Capítulo 10: Trancada

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"Olá?" Eu digo e olho à minha volta. Eu estava parada entre duas árvores, o céu estava escuro e o ar frio causava arrepios em minha espinha.

"August?" Ouço uma voz feminina familiar vindo de trás de mim. Imediatamente me viro, para ver uma mulher de cabelo castanho vestindo um longo vestido branco.

"Mãe?" Sussurro e dou um passo à diante. Eu vejo a mulher, sorrindo, embora estivesse a metros de distância de mim.

"Mãe." Eu digo com a voz mais alta desse vez e começo a correm em direção a ela, quando vejo que estava chegando perto dela, lágrimas começam a se formar em meus olhos. De repente, seu corpo se afasta.

"Mamãe!" Eu grito no topo de meus pulmões e corro mais rápido, mas parecia impossível alcançá-la.

"August, o que você está fazendo?" Ouço a voz profunda e familiar e me viro para ver meu pai rindo parado na minha frente.

"Pai!" Grito e corro para seus braços. Eu coloco meus braços em volta de seu tronco e enterro minha cabeça em seu peito. "Você vou aquilo?"

"O quê?" Meu pai pergunta e riu.

"A mamãe apenas... Ela.." Não consigo encontrar as palavras e olho para meu pai. "De repente, ela desapareceu." Eu digo e enterro minha cabeça de volta em seu peito.

"A culpa é sua, August." Ele diz e eu congelo.

"O que é minha culpa?"

"Por ela estar doente, ter que tomar remédios e beber muito álcool. E sua culpa nós termo nos divorciado. Se você não tivesse nascido ainda estaríamos juntos." Eu congelo de novo e sinto meu coração parar de bater por alguns segundos.

"Você não quer dizer isso." Eu resmungo. De repente, o corpo do meu pai desaparece e tudo que eu abraçava era o ar.

"Pai?" Eu chamo, mas, de repente, o chão debaixo de mim desaparece. Eu caio na escuridão e grito com todo o ar em meus pulmões e caio no chão com um baque suave. Abro meus olhos, e me surpreendi ao não sentir dor. Olho para a neve em que estava deitada e, lentamente, a pego na minha mão, mas não estava fria. Lentamente, eu me levanto e olho em volta e vejo que estava de pé em frente ao parque que nossos prédios cercavam. Eu paro quando vejo uma figura sentada no banco. A figura possuía cachos e eu o reconheci imediatamente.

"Harry?" Pergunto e caminho em direção a ele. Ele estava ofegante, todo seu corpo ia para baixo e para cima rapidamente, inspirando e expirando.

"Você está bem?" Pergunto quando quase o alcanço.

"Sim, estou." Ouço sua voz rouca e vejo sua cabeça se virando para me encarar. Mas quando ele faz, eu congelo em meu lugar. Olho para ele quando ele se levanta e caminha em minha direção. Ele abre a boca respirando, mostrando suas presas. Seus olhos estavam dourados de novo e estranhamentos brilhantes e sua pele estava mais pálida do que eu já havia visto. Eu vejo seu rosto fazer uma expressão. Era o que eu poderia descrever como luxúria mas eu não sabia por que. Eu estava tão longe de apoiar minhas reações entre a razão e a lógica. Eu não podia suportar ficar ali, por medo, mas não tinha forças em meu corpo para virar e fugir.

"H-Harry." Eu sussurro e ele acena com a cabeça antes de parar em frente à mim, muito perto. Ele olha para meu pescoço e lambe os lábios. Ele se inclina para mais perto e eu não conseguia me mover, eu estava paralisada.

"August, doce, August. Você deve aprender a não confiar nas pessoas tão rápido." Ele diz e sinto sua respiração fria contra meu pescoço, enviando calafrios por todo meu corpo. Uma mão agarra meu ombro e outra meu pescoço o virando para a direita, lhe dando espaço suficiente. Ele se inclina para mais perto e tudo que podia fazer era respirar, mesmo não estando regular. Sinto suas presas passando em minha pele e tremo de novo, o fazendo rir.

Let Me In |h.s| traduçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora