Capítulo 1: "Não podemos ser amigos."

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"Bom dia mãe." A comprimento quando entro na cozinha após me arrumar para ir a escola.

"Bom dia August." Ela cumprimentou voltando a cozinhar.

"O que você está cozinhando?" Pergunto e fui ficar ao lado dela.

"Bacon e ovos." Ela responde e coloca seus longos cabelos castanhos em um coque bagunçado antes de se voltar para o café da manhã.

"Parece bom." Eu digo e me afasto para sentar na cadeira em frente à mesa de jantar. Minha mãe caminha até a gaveta e pega algo nela. Ela engole um comprimido e meus olhos se arregalam.

"Mãe, você precisa parar agora!" Grito e pulo correndo até ela para pegar o remédio.

"Mas eu preciso deles." Ela disse com lágrimas em seus olhos castanhos.

"Eu sei, mas não tanto assim." Explico e seguro a pequena caixa em frente ao meu rosto. "Um comprimido por dia vai ajudar a diminuir a dor e a depressão." Leio em voz alta o que estava escrito na parte de trás antes de olhar de volta para os olhos da minha mãe. "E você toma mais de um por dia." Digo, mas a pequena caixa foi tirada de minha mão por minha mãe que me olha com raiva escrita em seu rosto.

"O café da manhã está pronto."  Ela rosna em um sussurro, mudando de assunto. Nós duas nos sentamos e entrelaçamos nossas próprias mãos uma na outra. Eu inclino minha testa e fecho meus olhos.

"Que Deus nos proteja de qualquer mal. Amém." Minha mãe diz calmamente e quando ela termina, nós duas começamos a comer nosso café da manhã.

Quando termino, me levanto e pego minhas coisas. Ando até o corredor e coloco meu casaco.

"Tchau mãe!" Eu grito e coloco meu cachecol rosa em meu pescoço.

"Divirta-se na escola!" Ela grita de volta.

"Irei!" Eu minto respondendo e saio do nosso apartamento. Quando fecho a porta, olho para a porta ao nosso lado. Quando fui para a cama ontem, não conseguia parar de pensar no rapaz. Havia alguma coisa sobre ele, algo que o fazia diferente, mas não conseguia descobrir o que. Ando pelo corredor até o elevador. Quando ele chega, entro e calmante cantarolo uma canção.

O sino apita e as portas são escancaradas, fazendo com que o ar frio bata em minhas bochechas. Calafrios percorrem meu corpo e coloco meu capuz em minha cabeça. Ando passando pelo pequeno parque onde eu sempre gostava de sentar no banco durante a noite. Mas eu paro quando vejo pegadas na neve. Elas iam em direção até a entrada de nosso prédio e você podia ver perfeitamente que a pessoa das pegadas, não usava sapatos. Olho para a janela do apartamento do lado do meu. A janela estava coberta por papelão, o que tornava impossível olhar para o apartamento. Faço uma careta, tentando entender a razão para aquilo. Dou de ombros novamente e continuo minha caminhada para a escola, ou como eu gosto de chamá-la: o inferno.

***

"Kenny, por favor, para." Sussurro com lágrimas nos meus olhos enquanto ele olhava para mim com seu famoso sorriso.

"Você tem sorte de eu estar com você agora, baby." Ele diz em um tom maligno e me empurra contra os armário antes de ir embora com seus amigos. Limpo minhas lágrimas com a manga do meu casaco e rapidamente caminho para a saída. Foi difícil, tento ignorar todos os comentários horríveis e todos os olhares que são lançados contra mim, mas consigo e saio pelas portas abertas da escola.

Cada passo que dava, a neve era espremida debaixo dos meus pés que se afogam nela. O ar frio roça em meu rosto e puxo meu capuz para a cabeça, me dando mais calor. O caminho até em casa não demorou muito porque depois de cinco minutos, eu já chego perto dos prédios. Passo pelo parque de novo e pego as chaves em meu bolso. Abro a porta para a escada e corro para o segundo andar. O corredor estava vazio, como sempre. Suspiro antes de colocar minha chave na porta da frente.

"Por que chegou tão tarde?" Eu entro na sala e me sento no sofá.

"Fiz meu dever de casa na escola." Explico e me sento nos joelhos para que a pudesse a ver na cozinha.

"Eu vou para a cama." Ela disse e coloca a garrafa de cerveja no balcão. "Você faz o jantar. Me desculpe, mas eu estou realmente cansada." E com isso, ela desaparece no corredor e ouço a porta de seu quarto se fechar. Suspiro e me levanto do sofá. Entro na cozinha e pego uma piza do freezer. Então a coloco no microondas e ligo. Com o controle eu ligo a TV e coloco em um canal de música. Considerando uma xícara de chá feita eu me sento no sofá e assisto Top 40 de viceocilps até o microondas apitar, sinalizando que a pizza está pronta.

***

"Você gosta disso? Não, você não, eu sei. Mas isso é como me sinto todo dia!" Grito para a árvore e bato meu punho fechado. Fecho meus olhos e faço uma careta de dor quando minha mão faz contato com a árvore. Não esperava que a árvore fosse tão dura.

"O que você está fazendo?" Um voz rouca disse, me fazendo parar imediatamente. Viro minha cabeça lentamente e olho por cima do meu ombro para o material branco que cobria o chão antes de olhar para cima. Mais uma vez, ele usava um shorts e uma blusa. Sem sapatos ou qualquer outra coisa, ele ficou ali na neve me olhando com um rosto inexpressivo.

"N-Nada." Digo gaguejando. "O que você está fazendo?"

Ele dá de ombros e deu um passo para frente. "Nada."

"Você acabou de se mudar, não é?" Pergunto e viro todo meu corpo para que pudesse encará-lo completamente.

"Como você sabe?" Ele disse levantando uma sobrancelha.

"Eu moro do seu lado." Explico. Ele balança a cabeça e da mais um passo para a frente.

"Só para você saber, não podemos ser amigos." Ele diz e olha bem em meus olhos.

Franzo minhas sobrancelhas, criando um olhar confuso em meu rosto. "Por que não?"

"É apenas do jeito que tem que ser." O rapaz diz e da de ombros novamente. Eu me viro, para a árvore novamente. Não sabia o que ele queria dizer, nem sábio o que dizer. O que ele disse me deixou confusa e faz minhas cabeça se encher de questões, que não me atrevo a perguntar.

"Quem disse que eu queria ser sua amiga?" Eu levanto minha voz um pouco e me viro, para ver que ele havia ido embora.

******

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Todos os créditos vão para naughtysouls

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