Capítulo 06: Sem riscos de amar.

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— Tá linda, amiga! – disse Mia, assim que se aproximou.

— Obrigada – respondi, um pouco sem graça pois Adam me olhava.

— Oi, Bella – Adam falou, me lançando um lindo sorriso.

Droga! Ele tem que parar de fazer isso antes que as coisas fiquem complicadas!

— Oi, Adam – respondi e logo fugi, antes que ele abrisse aquele lindo sorriso de novo.

...

Passei o culto todo tentando fugir dos olhares de Adam, aquilo realmente não estava dando certo. Como é que eu vou ficar dois meses fugindo de todo charme de Adam? Isso é tecnicamente impossível! Além do mais, escapar de Mia é outra coisa impossível, o que torna a primeira mais impossível ainda, já que Adam e eu estamos incluídos em todas as saídas dessas férias.

— E aí, para aonde vamos? – disse Mia, sussurrando em meu ouvido.

_ Ai, Mia! Você tem que parar de fazer isso, sério! – falei, me recurando do susto.

Mia riu, certamente da minha cara de assustada.

— Então, para aonde vamos hoje? – ela pergunta novamente.

— Bom, você eu não sei, mas eu vou para minha casa – respondo, voltando a andar em seguida.

— Ah, Bella... Não seja chata, nós sempre saímos depois do culto – ela me segue.

— Quem está sendo chata? – Arthur pergunta, assim que se aproxima de nós.

— Eu acho que sei quem é – Adam diz, olhando para mim.

Eu o encarei, mas não por muito tempo, pois, o risco dele me lançar aquele sorriso charmoso era muito grande.

— Vamos, Bella... Só pra comermos algo – ela disse, justamente com aquela voz que sempre me convence.

Já estava abrindo a boca para suspirar e, derrotada, aceitar o pedido de Mia, mas antes que falasse qualquer coisa, olhei para Adam e nesse exato momento me lembrei do quanto eu preciso ficar longe dele.

— Não posso mesmo, Mia, estou cansada – falei, resistindo ao olhar convencedor que Mia me lançava.

— Ah, tudo bem – ela disse, com uma carinha triste. — Vamos só nós três estão - continuou, olhando para Adam e Arthur.

— Então, tá – Arthur concordou. — Vamos indo antes que fique tarde. Tchau, Bella! – ele me abraça, despedindo-se.

— Tchau, amiga. Amanhã a gente se fala – Mia me abraça também.

Gelei quando me dei conta que o próximo da "fila dos abraços" era o Adam. Me mantive inerte, esperando por uma aproximação dele, que para o meu desespero, ou não, não demorou muito. Adam me deu um abraço forte, beijou minha bochecha e cochichou:

— Se mudar de idéia nos avisa, tá?

— Ok – respondi, afastando seu corpo de mim o mais rápido que pude.

— Tchau. Até amanhã – disse Adam, assim que se afastou por completo.

— Tchau – respondi, desviando meu olhar daqueles lindos olhos.

Acompanhei com o olhar ele entrar no carro, até que sumisse por completo. É claro que queria ir com eles, mas estava tentando ser prudente pelo menos uma vez na vida. Não sei porque, mas aquele olhar de Adam me diz que ficar perto demais dele me trará problemas futuros ou presente, ainda não sei ao certo a ordem, mas que isso é um fato ninguém pode negar. Me envolver com Adam será a maior loucura da minha vida. Quer dizer, a segunda maior, porque a primeira foi me envolver com Marcus.

Já sentada no sofá da minha casa, percebi que minha mãe me encarava. Já suspeitava o motivo e por isso pensei mil vezes antes de pergunta-la:

— O que foi, mãe?

— Estranho você não ter saído com Mia e os meninos – ela respondeu.

BINGO!!!

— É que eu não achei que deveria ir – falei, tentando não me aprofundar muito no assunto.

— E porque você pensou isso? – perguntou, virando-se no sofá até ficar totalmente virada para mim, a fim de aprofundar mais o assunto.

Droga!

— Porque eu já passei o final de semana todo com eles, mãe – respondi, torcendo para que a conversa terminasse ali.

— E desde quando isso é um problema? – ela insiste em aprofundar mais o assunto.

— Não é você quem sempre diz que tenho que parar em casa? – tento virar o jogo contra ela e acabar de vez com essa conversa sem fim.

— E desde quando você me escuta? – ela se inclina para ouvir melhor a minha resposta, virando o joguinho de perguntas novamente.

— Eu não estou te entendendo, mãe – cruzo os braços.

— Digo a mesma coisa para você, filha – ela fala, jogando o corpo para trás até se encostar novamente no sofá.

É sério isso? Estou me sentindo em um julgamento sem direito a advogado.

— Sobre o que estão falando? – meu pai pergunta, sentando-se ao lado da minha mãe.

Ufa! Salva pelo gongo... Quer dizer, pelo meu pai!

— Nada pai, mamãe só estava me fazendo umas perguntas mas já terminamos a conversa. Não é nada de mais – falei, olhando para ela, certificando-me de que não falaria nada. — Agora vou dormir, estou com muito sono.

Me levantei o mais rápido possível e beijei meu pai.

— Boa noite, pai. Bença?

— Deus te abençoe, princesa. Durma bem – ele disse.

— Boa noite, mãe. Bença? – olhei bem para ela.

— Deus te abençoe, filha – ela respondeu, me lançando um olhar que dizia: essa conversa ainda não acabou.

Fui para o meu quarto voando, não queria correr o risco de continuar ali e minha mãe acabar me fazendo mais perguntas até descobri tudo. Mas sei que mais cedo ou mais tarde ela vai descobrir. O problema não está nela, não está em Adam, o problema está em mim que sou covarde demais para me arriscar. Mas vou fazer o que é melhor para todos, assim ninguém sai perdendo, ou pior, sofrendo.




Continua...

Gente, eu esqueci de novo de colocar o "continua..." só que dessa vez foi nesse livro... Tô viajando aqui kkkkkkkk

Espero que tenham gostado. Dê estrelinha e comentem bastante ♥

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