Capítulo 23

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Ian...

Sei que deveria ficar na espreita e seguir com o plano, mas fiquei louco quando percebi os olhares cúmplices de Christine e Benjamin. E caí na besteira de mandar aquela estúpida mensagem a ela sem ID. Sei que todos os planos tem uma falha, e essa foi a minha. Puta que pariu, preciso ser mais centrado e calculista senão o tiro sairá pela culatra.

Depois desse deslize fiquei, aéreo, há dias não sei notícias de Valentina e não quero vigiar sua vida. Acho que daqui a pouco o bastardinho nasce e até cogitei a possibilidade de sumir com a criança, todavia não quero machucar minha irmã. Por isso deixarei que fique com ele. Meus pais estão eufóricos com a notícia de serem vovôs, mal sabem que à uns anos atrás seriam avós, se eu não fizesse a besteira. Mais são águas passadas e eles estão vindo para cá. Por um lado estou feliz, mais temeroso, terei que agir silenciosamente. Terei minha vingança de qualquer forma.

Estou com uma sensação estranha, sabe aquele gosto amargo na boca, pois é, assim estou. Passei o dia trancafiado no escritório, já dei uns socos no saco de areia, e agora preciso me aliviar, estou agora em frente ao espelho olhando meu reflexo e gosto do que vejo, estou com um Jeans escuro e uma camisa branca, deixarei à amostra meus xodos, passo os dedos no cabelo e por fim passo meu perfume. Pego as chaves e vou em direção a boate, mais por um impulso desvio o caminho e vou em direção ao apartamento de Valle. Chego lá e o porteiro já vem ao meu encontro, com o semblante aflito, dispara.

_Boa noite, se veio atrás da senhorita Valentina, ela não está, saiu daqui faz mais ou menos uma hora sendo carregada por um cara grande e pela cara dela estava sentindo dor. -Fala de uma vez, tento processar tudo, mas uma coisa me chama atenção. Ela estava sentido dor e carregada!

_Esse cara tinha cabelos compridos? -Talvez seja Petrus. Cerro o maxilar.

_Sim e ele sempre vem aqui. -O porteiro solta. Fico mais puto ainda, mais não deixo transparecer.

_Obrigado. -agradeço e parto para o meu carro já com o celular em punho, Disco o número do babaca e depois do terceiro toque ele atende.

_Onde está minha irmã? -Vocifero. Ele suspira pesado e fala.

_Estourou a bolsa e estamos no hospital. -Sei qual hospital era, desliguei a catei pneu.

Chego a recepção e pergunto por ela e sou mal atendido, fico puto da vida e xingo a recepcionista.
Para minha surpresa, Benjamin estava lá, com sua irmã e Petrus, eu estava pronto para partir para cima, quando a vejo. Dou um sorriso diabólico e percebo que estremece, ela tenta sair mais Benjamin segura seu braço, Assisto tudo calado, minha vontade é voar pra cima e arrancar seus braços. Mais permaneço no lugar. Converso brevemente com ela e ficamos calados. Observei cada gestos e olhares, e previ algo entre Christine e o bastardo de merda. Permaneci quieto, se ele tocou no que é meu ele pagará caro por isso. E ela também, de qualquer maneira possuirei do seu corpo. Já adentrava a madrugada e nada de notícias dela, estava preocupado com ela e não com o bastardinho, já havia ligado para os meus pais e eles já estavam seguindo viagem.

Levantei, pois estava cansado de estar sentado, quando o médico responsável se apresenta, ele começa a falar do bebê e eu me apresso a perguntar por ela, ele finge não ter me ouvido e continua com seu monólogo. Mais o que vem a seguir me deixa fora de órbita, parece que minha alma saiu de dentro de mim, fico sem chão e parece que ele esta falando de outra pessoa e não da minha menininha. Não pode isso, está errado, ela não pode morrer, meu consciente grita para mim. Parece que o meu sangue congelou ou foi passear, não sinto meu coração bater e por um instante sinto que vou cair, mais me recomponho e vou em direção do bastado que causou tudo isso, com toda a força restante dou um soco em seu queixo, e ele revida. Mais petrus entra no meio e sou arrastado de lá, pelo segurança.

Diário de uma Virgem - Livro 1Where stories live. Discover now