Capítulo 12

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Adriana Pacheco, que apresentação formidável. Não sei como ela e seus capangas conseguiram nos achar... na verdade eu sei, com certeza devem ter colocado algum localizador. Sem falar que essa mulher tem contatos, só me surpreende ela ter sido mais rápida que a polícia.

- Ainda não entendi o que você quer de mim - falou Matheus com ódio no olhar.

- Primeiro, quero matar seu irmão, para você sentir a dor que eu senti quando você me enganou! Segundo, vou mandar essa putinha, que entrou na minha casa com o objetivo de espionar, para ser escrava sexual em alguma das boates do meu pai. Terceiro, sua advogada e quem tentar provar que você é inocente das minhas acusações irão para baixo da terra. - ela disse se aproximando do Matheus com a arma apontada para a cabeça dele.

- Você é muito ridícula! - declarei.

- Seja educada, aguarde sua vez! - retrucou a ruiva.

Olhei para Lia, ela estava abaixada, provavelmente entrou em estado de choque. Iago tentou se mexer, mas um dos homens o imobilizou, enquanto o outro veio em minha direção.

- Agora! - gritei para Matheus, e ele entendeu minha mensagem.

O Ávila mais velho bateu na arma, que acertou o vidro, fazendo um grande barulho. Adriana se assustou e deu alguns passos para trás, aproveitei para ir ao seu encontro,  entretanto, o capanga que estava vindo em minha direção, me alcançou, lançando-me no chão com força.

- Alice!!! - gritou Matheus.

Nunca vi tanta raiva em sua feição, não poderia, pois não o conheço bem. Ele correu, e deu um soco no homem que me jogara no chão. Notei que Adriana estava indo em direção ao revólver, então me arrastei até ela e chutei sua perna direita, fazendo-a perder o equilíbrio. Levantei-me rapidamente, pisando em sua mão que por centímetros não alcançou a arma. Ela tentou levantar, mas eu sentei em suas pernas , na tentativa de imobilizar. Daria certo, mas infelizmente a nojenta pegou um caco de vidro em meio atantos espalhados na loja, e perfurou minha coxa. Cai para o lado, uma dor intensa percorreu meu corpo.

- A polícia está vindo! - consegui falar.

Olhei e os dois homens que trabalham para os Pacheco ao chão. No rosto do  Matheus havia muitos hematomas, e a boca de Iago sangrava. Virei para Lia, que finalmente estava agindo, ela puxou o computador de segurança que estava em cima do caixa, sem olhar para o corpo inerte do dono da loja.

- Temos que sair daqui! A bruxa desconectou todas as fiações do sistema de segurança,  incluindo as câmeras.

A Pacheco correu para fora da loja de conveniência e entrou em um carro vermelho. Levantei com dificuldade e fomos em direção ao carro.

- Vou seguir ela! - falou Matheus.

Abri a maleta de armas, retirei meu revólver favorito, apertei no botão para abrir o teto solar e comecei a atirar no carro. Acertei os dois pneus traseiros, fazendo o carro perder o controle e sair da estrada, chocando-se com uma árvore.

- Não dá tempo de terminar o serviço! Dê meia volta e acelera! Temos que chegar na casa hoje mesmo, não é seguro parar.

Dormiria mais tranquila se matassemos Adriana, entretanto, há mais chances de inocentar inocentes, do que inocentar assassinos. Minha única certeza, é  que o doutor Ávila tem muito o que explicar.

Defesa Quase PerfeitaWhere stories live. Discover now