Capítulo 09

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Ian...

Desde que aceitou ser minha namorada, Chris tem se tornado presente em minha vida. Tento ser mais amável e compreensível com ela. Até porque eu ainda não disse toda a verdade a ela e seria injusto da minha parte ser incompreensível, confesso que não demonstro todo o ciúme que tenho dela com o Lorenzo, pois percebi sua intenção para com a Isabela, irmã daquele babaca. E tento ser muito mais compreensível com Petrus seu mais novo amigo e que também se tornou meu amigo, por causa do seu interesse em Valentina que não tá nem aí, desde que começou a sair com um cara não tem olhos pra mais ninguém, estou feliz por isso pelo menos ela sossega um pouco mas estou muito preocupado com seu estado físico. Anda pálida, não está se alimentando direito, boceja direto e sempre está cansada e isso se estende há um mês, exatamente um mês que estou com meu anjo.

Tenho me controlado bastante em relação àquele bastado do Benjamin, sinceramente estou vendo a hora de dar uns bons socos naquele rostinho de modelo. Teve um dia que uma das diretoras queriam ele como novo modelo de uma campanha, vetei essa possibilidade, ainda mais que era com Christine, prefiro mil vezes o gigante do Petrus do que ele. Sim, sou possessivo, já disse não me envergonho disso, ainda não deixei tão claro assim esse meu lado a Chris, mas tenho a certeza que já percebeu. E evita que eu a leve em casa por causa do mauricinho metido a machão. Prefiro assim.

_... mãe, preciso ser sincero com a senhora sobre Valentina, ela anda muito abatida, cansada e isso se prolonga a um mês, levarei ela ao médico ainda hoje! -Digo a minha mãe, que também ficou preocupada. -Qualquer coisa deixo a senhora a par das notícias, vou desligar vou atrás dela. Beijos te amo.

Desligo o celular e vou até seu quarto, pois não saiu dele hoje pra nada. Donna disse que não comeu nada durante o dia.
Bato em sua porta mais não ouço nada em resposta, decido entrar. Vejo que não estar em sua cama, ouço barulhos vindo do banheiro e sigo em frente. A porta está aberta. E encosto no batente da porta e a vejo debruçada no vaso sanitário, vomitando o que não tem no estômago. Está em um estado deplorável, como nunca a vi antes, e fico sem qualquer reação. E antes que eu tome iniciativa de ajudá-la ela levanta e senta-se no vaso tampado e me vê, ficando ainda mais pálida do que está. E mesmo no seu estado, não deixa sua língua afiada. Tenho que manter a calma, pois tive um dia de cão. E não irei descarregar nela, não mesmo.

Antes que eu abra minha boca, ela se pronúncia de forma rude.

_O que quer? -Dispara, me fuzilando com o olhar.

_Levá-la ao médico, vamos. -digo em um tom manso mais forte, impondo minha autoridade.

_Estou bem, não precisa se preocupar! -Ela se levanta e vai em frente ao espelho e vejo o susto em sua cara com a imagem refletida ali, e realmente está um caco

_Não é o que parece, vamos logo! -Tento ser passivo mais não por muito tempo.

_Já disse que estou bem e não vou a lugar algum ! -Odeio ser contrariado, ainda mais por birra.

_Vou da 5 minutos pra Você se arrumar e ir pra sala, isso não foi um pedido, Valentina! -digo firme e dou um olhar frio. E vou para sala.

Resolvo avisar ao Dr. Lins que iremos passar lá e que faça todos os exames possíveis e que não venha ser persuadido por Valentina. Não sei o que pensar ao certo depois que falei com ele. Disse os sinais apresentados por ela e não me agradei nenhum pouco com o diagnóstico dado por ele. Pediu que eu ficasse calmo e tentasse raciocinar de forma coerente.

Já estou bufando desde agora e o que o Dr. Lins especulou se concretizar só tenho pena de quem for o infeliz que sentirá minha ira.

Caminhamos em silêncio até a garagem, José nos esperava em minha BMW prata, entramos e ficamos cada um em seu mundo paralelo. Vejo em seu corpo a agonia, o desconforto e o medo. Sou bom e lê as expressões corporais das pessoas, decido só observa-lá. E lembro como se fosse hoje aquele maldito dia.

Diário de uma Virgem - Livro 1Where stories live. Discover now