_Prometemos nunca deixar um ao outro, lembra?

_Sim lembro, por isso não consigo te deixar ir, é porque eu te amo muito. -O abraço mais forte, e ele retribui.

De um abraço, se transformou em um beijo urgente e esfomeado. Tínhamos sede de cada um, ele pediu passagem e eu dei, nossas línguas brincavam, ele foi parando o beijo devagar, mordeu meu lábio inferior e sugou minha língua. O beijo se tornou algo mais prazeroso, pois intercalava com mordidas e puxões de cabelos da minha parte, na minha opinião o beijo se torna mais excitante assim, com mordidas, apertos em qualquer lugar e puxar o cabelo de um homem. O que começa em cima, passa pelo corpo até chegar no pontinho de prazer. Um beijo, apenas o beijo incendeia o corpo inteiro. Nos deixando em brasas.

Ouvimos burburinhos ao fundo, e sorrimos felizes.

_Ta na minha hora! Vou fazer o impossível pra almoçar com meus amores. -Digo a ele, que sorrir.

_Já que você vai pro shopping, vamos te acompanhar o que acha?

_Ahh que bom , acho ótimo, vou esperar vocês na Praça de alimentação.

Ele confirma com um beijo doce. Me despeço deles e vou pra minha aula, hoje tem laboratório, estou toda de Branco. Tive uma manhã produtiva, quando estava na saída da faculdade um cara veio em minha direção, um moço bem afeiçoado, bonitão mesmo. Veio pedir informações, falei e virei mostrando o local e foi quando escureceu.

***

Ainda me sentia tonta e enjoada, o lugar estava em uma penumbra, e minha visão embaçada. Aos poucos fui me "adaptando" ao local, que parecia limpo e bem arrumado. Ao fundo havia uma pessoa, de imediato não reconheci mais ao ouvir a voz reconheci de imediato.
Ian... tinha me sequestrado?

Não sabia o que fazer, meu corpo tremia de uma tal forma. Abracei a mim mesmo. E ele continuava a dizer coisas, não escutava, pois a batidas do meu coração eram mais fortes, meus pensamentos atropelavam um ao outro. Só estava dando um tempo de me acalmar e pensar com clareza. Até entrar no jogo dele.

Ele saiu e me deixou só, procurei meu celular, mais não estava com ele. Era de se esperar. Levantei e dei uma olhada no quarto, liguei a luz e olhei se havia uma saída. Mais a janela estava com cadeado, fui ao banheiro e a janela era muito pequena, voltei ao quarto e verifiquei a porta, estava trancada.

_Pensa Christine, pensa! Tem que ter um modo de sair. -Digo a mim mesma.

Ando de um lado ao outro, por minutos, quando ouço ele abrindo a porta.

_Preparei o almoço! Com fome? -pergunta, mesmo parecendo gentil, estou com muito medo e sinto asco do que se tornou.

_To sem fome! Ainda estou enjoada. -Digo a ele que torce o nariz.

_Você vai comer assim mesmo, fiz com carinho e está bom. -Diz empurrando a bandeja a mim.

_Se está bom coma você, não estou com fome e é bem capaz de vomitar em você se empurrar mais uma vez essa bandeja. -Digo atrevida.

Ele por sua vez me analisa de cima a baixo. Coloca a bandeja de lado e se aproxima de mim. E eu retrocedo e sinto a parede, ele dá um sorriso diabólico.

_Você se esqueceu que está em minhas mãos, e fará o que eu quiser? E você comerá sim. -Diz com uma voz de dar medo.

Engulo em seco e o encaro, não vou deixá-lo me dominar.

_Estou enjoada, esse quarto está me fazendo mal e o cheiro está me fazendo ter ânsia de vômito, então por favor deixa eu fazer um pouco de leite com chocolate e comer umas bolachas. -Tento o convencer, tenho que dá um jeito de sair.

Diário de uma Virgem - Livro 1Where stories live. Discover now