Capítulo 23

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Matheus

Passei a semana toda tentando
conquistar Alice, consegui arrancar dois sorrisos e um quase agradecimento. Sim! Estou contando! Essa mulher precisa ter algum ponto franco, não é possível!

Ontem inventei de tentar ajuda-la a organizar os papéis com anotações que ela vêm fazendo sobre meu caso, no entanto, acabei misturando tudo, o que a deixou muito irritada, colocando-me para fora do escritório.

Lia e Iago estão me ajudando, porém não está dando muito certo. Acho que preciso resgatar o velho Matheus e fazer com que ela não resista.... Se bem que o antigo... ela odeia... péssima idéia...

- O que você está pensando? - perguntou Lia sentando ao meu lado no sofá.

- No que eu ainda posso fazer para que Alice... Você sabe... - falei meio sem graça, não há como não me envergonhar com o que fiz.

- Deixe-me pensar - ela deu uma pausa rápida, e logo prosseguiu - Cozinhar! Cozinhe algo para vocês dois e leve ao escritório. Jantem e conversem de uma maneira leve, não exija muito dela. Vá com calma!

- Isso!!! - falei entusiasmado, e percebi Iago descendo as escadas - Além de linda, esperta.

Abracei minha cunhada, provocando meu irmão.

- O que é isso? Larga ela! Sua carência está passando dos limites, Matheus - disse irritado.

- Você está muito cheirosa, loirinha! - levantei,  pisquei para ela e fui em direção a cozinha deixando meu irmão intrigado.

Abri o armário, havia muitos alimentos e ingredientes, mas nada fácil de fazer. Verifiquei a geladeira, e quando finalmente olhei o freazer, achei uma lasanha congelada. Li o modo de preparo, apenas levar ao forno em temperatura média durante trinta minutos.

Pedi para Iago ficar de olho no jantar e subi para tomar banho e me vestir. Quando desci, Lia já havia preparado uma bandeja com pratos e talheres. Aguardamos alguns minutos, servi a lasanha para os dois pratos e segui para o escritório.

Bati algumas vezes, e como não obtive resposta, entrei. Alice dormia sobre alguns livros.

- Acorde advogada! Trouxe comida!

Ela levantou a cabeça, olhou para mim, em seguida para a bandeja e sorriu.

- Estou com muita fome.

Alice começou a arredar as coisas de sua mesa para poder comermos.

- Vou pegar suco.

-  Você pode trazer ketchup?

- Claro.

Está dando certo! Nenhuma rejeição até agora. Nem acredito, finalmente!

Voltei com os copos, suco de uva (queria tanto um vinho) e seu pedido.

Puxei uma cadeira próxima da porta e sentei à sua frente. Ela tentou se servir do ketchup, mas não conseguiu.

- Quer ajuda?

- Não sei porque não está saindo - falou fazendo força no vidro em suas mãos.

Pedi e ela me entregou, acidentalmente a sujei por completo.

- Sinto muito!

- Claro! Não poderia esperar menos de você. Na escola você fazia isso com todos no intervalo, era sua diversão sujar e derrubar o lanche das pessoas. Vê se cresce! O que você pretendia com isso? Que eu retirasse a roupa e transassemos loucamente?

- Eu não...

- Matheus, para de ser ridículo. Não consigo acreditar que você não consiga fazer nada direito, admite! Você só faz isso para me irritar.

Defesa Quase PerfeitaWhere stories live. Discover now