Capitulo 24

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    Dei uma boa olhada na tartaruguinha de pelúcia encima da cama. Um presente muito fofo vindo de alguém como ele. Eu ainda não conseguia acreditar em Noah e não acreditaria se ele não me desse um bom motivo além de “confie em mim”.

   Deixei o animalzinho fofo encima do meu travesseiro e sai do quarto e procura dele.

   Meu flat é pequeno demais até para mim que sou magra e pequena, quanto mais para um homem daquele tamanho então, infelizmente para ele , irá dormir no sofá.

       -Noah, cadê você? Fugiu de novo?

    Falei baixinho como um pensamento alto, mas logo percebi onde ele estava, no meu chuveiro tomando banho.

   Me joguei no sofá pensativa. Bem na mesinha de centro ao lado do meu celular estava o dele. Como se fosse por força do pensamento ele começou a vibrar e piscar a tela em uma ligação.

    Pensei em atender ou não, era número privado e eu não queria invadir a privacidade de ninguém mas a minha curiosidade me assassinaria, então no impulso peguei o aparelho e atendi.

  -Noah, precisamos conversar.

  Uma voz masculina falou do outro lado. Podia jurar que já ouvi aquela voz antes mas no telefone é fácil confundir pessoas. Desesperada desliguei e coloquei o aparelho no mesmo lugar onde achei.

   Em seguida ouvi a porta do banheiro abrir. Peguei o meu iphone e fingi mexer em alguns aplicativos.

- Você não tem chuveiro elétrico? Um verdadeiro milagre.

  Comentou atrás de mim. Tínhamos que falar sobre sua estadia em minha minúscula e humilde residência e precisava ser agora.

-Senta aqui.

  Apontei para o assento do sofá ao meu lado. Ainda estava com os olhos no meu celular quando o senti se sentando do meu lado.

   Me assustei ao vê-lo de toalha.

- Primeiro coloca uma roupa e depois volta.

  Desviei meu olhar dele.

-Não, to confortável assim se não tiver problema pra você.

  O encarei, ele sorriu pra mim, era um desafio? Então que fosse.

-Tá ótimo pra mim, até porque é justamente disso que vamos falar.

  Me ajeitei me encostando no braço do sofá do lado oposto ao dele.

- Vamos falar de minha toalha?

-Minha toalha você quer dizer.

   Afirmo.

- Se quiser eu devolvo.

Colocou a mão no torcido que mantinha a toalha presa em sua cintura.

-Não! Deixa isso ai. Eu quero falar sobre você ficar aqui. Não sei se reparou, mas minha casa é minúscula e você é folgado e toma muito espaço. Pra começar, não tenho outro quarto ou outra cama.

   Começo a explicar e ele a me avaliar.

- Não tem problema, a sua parece muito confortável.

  Coloca os braços atrás da cabeça flexionando visivelmente os músculos e me distraindo do meu foco.

-Você está de brincadeira né? Vai ficar no sofá.

  Aponto para onde estamos, ele dá uma breve olhada e volta a me encarar.

- Como se a gente já não tivesse dormido juntos.

  Se sentou mais ereto no sofá dando a mim uma visão bem melhor de seu abdômen definido.

Um amigo profissional (Concluído)Where stories live. Discover now