Capítulo 16

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Christine...

Saí da casa do Ian determinada a não olhar mais em sua cara. Por fora poderia está calma e tranquila, porém só Deus sabe como estou por dentro. Não sei de onde tirei tanto autocontrole, quando cheguei perto dos cristais me descontrolei e comecei a arremessar os mesmo, sorte dele não ter mirado em sua cabeça, todavia não teria compaixão dele, se ele se machucasse gravemente.

Ah mais não teria mesmo! sou um amor para com todos mas posso ser um demônio quando me enganam. Estou tão enfurecida que saio atropelando todas as pessoas que estão em meu caminho. Parece que todos resolveram sair de suas casas e dar uma caminhada na praia. Por fim paro de andar que nem louca varrida e, me assento embaixo de um coqueiro e, respiro fundo. Repasso tudo em minha mente, desde a hora que Vick leu até a hora que saí de sua casa.

Agora com a respiração mais controlada e um pouco mais calma. Aproximo meus joelhos do meu corpo e descanso minha cabeça neles e fecho os olhos com força, os forçando a não derramar nenhuma lágrima por ele, todavia é inútil. Sinto eles arderam mais e já não consigo segurar as malditas lágrimas que parecesse goteiras que vem uma atrás da outra.

Choro muito, até mais do que devia na praia. Levanto de uma só vez fazendo minha cabeça doer. Minha vontade é ir até lá de novo e descontar toda minha raiva naquele cretino. Sinto meu celular vibrar, e já tem mais de 20 ligações dele e 5 de Vick. Desligo o celular e tento mover meus pés em direção a República, mais ele me desobedecem, cambaleio um pouco mais consigo firmar meus pés. Obrigo meu sistema nervoso a mandar impulsos até meus pés que obedecem lentamente. Enxugo a última lágrima e viro dando de frente com meu irmão, me assusto e ele também. Fico estática e sem reação, -é hoje que o circo pega fogo!- Penso quando vejo o vindo em minha direção com o cenho franzido.

_O que aconteceu Christine, por que está  chorando? -pergunta se aproximando.

Pensa rápido Christine, pensa.

_Apenas um cisco Didi! -Que resposta mais idiota foi essa Christine, me repreendo.

_Conta outra Chris, vamos pra casa e lá me contará o que houve! -Me abraça de lado.

Tenho que mencionar que ele estava correndo e obviamente que estar suado, odeio homem cheirando a suor, mais meu irmão cheira até bem depois do treino. São poucos os homens que conheço que cheira bem. Mais mesmo assim tento me desvincular dele que me aperta mais.

_Ah, você está suado, me solta! -Peço inutilmente.

_Castigo por chorar na rua, que feio Christine Pascualle, uma moça tão bela chorando na rua, se for por homem deixo você de castigo e dou uma surra nele. -Diz em um tom brincalhão, mas sei que no fundo diz quera verdade.

_Já não tenho mais 12 anos Didi, não pode me deixar de castigo. -Digo sorrindo me lembrando dessa história.

Quando tinha 12 anos me "apaixonei" pelo primeiro menino que beijei, contei a Diogo o que ele tinha feito comigo. Resultou que, fiquei de castigo e ele levou uma surra do meu irmão. Eu nem sei se chorava ou ria da cena. E sei que Diogo é capaz de fazer isso novamente, quero mais que Ian se exploda isso sim e, leve uma bela de uma surra.

_Posso sim, e se for o que estou pensando, vai ficar de castigo por uma semana irmãzinha! -Gargalho alto, chamando atenção de algumas pessoas, pouco me importa. Abraço mais forte Diogo, que retribui.

_Você não existe maninho, te amo muito Didi! -Digo com toda sinceridade.

_Eu também te amo pequena! -Dou um soco de leve nele e começa a sorrir. E assim vamos caminhando até chegar em casa, brincando um com outro.

Diário de uma Virgem - Livro 1Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz