimos para casa de praia, e o interrogatório de Matheus só me irritava mais e mais. Eu preciso pensar em uma solução, mas ele não deixa.

- Explica de novo - pediu inquieto.

- Já te disse, os seguranças me disseram que um homem que se diz delegado foi bater lá me procurando, explicou toda uma situação para os seguranças e eles o revistaram por completo. Iago foi ver o que estava acontecendo e acabou insistindo para que o homem entrasse.

- Estamos muito ferrados!

- Calma, a minha equipe não vai escapar de uma bronca, mas sinceramente eu confio no trabalho deles. Tenho certeza que não o deixariam entrar sem antes haver uma certificação de que ele está limpo e fala a verdade.

- Então por que estamos voltando? - questionou Matt colocando a mão no meu braço que estava esticado até volante - Achar o Taylor é nossa prioridade.

- Esse homem pode saber onde ele está. Quanto mais rápido juntarmos indícios, mais rápido esse pesadelo vai acabar.

- Prender você ele não vai, afinal, qual idiota sozinho prenderá uma agente secreta - falou brincalhão e rimos por um tempo.

- São 3 horas da manhã, acho que até à noite chegaremos.

- Do jeito que você tá voando, vamos chegar de qualquer jeito, só espero que vivos.

Revezamos a direção do carro durante todo o percurso. Compramos comida e água pela estrada, e só paramos para abastecer o veículo e ir ao banheiro. Nunca estive tão cansada, meu corpo está completamente dolorido e minha mente trabalha vendo mil finais para este pesadelo, a maior angústia é que entre tantos possíveis fins, pouquíssimos são bons.

Chegamos na casa de praia passando de 1 hora da manhã. Os seguranças abriram o portão, e eu pedi para um deles me acompanhar até a casa.

- Pois não, senhora?

- Não estou duvidando da competência de vocês, mas por favor não me diga que ele está na minha casa, perto dos meninos e sem um segurança por perto. - falei enquanto saia do carro, retirando as sacolas.

- O delegado está no quarto de hóspedes e há dois seguranças na porta do quarto e três estão fazendo a rota específica das janelas.

- Chaves?

- Chaves do carro, documento de identificação e celular estão conosco. O delegado está desarmado, havia apenas um revólver escondido no banco traseiro de seu veículo, mas já está retido.

- Bom trabalho! Preparem o carro com roupas e alimento, no mais tardar 7 horas, saíremos.

- sim senhora!

- Boa noite - falei entrando, e Matheus me acompanhou.

- Ali, vai tomar um banho e trocar essa roupa. Amanhã conversamos com ele.

- Nem pensar! Quero respostas agora! Não posso perder mais tempo, a cada passo que damos parece que mais distantes estamos do Tay. Isso me machuca muito.

Matheus lançou-me um olhar de pesar, e o máximo que consegui foi retribuir um sorriso fraco.

- Você tem razão, só não suporto te ver desse jeito - ele falou tocando minha face delicadamente.

Subimos a escada e fomos em direção ao quarto que possuia dois seguranças na frente.

- Boa noite!

- Boa noite, rapazes - respondi e Matt respondeu em seguida

- Devemos acompanha-los?

- Vocês podem aguardar aqui - respondeu Matheus.

Defesa Quase PerfeitaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora