Ele mexeu os pulsos, pensando.
— Como ele nos encontrou? — questionou — Estávamos longe de Mystic Falls e escondemos nossa aura. Não havia possibilidade de nos achar.
Me remexi.
— Ele pode ter seguido, Ezequiel — murmurei, rapidamente.
Kai negou com a cabeça.
— Ezequiel é um homem muito inteligente, nunca teria entregado nossa posição assim.
Engoli em seco.
— Kai? — sussurrei — E se Alistar o obrigou a dizer? E se ele o machucou? E se...
Eu mal conhecia Ezequiel, mas me compadecia de sua dor, pois ele já havia perdido sua neta para aquilo, agora podia ter perdido sua vida por nossa causa.
— Ei, ei… — disse Kai, interrompendo minha histeria — Ele está bem, Bonnie. Ele é um Ancião. Sabe o que isso quer dizer?
Neguei com a cabeça.
— Ele é muito forte — explicou — Quase como nós dois.
Assenti, tentando me acalmar.
Toquei as algemas de ferro em meus pulsos. Dei alguns puxões, tencionando tirá-las, mas não saíam.
Comecei a pronunciar um feitiço para arrebentá-las.
— Bonnie, não faça isso! — avisou Kai, alarmado.
Porém, foi muito tarde.
Senti os grilhões esquentarem como as brasas queimando minhas mãos e pulsos. Gritei de dor, sentindo a queimação em minha pele. Arfei, chorando e tremendo. As correntes começaram a esfriar de novo, deixando minha pele queimada.
Tentei engolir o choro.
Olhei para Kai, vendo-o ofegante de raiva, parecendo a ponto de matar alguém.
— Desculpe… —sussurrei, tentando não chorar mais.
Ele ofegava, irritado e possesso.
— Bonnie, não se desculpe! — disse eufórico de raiva — Foi ele quem fez isso, conosco! Eu juro por Deus, que vou matar esse desgraçado!
Funguei.
A expressão de ódio de Kai foi dando lugar ao pesar.
— Como você está, meu amor? Está doendo muito? — perguntou, preocupado. Seu corpo ligeiramente inclinado na minha direção como se quisesse me tocar.
Neguei, apesar da dor estar me matando.
— Não — menti — Vai passar, amor.
Ele ainda não estava convencido. Vi seus olhos vacilarem para meus pulsos machucados.
— Não tente fazer nenhum feitiço, Bonnie — avisou — Nem os de cura, ouviu?
E mostrou os próprios pulsos marcados. Assenti.
— Você… está com dor? — questionei, ficando preocupada com ele de imediato. Olhei, tentando achar algum ferimento grave.
Ele estava com alguns respingos de sangue na camisa e mais sangue descendo de um corte na testa, mas, aparentemente, estava melhor que eu.
— Eu estou bem — disse ele — A única coisa que acaba comigo de verdade é vê-la machucada ou com dor.
— Você é um idiota super protetor e machista — tentei brincar para diminuir o estresse.
Ele sorriu minimamente.
— Eu quero abraçar você — disse ele, me olhando com intensidade.
— Eu também quero abraçar você — murmurei, deixando meu sorriso à mostra, pois sabia que ele gostava.
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Convergência Sombria | Bonkai | EM REVISÃO
FanfictionDepois de fugir do Mundo Prisão de 1994, Bonnie acha que pode ter uma vida normal ao lado de seus antigos amigos, se não fosse por Kai a fazendo se lembrar constantemente do inferno que passou no outro mundo. Sem falar na presença de toda a Convenç...
29. Reunião de família
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