9 - SÓ AMIGOS

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No dia seguinte passei na revista pra saber se tinha alguma novidade. Luiza disse que Travis teria uma luta daqui à quatro dias. Fiquei decepcionada ao saber que teria que vê-lo de novo, mas eu teria que passar por cima disso. Era meu trabalho e eu nunca teria nada com Travis. Ele não era o homem para mim. Ele era maluco. Só não sei por que era tão difícil de entender isso.

Nós não conversamos depois do dia da balada, mas eu o via treinando, então aproveitava para tirar fotos dele. Quem sabe eu entregando varias fotos dele, a revista me daria outra reportagem para fazer e esquecer esse assunto.

Estava escurecendo e eu estava entediada em casa. Eu a Amanda trocamos mensagens e ela ficou me contando do seu bofe. Eu nem comentei com ela sobre Travis. Não queria ficar ouvindo que eu deveria agarrar ele como tenho certeza que Amanda diria.

Coloquei minha roupa de corrida e fui correr um pouco no parque. Mesmo sem ter dormido direito, eu não estava cansada ou com sono. Eu precisava extravasar minha ansiedade e frustração. Depois de correr por 45 minutos comecei a caminhar. Eu estava suada e finalmente cansada. Parei para trocar a musica no meu Ipod e alguém parou na minha frente. Olhei para o par de tênis que estava na minha frente e fechei os olhos com medo de ver uma coisa deliciosamente suada na minha frente. Respirei fundo e levantei a cabeça devagar. Travis estava suado e sem camisa e me olhava parado sem dizer nada. Obviamente não seria eu que iria dizer qualquer coisa a ele. Olhei para ele, desviei e continuei minha caminhada. Ele tentou segurar minha mão, mas eu consegui escapar. Escutei-o me chamando de longe, mas percebi que não podia cair no papo dele. Isso só iria me deixar mais confusa e acabaria com a minha sanidade.

Voltei para casa e quando eu estava no banho escutei minha campainha tocar. Terminei meu banho tranquilamente e depois me enrolei na toalha. A campainha ainda tocava, então desci e fui abrir a porta. Travis estava sentado de costas para mim.

-O que você quer?

Ele levantou rápido e veio na minha direção.

-Oi Cami!

-O que você quer Travis?  – eu já estava ficando impaciente.

-Ah sim, está tudo bem. Eu só vim me desculpar por ontem. Falei algumas coisas sem sentido. Me desculpe.- ele fez a cara do gato do Shrek e estendeu o braço me entregando um pequeno buque de rosas azuis.

-Ai meu deus! São lindas Travis! Azul é a minha cor favorita! – eu agradeci cheirando as flores tão belas.

-Eu sabia que você gostava de azul. A maioria das suas coisas são azuis. – ele respondeu envergonhado.

-Obrigada Travis! Eu amei de verdade! – meu coração batia tão rápido que achei que fosse ter um troço. Ele me olhava e pude reparar que seus olhos estavam verde claro.

-Espero que possamos ser amigos Cami. Você é importante para mim e não quero perder sua amizade por causa das minhas loucuras.

Aquilo foi um tapa na cara. Mas o que eu esperava que dissesse? Eu te amo vamos casar e ter 3 filhos de olhos verdes lindos como o meu? Sim! Era o que eu esperava, mas isso estava completamente fora da realidade.

-Claro Travis. Sempre vamos ser amigos.

Ele abriu um sorriso lindo de morrer e meu puxou pra um abraço. Minhas flores caíram no chão quando ele levantou-me do chão e girou com se eu não pesasse uma grama. Quando meus pés alcançaram o chão, meu corpo ficou arrepiado. Travis fazia meu corpo sempre pegar fogo. Poderia ser o maior inverno do mundo, mas se Travis estivesse comigo eu sentiria calor. Senti um ventinho que eu não estava sentindo antes. Olhei em seus olhos e eles estavam vidrados. Eu não conseguia entender até que olhei em sua mão.

Travis - O Destruidor (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now