Capítulo 4

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Oiii gente, queremos deixar claro que quando colocarmos foto, a pessoa que estiver na foto vai narrar, e caso coloquemos video (como hoje), ouçam, porque diz muito sobre o sentimento do personagem.
Se vocês puderem comentar... Vamos ler todos os comentários e isso incentiva bastante na horas da produção do próximo capítulo. Bjssss duplos.
By: Fernanda e Beatriz

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Fiz o que o tal Taylor mandou, fui até o primeiro andar, segunda porta à direita. Entrei numa sala cheia de espelhos, pensei que ela estava fazendo ballet, engano o meu. Lá estava ela, socando e chutando um saco de boxe.

- Oi Excelência - falei e e ela me olhou rapidamente, mas continuou o que estava fazendo.

Alice usava somente um top preto e um short da mesma cor. Ela é uma mulher muito gostosa, a parte ruim é que é mal comida, por isso o mau humor quase sempre. Taylor não faz um bom trabalho.

- O que você quer ? Só tenho que te mostrar as investigações semana que vêm - falou ofegante.

- Quero falar sobre o Iago.

Bastou eu falar o nome do meu irmão que ela parou de lutar e me olhou com preocupação.

- Aconteceu alguma coisa com ele?

- Apenas me diga o que você meteu na cabeça dele.

- Ele não te contou? Então não confia em você, se ele que é seu irmão não confia, não sou eu quem vai confiar.

Continuei parado. Não vou sair daqui enquanto ela não me falar a verdade. Entretanto, se ela não falar por bem, falará por mal.

- Que tal uma luta? Se eu ganhar você me conta o que conversou com meu irmão e o grau de relacionamento com seu advogado auxiliar. Mas se você ganhar te conto tudo que ainda não contei e nem pretendo contar sobre a família Pacheco ok?

- Você vai ter que me contar de qualquer jeito se quiseres ser inocentado - falou batendo freneticamente o pé direito no chão.

- Não necessariamente, eu fiz um contrato com eles, e não quebrarei até você me ganhar - respondi me aproximando.

-  Que luta?

- Não sei lutar, mas que tal simplificar as coisas? Se eu te deixar no chão por dez segundos eu ganho, o mesmo serve pra você.

- Que idiota, mas tudo bem - falou retirando suas luvas de boxe e o tênis.

Comecei a retirar meu tênis e minha camisa, notei que ela só olhava para o chão, será que a deixo envergonhada? Só o que faltava. Comecei a rir.

- Qual a graça? Ainda nem te machuquei.

- Nem vai.

Nos aproximamos, e ela sorriu (estranho, pois é muito séria). Segurou meu braço esquerdo, levou para trás do meu corpo e levantou até meus dedos tocarem meu cabelo. Uma dor insuportável tomou conta de mim, mas não parou por aí. Alice chutou minha panturrilha esquerda  (agradeci a deus por ela não estar usando tênis) desequilibrei e cai literalmente de cara no chão, com ela por cima de mim.

- Quer que a contagem seja lenta ou rápida?

Não conseguia me mexer de maneira alguma. Já faltava dois números para Alice ser vitoriosa quando seu celular toca (musiquinha legal ""
Ghost Town"). Fui salvo!!!

- Alô, espera que o Dr. Ávila precisa ouvir isso.

Ela ficou mais séria que o normal e colocou no viva voz.

- Escuta Ali, pesquisei tudo que consegui sobre a família Pacheco - era a voz de Taylor - Toda a família tem passagem pela polícia não entendo como eles estão soltos.

- Eles tem dinheiro e aqui é o Brasil - falou Alice - Continua.

- A questão é que a mulher que acusou Matheus de assédio e estupro leva o sobrenome Pacheco, ou seja, ele, o irmão e quem mais estiver envolvido corre perigo.

- Ok entendi. - ela desligou o telefone e me olhou - Liga pro Iago agora e diz pra ele não sair de casa que minha equipe de segurança já está chegando lá.

Fiz o que ela mandou, mas ele não atendia.

- Ele tá com raiva de mim, não vai atender.

- Você é muito lerdo. Liga do meu.

Entregou-me seu celular. Vestiu uma blusa grande, que mais parecia um vestido, calçou o tênis novamente. E quando Iago atendeu ela puxou o celular da minha mão.

- Escuta, aqui é a Alice onde você está? - ouviu com atenção e falou - Não saia daí, em dez minutos no máximo eu chego - em seguida desligou.

- Onde ele tá?

- Vista-se e suba. Taylor tem revólver lá em cima, você estará seguro. Vou atrás do seu irmão e da amiga dele que estão envolvidos até o pescoço nessa história que você é conivente.

- Achas mesmo que vou ficar de braços cruzados esperando você trazer meu irmão em segurança? Vou junto, e ainda dirijo.

Falei, mas ela não debateu apenas falou.

- Vamos no meu carro, lá tem armas.

Seguiu para fora da sala de espelhos e eu acompanhei em silêncio. Entrou na escada de incêndio e descemos alguns degraus até o estacionamento. Logo avistei o mesmo carro que estava em frente a minha casa hoje cedo.

- Se alguma coisa aconteceu com Iago eu nunca vou me perdoar.

- Não deixarei nada acontecer, mas se você quiser manter a segurança dele e a sua, além de aumentar as chances de ser absolvido pela justiça, é melhor me contar tudo - apenas fiquei calado.

Ela abriu o porta malas do carro e retirou uma maleta

- Você dirige, posso precisar atirar - ela falou entrando no carro.

- Espera, você acha que realmente estão perto dele? - questionei ligando o carro.

- Não sei, por isso quero estar armada.

Ela me deu o endereço e seguimos. Eu estava dirigindo, mas meu pensamento estava no quanto fui idiota com a única pessoa que eu tenho. Será que algo vai acontecer? Se acontecer não conseguirei viver com isso.

Olhei para ela tão confiante que fiquei feliz por tê-la do meu lado. Por mais que Alice Sanclear me odeie eu sei que ela é minha salvação.

Defesa Quase PerfeitaWhere stories live. Discover now