Capítulo 21: O jogo "Dor ou Morte".

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Acordo quando sinto coisas frias batendo em minha pele e imediatamente se transformando em líquido. Abro lentamente meus olhos e me sento olhando para meu quarto. Quando minha visão não está mais borrada, eu faço uma careta quando percebo que tem neve caindo dentro do meu quarto. Sigo um floco de neve cair e levanto minhas mãos em busca dele, que ao tocar em minha pele se derrete. Então, eu olho para cima, curiosa para saber de onde a neve vinha.

Esperando ver o teto do meu quarto, eu fico surpresa ao olhar um céu estrelado com a lua. Minha boca se abre, mas nenhuma palavra sai. Eu olho para minha frente e vejo que não estava mais em meu quarto, eu ainda continuava em minha cama que estava parada no parque infantil ao lado do meu prédio.

Tirando minhas pernas da cama, eu vejo que estava apenas com uma calcinha e uma blusa. Quando meus pés tocam a neve no chão, eu sinto arrepios se espalhando por cada centímetro do meu corpo. Mordo meu lábio enquanto eu levanto da cama e tento ignorar o frio. Eu olho ao redor, mas não vejo absolutamente ninguém.

De repente, sou empurrada para minha cama com meus braços presos em cima da minha cabeça e com minhas pernas abertas. Tento me mover, mas eu descubro que meus tornozelos e punhos foram amarrados. Eu grito no topo dos meus pulmões, mas eu não escuto nada, nem um ruído de resposta. Um rosto de repente flutua em cima de minha cabeça, parando, e eu podia sentir um cheiro familiar, mas eu não conseguia saber de onde vinha, eu apenas sabia que era um cheiro horrível. Em um piscar de olhos, os olhos branco da cabeça se tornam dourados. Em algum lugar na minha cabeça, eu sabia quem era, eu sabia que era familiar, mas eu não podia me mover e eu começo a surtar quando os olhos olham profundamente nos meus.

Apenas quando eu abro a boca, a cabeça vira um borrão e some. Eu olho para a esquerda e direita para ver aonde ela tinha ido, eu queria sair da cama para procurar, mas ainda estava amarrada.

"August." Eu escuto uma voz familiar, mas eu não conseguia descobrir de onde vinha e a quem pertencia. Abro minha boca, mas de repente sinto duas mãos frias cobrindo minha boca por trás. Elas eram extremamente frias, os dedos tocavam meu queixo enquanto as palmas das mãos encostavam em minhas têmporas. Quando começaram a acariciar meu rosto, eu congelo, e tudo em meu interior começa a surtar.

"O-O que você vai f-fazer c-comido? Q-Quem é você?" Eu sussurro gaguejando, olhando diretamente para a luz da lua enquanto os floco de neve continuavam caindo sobre mim.

"Eu já fiz isso com você, baby." Uma voz rouca diz me fazendo tremer. Fico tentando reconhecer a voz, mas ninguém vinha na minha cabeça.

"Você sabe quem eu sou." A voz disse e eu ouço um timbre rouco nela. "Basta olhar para baixo e você terá a resposta para ambas de suas perguntas." Fiz o que ele disse e com a respiração acelerada, eu olho para baixo. Quando vejo, meus olhos se arregalam e o ar fica preso em minha garganta.

Minha camisa havia sido rasgada e havia marcas de mordidas em minha barriga e peito, e sangue saiam das feridas. Eu tento respirar profundamente, mas não consigo. Eu, então, de repente, noto duas pernas nuas que estão paradas em frente à cama. Lentamente, meus olhos se movem em direção a ela e eu subo as pernas até chegar em seu estômago. Levanto meu olhar até chegar em sua barriga, peito, pescoço, lábios, nariz, até finalmente, chegar em seus olhos. Quando seus olhos dourados encontram os meus, eu finalmente tenho força suficiente para gritar com todo os meus pulmões, querendo nada mais do que morrer.

Enquanto gritava alto, eu me sento e seguro o edredom fortemente enquanto eu ofegava. Olho em volta, eu estou em meu quarto, na minha cama, e não havia neve caindo do meu teto e tudo estava calmo novamente. Eu rapidamente tiro as minhas pernas da cama e me levanto. Enquanto caminhava até a janela eu me sentia dormente. Este sonho, eu sabia exatamente quem estava de pé diante da minha cama. O sonho era um aviso? O que foi isso? Me sento no parapeito da janela e encosto minhas pernas em meu peito.

Let Me In |h.s| traduçãoWhere stories live. Discover now