Capítulo 9| Desejo

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— Está atrasada, Safrina. São quase oito horas da manhã. — Sorrio com a voz severa da minha mãe, as mesmas palavras que eu ouvia quando chegava em algum lugar atrasado me traz lembranças da infância.

— Me desculpe. — Me surpreendo ao ouvi-la se desculpar. Não era capaz de imaginar uma cena na qual Safrina pediria perdão por algo.

— Essa é a segunda lição, ser pontual. Ter compromisso. Ser responsável. — Rose diz, pausadamente.

— Eu sou responsável. — Ouço Safrina rosnar.

— Não ao ponto de ser pontual. Terceira lição: manter o controle. Manter o tom da sua voz estável, mesmo querendo matar uma pessoa, seja elegante. — Ela completa.

Posso sentir que neste exato momento Safrina estava revirando os olhos.

— Deselegante. — Rose diz, tão casualmente que não parecia um insulto, no entanto era um dos mais puros.

— Elegante. — Rebate Safrina.

— Obrigada. — Minha mãe diz.

Eu poderia ter entregado que estava atrás da porta se não tivesse conseguido controlar a minha risada. Se continuasse desse jeito, uma iria tentar matar a outra. Precisaria de mais guardas.

— Tomou o seu café? — Rose perguntou.

— Não.

— Quarta lição: sempre tome café da manhã, mesmo que não esteja com fome. Ele te fortalece e mantêm uma dieta. — Sorrio imaginando minha mãe levantar um dedo para cada lição que falava.

— Obrigada pela dica. — Safrina tinha perdido a paciência, era notável pelo seu tom de voz. Podia imaginar o sorriso sarcástico que ela matinha nos lábios. — Agora, como eu cheguei atrasada, creio que deveria levar uma punição e ficar no meu quarto o dia inteiro. — Ela sugeriu, estava claro a sua irritação com Rose.

— Certo, mas antes você irá tomar seu café da manhã comigo. — Diz minha mãe.

Ouço o barulho de cadeiras sendo puxadas, elas iriam tomar café da manhã agora. Já poderia me retirar sem ter medo de encontrar uma das duas mortas.

Antes que fizesse tal ato, escuto uma tosse forçada e olho para trás. O guarda que ficava na porta de Safrina estava agora na minha frente com uma bandeja nas mãos, tinha trago as coisas para que ela pudesse comer, mas já era tarde, ela já estava comendo.

Por um minuto, me senti envergonhado por ser flagrado ouvindo atrás da porta. Mas ignora, quem nunca teve que passar por uma situação dessa?

Pego a bandeja de suas mãos.

— Obrigado. — Agradeço a ele e saio, o deixando posicionado na porta.

Vou para o meu escritório, tinha muito trabalho pela frente.

Assim que entro, deixo a bandeja na mesa de tira gostos, bebo um copo d'água e caminho até a minha mesa. Sento na cadeira que ficava de costas para a janela, dando vistas para o jardim, e começo a mexer com os papéis.

Eram vários, teria que organizar todos hoje e mandar para os ministros rever os tópicos que mudei e assinarem.

Mal tinha começado a ler quando ouço batidas na porta.

— Entre. — Falo, sem tirar os olhos do papel, estava lendo um requisito importante que havia sido pedido para a comunidade e não queria ler novamente.

Passos vem em minha direção e alguém puxa uma cadeira, sentando a minha frente.

— Bom dia. — Falo assim que termino aquele tópico e olho para a pessoa a minha frente. — Jordan. — Sorrio o cumprimentando.

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